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Larápios da internet invadem contas bancárias, vendem produtos que não existem e fazem do Brasil o quarto país do mundo mais contaminado por programas que furtam senhas.

No Brasil, o volume de notificações relacionadas a fraudes, furto, vírus destruidores, invasões e tentativas de invasão de computador quadruplicou em cinco anos. No ranking dos crimes eletrônicos que mais crescem o que atenta contra o patrimônio ocupa o primeiro lugar: só os programas destinados a invadir contas bancárias infectam 195 computadores por hora no país.

O Brasil é o quarto país mais contaminado por vírus e programas capazes de furtar informações, alterar ou destruir dados dos computadores. Os Estados Unidos, onde o uso da internet é mais disseminado, aparece no 54º posto.

O golpe da falsa página bancária é hoje o mais disseminado no Brasil. Ele é responsável por grande parte dos 130 milhões de reais de prejuízo com fraudes pela internet registrada pelos bancos em 2.008. A preocupação dessas instituições com o crescimento dos ataques pode ser medida pelo volume de dinheiro que elas vêm investindo em segurança digital: em 2.008, o gasto chegou a 1,5 bilhões de reais, segundo a Federação Brasileira de Bancos.

No entanto, se a evolução do crime eletrônico no Brasil seguir a mesma trajetória da americana, os bancos poderão respirar mais tranqüilos.

A lei brasileira está vários passos atrás dos criminosos virtuais. Os delitos cometidos pela rede – salvo exceções como a divulgação de pornografia infantil – não estão contemplados no rol de crimes brasileiros.

Para o professor Douglas Salane, ao mesmo tempo em que deve aumentar o número de criminosos e larápios à solta na internet, é igualmente natural que se intensifiquem os cuidados contra as arapucas eletrônicas. "As pessoas vão perceber que não podem deixar de precaver-se em suas operações e contatos só por estar acessando a rede de um ambiente em que se sentem seguras, como a casa ou trabalho".

Para diminuir os riscos é necessário informar as pessoas. Os governos precisam oferecer educação tecnológica, principalmente por meio de veículos de comunicação de massa, como rádio e televisão.

Para os hackers, não há limites. As organizações criminosas estão usando a internet porque é mais fácil, mais rentável e oferece menos riscos.

Se navegar é preciso, prevenir-se também é.


Autor: deise de lima trebesqui


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