CONDUTORES CEGOS



A foto do meu ídolo,
estampada na parede,
e uma vontade louca, de saciar a minha sede.
Então eu bebo, mim embriago, improviso.
E a minha bouca ainda continua seca,
e o meu vazio, ainda continua vivo.
O meu pedido de socorro, ecoa, nos quatro cantos da sala,
e nada consigo ver,
exceto a minha vala,
sorrindo para o meu túmulo,
de namoro com o meu caixão.
E para a minha supresa!
o teu a mais tempo, jaz ali,
na mesma rua, daquele quateirão.
Que dirão, então:
Condutores cegos,
arrastam multidões,
prometendo-lhes, uma luz no fim do túnel,
e são os primeiros a se perderem na escuridão.

                       autoria: Miro Murray

Autor: MIRO MURRAY


Artigos Relacionados


Tema: Eu Rio

LaÇos Eternos

O Poeta Virou Poesia

Gabriela

Volta Meu Amor

Theo De Carvalho - Segundo AniversÁrio

Neida Iasbek Felício