Lulismos atacam na Turquia



Em artigo anterior eu já havia feito menção aos "lulismos" e o estrago que eles causam cada vez que o nosso querido presidente resolve discursar "de improviso".

Dessa vez a vítima foi uma plateia de empresários turcos, na mais recente "viagem de negócios" de Lula. De uma só tacada ele conseguiu ofender os anfitriões, errar as dimensões geográficas do Brasil e chamar os empresários nacionais de "trambiqueiros".

Para começar o presidente deixou osempresários surpresos ao dizer que, no Brasil, todo vendedor de roupa ou de qualquer outro produto que passe de casa em casa é conhecido como "turco": "No Brasil, tem uma coisa interessante que vocês precisam conhecer", disse Lula em um seminário com empresários locais. "Apareceu alguém vendendo algo na porta de um brasileiro, ele sabe que é um turco que está vendendo", afirmou, sem qualquer reação da plateia.

O presidente tentou explicar. "Qualquer vendedor que for vender um produto na casa das pessoas, prontamente ele é chamado de turco. Eu não sei se é o turco nascido em Istambul ou no tempo do Império Otomano, nascido na Arábia Saudita ou no Líbano", disse.

"É preciso fazer jus a essa especialidade de comercializar do povo turco para que possamos estreitar as relações comerciais entre o Brasil e a Turquia", disse. A platéia não riu.

Os turcos não são árabes e nem falam a língua árabe. A presença de turcos na imigração no Brasil é pequena, e as populações vindas do Líbano e Síria apenas ganharam esse nome por chegarem ao país com passaportes do Império Otomano.

Lula cometeu ainda uma gafe ao errar a escala de grandeza na apresentação das fronteiras brasileiras. O presidente embasbacou os turcos ao dizer que o Brasil tinha “17 milhões de quilômetros de fronteira terrestre”, quando na verdade são 15.719 quilômetros.

Em outra declaração polêmica, Lula disparou críticas à atuação de empresários brasileiros frente à crise: “Mas o que descobrimos com a crise é que alguns empresários brasileiros estavam aplicando nos chamados derivativos. Ou seja, já não se contentaram em ganhar o que estavam ganhando e acharam que era possível ganhar mais, fazendo trambique.

Chamar de desatroso o episódio é pouco.

Mas conhecendo "o cara", tenho certeza que o "lulismo" não tardará a reaparecer...

Bibliografia
Jornal Zero Hora de 22 de maio de 2009
Jornal O Estado de São Paulo de 22 de maio de 2009

Autor: Alexsandro Rebello Bonatto


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