Bullying nas Escolas



*Flávia. Rosa Regina

*Leandro Neves Vieira

**Claudia Silva Lana

O bullying é caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e repetitivas ocorridas nas escolas, no trabalho, nas universidades, entre vizinhos e em diversos outros lugares. Esse comportamento se expressa de formas variadas, entretanto as mais comuns são: colocar apelidos, zombar, bater e discriminar as pessoas que se encontram em algum estado que expresse inferioridade, tanto física como mental. Embora seja um comportamento aparentemente comum, as informações sobre o assunto são escassas. Essa prática atinge aproximadamente 50% dos estudantes de ensino fundamental no Brasil, dados que englobam agressores, vítimas ou ambas as partes. Pesquisas revelaram que 5.482 alunos entre 5ª a 8ª séries de 11 escolas do Rio de Janeiro, mais de 40,5% admitem ter praticado ou ter sido vítimas de bullying. (IBOPE, 2007).

As conseqüências geradas pelo bullying são observadas tanto no agressor, que se torna uma pessoa violenta com atitudes delinqüentes na sociedade, quanto na vítima, que pode se tornar uma pessoa recuada e com dificuldades de socialização, ao ainda tornar-se um usuário de drogas. Observa-se também o desenvolvimento de sintomas psicopatológicos – distúrbios decorrentes na psique que são refletidos no corpo – como depressão, perda da alta-estima e estresse .

O sintoma psicopatológico mais comum observado é o desenvolvimento da depressão, que bioquimicamente pode ser explicado pela redução da atividade das monoaminas (noradrenalina e dopamina) e da serotonina (5-HT) em seus receptores neurais específicos. A dopamina, principal monoamina envolvida na depressão, é responsável pelas sensações de prazer e bem-estar, sua produção inicia-se quando o organismo sofre estímulos positivos, logo após a produção ela é liberada e age nos receptores dopaminérgicos (sinapse), as moléculas de dopamina são levadas até o córtex cerebral onde os impulsos elétricos são transformados em sensação de bem-estar.

Esse estado de depressão é pronunciado principalmente na fase de infância e adolescência, muitas fezes a vítima oculta a situação para pais e/ou responsáveis, é importante que a escola observe os comportamentos e se pronuncie diante de tal situação. A consciência das instituições escolares a respeito da existência do bullying já é um grande passo para que professores e psicólogos possam lidar com essa situação de uma forma específica. Esse comportamento não pode ser interpretado como uma fase de desenvolvimento dos alunos deve-se discutir como solucionar tal problema e quais são as medidas mais interessantes. É importante também, que haja um trabalho de conscientização de pais e alunos, onde seja relatado as conseqüências provocadas pelo bullying, essa conscientização pode ser feita a partir de grupos de palestras com psicólogos e gincanas educativas.

O papel do psicólogo é diagnosticar os casos e trabalhar os envolvidos chamando atenção de que o quão melhor será se entre os alunos houver uma socialização respeitosa, pois essa atitude agressiva pode esmagar os sentimentos e marcar para sempre a vida de uma pessoa.

*Graduandos do 3º período do curso de psicologia – Universidade Presidente Antônio Carlos -UNIPAC/Vale do Aço, Ipatinga - MG;

** Docente da disciplina de Psicofisiologia da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC/Vale do Aço, Ipatinga – MG


Autor: Leandro Vieira e Flavia Regina


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