A Utopia De Uma Capital Da Nova Modernidade No País



Por Letícia Viana
RJ, junho/2007

1. A utopia de uma capital da nova modernidade no país

Pereira Passos literalmente rasgou o que era antigo. Não teve pena de colocar a baixo mas não conseguiu excluir o velho novo que havia ali. Como um papel feito em pedaços, o antigo, no conceito dessa geração, apesar de dilacerado, continuou no meio do urbanismo moderno projetado na cidade. Uma cidade que sempre existiu para a novidade, para ser a imagem de um país, a capital dele, mesmo que simbolicamente. A imagem projetada do país, aos olhos alheios, ainda sim é o Rio de Janeiro.

1.1.    O conceito de novo até a reforma

O território era vasto e nem se podia acompanhar com a vista, o limite do horizonte parecia tão pequeno comparado a tanta terra. O país era expressão do novo, "Novo Mundo", pois era uma descoberta no meio do oceano, onde acreditavam, e continuaram acreditando para poder impor sua cultura, não haver nada. Por isso mesmo, logo que chegaram diversas transformações foram feitas. Naquele momento começa a primeira experimentação do novo para esse espaço, o que era antigo foi subjulgado, os índios, a natureza, as riquezas minerais, tudo com o propósito do lucro para a monarquia e para a civilização européia que era, de fato, o que existia, segundo os parâmetros dos colonizadores, e que se constituía como exemplo de civilização moderna racional.

Daí então o novo passa a ser antigo, era necessário adaptar, criar meios para a comercialização, exploração e também ocupação do território pois tudo isso caracterizaria sua dominação completa. Povoados foram criados em pontos estratégicos onde convergiam os únicos meios de transporte da época, carruagens, carroças e posteriormente os trens. Na verdade, os bandeirantes começaram a desbravar e formar os povoados, posteriormente, com o crescimento da população, é que os caminhos são melhorados e aparecem os meios de transporte.


Autor: Letícia de Lima Viana


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