A MAIOR DAS VITÓRIAS



A MAIOR DAS VITÓRIAS

 

Senhor, no cume de um rochedo, exangue

O mundo indiferente contemplou o sangue

Que descia da cruz,

Sem saber que nos braços do madeiro

Jazia o Redentor do mundo inteiro

O homem/Deus Jesus.

 

O sol já se escondia em perdidos mistérios

Calaram-se as trombetas e, mudos, os saltérios

Não tocavam mais

O mundo inteiro estava desolado

Até os recém-natos com o coração gelado

Apegavam-se aos pais.

 

Perdidos os discípulos

Ao longe vagueavam

Aos pés daquela cruz

As mulheres choravam

A perda do Senhor

Que trouxera salvação á humanidade

Que vencera a força da maldade

Com a pregação do amor.

 

Desceu á sepultura o Salvador do mundo

O verbo encarnado

O pregador fecundo

Ali silenciou.

Já não se ouviam nos montes os sermões ardentes

Já não se viam seus pés

Sobre as areias quentes

Por onde caminhou.

 

Ali permaneceu, mas, ao terceiro dia

Aos olhos quase incrédulos de Maria

O mestre reviveu

Os anjos explodiram em brados de vitória

O povo do Senhor revestiu-se de glória

O Messias venceu!

 

Senhor, nós te encontramos na ressurreição

Na cura dos pecados, no suave perdão

E na terrível cruz.

Ainda hoje és a luz que ilumina,

A força que dá vida,

A palavra que ensina

E o guia que conduz.

 

Salvaste no passado e salvas no presente

Não vieste ao mundo buscar o inocente

E sim o pecador.

Olha agora o mundo que formaste.

Tem misericórdia do homem que criaste.

Dá-lhe fé, Senhor!


Autor: Paulo de Aragão Lins


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