Nossa memória curta.



Sempre admirei Países que valorizam sua cultura, seus personagens e cuidam do patrimônio que é deles. O respeito que tem pelo País em que nasceram e o zelo pelos bens públicos. Além disso o retôrno que eles têm de suas autoridades, eles cobram, fiscalizam com interesse mesmo. Por isso acho o sistema parlamentarista perfeito, mas isso é tema para outro artigo. Os países que agem dessa forma são os que cresceram e se transformaram em superpotências. Os Estados Unidos, apesar de presidencialista, são mestres nesse assunto.Certa vez eu vi uma repórter perguntar a um garoto americano quem fora Roosevelt,  e ele respondeu com uma naturalidade incrível,  este fez um breve resumo da história daquele que foi um grande estadista americano, talvez o maior de todos, falou do que ele fez pelo combate a pólio, de ter pego um País diante de um caos financeiro (semelhante ao de agora),às promessas cumpridas, além de citar o histórico discurso de 1941 . Eles sabem valorizar seus personagens, tratando-os como heróis! Nas artes aconteçe a mesma coisa. Elvis, Sinatra, Tom Jones, feras no esporte, política, etc, estarão vivos em suas memórias para sempre. Portanto estão prontos e sabem escolher o que realmente tem valor. O que tem valor jamais deve ser esquecido ou negligenciado. Aqui no nosso querido Brasil temos uma memória curta, acredito que seja por falta de orientação educacional,  onde os jovens em grandiosa parte ignoram esses valores, eles são imediatistas, escravos da moda. Pareçem ter horror, e não respeitam os mais velhos. Chamar de velho para mim é chamar tambem de descartável, portanto trata-se de uma forma pejorativa. Por isso existe tanta inversão de valores, tanta bagunça, violência, corrupção, etc, em nosso Brasil.O curioso é que todos nós envelheçemos, e morremos. Agora existem coisas que não morrem, duram mais que nós mesmos, portanto somos pequenos diante disso, nós somos meros mortais! O preconceito racial é um exemplo disso, todos quando morremos vamos para o mesmo lugar. Preconceito, ignorância, falta de memória, cultura, informações, são fatores que destroem uma Nação. Na Europa eu noto que eles pegam seu monumentos milenares e decoram, veneram suas pontes, seus rios, mitos, heróis, etc. Por isso ingleses, franceses, italianos, portugueses, alemães são evoluídos. Aqui apelidam uma grande cantora como Rita Lee de “dinossaura do rock”?!É nosso País trata-se mesmo de um equivoco! Agora isso é desde o Império (A história do Visconde de Mauá não sai de minha cabeça). Nossas crianças são educadas de outra forma. Não desenvolvem adequadamente suas memórias, tornando-as curta. Artistas como Nelson Gonçalves, Nelson Ned, Cauby, Rayol, Tim Maia, passaram e passam por algum tipo de dificuldade, se fossem americanos estariam ganhando milhões em Las Vegas, Holliwood, Broadway, canais de TV,  por exemplo. Na Europa a mesma coisa, Caruso, Puccine, são alguns dos mitos, venerados, respeitados.Os que fazem sucesso hoje em dia por aqui são programados para 10 anos no máximo e pronto, são máquinas de fazer shows e dinheiro, sem conteúdo algum. O que é bom torna-se eterno, feito o diamante. Nessas Nações que citei Família e patrimônio, são cultuados, valorizados, e as crianças são educadas desde cedo para isso. Aqui, até quando teremos tantos maus exemplos sendo tratados com tanto interesse e holofotes em cima? Tanta coisa boa desprezada por todos nós que sustentamos a mídia.Portanto nos resta apenas que cada um que faça sua parte.
Autor: Ademar Duque


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