PEQUI: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DOS POVOS DO CERRADO



RESUMO

O pequizeiro (caryocar brasiliense – caryocaceae) é uma planta nativa do cerrado e da Amazônia brasileira, cujo fruto, polpa, amêndoa e casca são ricos em nutrientes como vitaminas, sais minerais, ácidos graxos, fibras, proteínas e hidratos de carbono. O objetivo deste artigo é demonstrar que o consumo regular de pequi na alimentação escolar pode trazer grandes benefícios à saúde física e mental do educando. Estudos da caracterização química desse fruto evidenciam que tanto a polpa , quanto a amêndoa do pequi são ricas em lípides, (predominando os ácidos graxos oléico e palmítico), fibra alimentar (sobretudo a pectina), compostos antioxidantes (ácido ascórbico, vitamina E, carotenóides, licopeno, entre outros), sais minerais (ferro, cálcio, cobre, zinco, , entre outros) e fenólicos totais. Esses compostos demonstram que esse alimento consumido de forma moderada poderá trazer amplos benefícios para a saúde humana, tendo em vista que tradicionalmente a dieta alimentar do brasileiro é pobre em fibras, vitaminas e sais minerais; além do que, os carotenóides, atuam como precursores da vitamina A, ajudando diretamente no combate aos radicais livres formados no interior do organismo; esses radicais livres quando em excesso podem lesar várias moléculas, como proteínas, ácidos graxos insaturados dos fosfolipídios de membranas, carboidratos e DNA, estando relacionados com o surgimento e/ou desenvolvimento de uma série de doenças crônicas não transmissíveis, como aterosclerose, diabetes, doenças da visão, câncer, mal de Alzheimer dentre outras. Palavras Chaves: Caryocar brasiliense; alimentação escolar; vitaminas; sais minerais.

1. INTRODUÇÃO

Artigo produzido em parceria com a Drª. Rosa Schneider CRN 33 47 – 1ª Região Nutricionista que atua na Alimentação Escolar da Rede Municipal de Ensino de Guiratinga-MT.

O Brasil possui cerca de trinta por cento das espécies de plantas e de animais conhecidas no mundo, que estão distribuídas em seus diferentes ecossistemas. É o país detentor da maior diversidade biológica do planeta. A região dos cerrados, com seus 204 milhões de hectares – aproximadamente 25% do território nacional – apresenta grande diversificação faunística e florística em suas diferentes fisionomias vegetais. A área de estudo está localizada essencialmente no Planalto Central onde se encontra o divisor de águas das três grandes bacias hidrográficas do Brasil, a Amazônica, a do Paraná e a do São Francisco. (AVIDOS; FERREIRA, 2003, p. 15).

Esta unidade da paisagem brasileira apresenta uma rica biodiversidade em alimentos de origem vegetal, entre os quais destacamos uma série de frutos com elevado potencial para a alimentação humana, tais como o buriti, jatobá, mangaba, macaúba, muricis, gabirobas,entre outros, no entanto, com o avanço do cultivo das lavouras de soja e algodão, sobretudo nos topos dos chapadões guiratinguense, espécies como o pequi (caryocar brasiliense) estão sofrendo ameaças de extinção, por descaso ou falta de conhecimentos específicos de sua potencialidade, observe:

Todavia, o desconhecimento do potencial e uso dos recursos naturais, o desrespeito dasleis de proteção ambiental, as queimadasa intensidade de exploração agrícola têm provocado prejuízos incalculáveis ao solo, à fauna, à flora e aos recursos hídricos, comprometendo a sustentabilidade desse ecossistema e colocando muitas espécies animais e vegetais em risco de extinção, principalmente no tocante às espécies fruteiras nativas (SILVA et al., 2001, p. 07).

Apesar de nomes bastante sugestivos como "carne dos pobres", "ouro dos cerrados" que demonstram mesmo que empiricamente os altos valores econômicos e nutricionais desta planta, são raros os estudos na área da ciência da nutrição que estimulem o consumo, o comércio e até mesmo o cultivo do pequi.

Neste artigo abordaremos as contribuições nutricionais do ponto de vista de sua composição química, sobretudo quanto aos aspectos de proteínas, lipídios, glicídios, vitaminas, sais minerais e fibras e seus efeitos na saúde do ser humano.

Tradicionalmente este fruto é consumido em pratos típicos tais como: arroz com pequi, peixe com pequi, licor de pequi; no entanto existem inúmeras outras formas que a população nativa dos cerrados vem utilizando este fruto ao longo dos séculos, algumas ainda carecemcomprovação científica quanto a sua eficácia, mas convém destacá-las: Óleo: tem efeito tonificante, eficaz para o tratamento de bronquites, gripes e resfriados além de ser utilizado na fabricação de cosméticos; a Farinha da Amêndoa: de sabor forte, é utilizada na gastronomia como condimento, a amêndoa tem efeito revigorante para a pele e cabelo devido seu alto teor de vitamina A e pela grande quantidade de óleo fino; seu alto teor de ferro contribui para o combate de anemia ferropriva, entre outros.

Com tantos adjetivos, é difícil entender o porquê desta planta ser tão maltratada, chegando a desaparecer completamente da paisagem em extensas áreas local, não se trata apenas de uma competição entre este fruto nativo e a agricultura de exportação, trata-se entre outros de valorizar um produto brasileiro com ampla aceitação no consumo dos povos do cerrado e que pode inclusive ser acrescentado no cardápio da merenda escolar com muitos benefícios a saúde do povo brasileiro, em função de seus componentes nutricionais, este será nosso intento nessa jornada.

2. A ESCOLA E A PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS DE ALIMENTAÇÃO

A educação nutricional tem um papel muito importante com relação à promoção de hábitos alimentares saudáveis desde a infância. Cerqueira (1985) a considera medida de alcance coletivo com o fim primordial de "proporcionar os conhecimentos necessários e a motivação coletiva para formar atitudes e hábitos de uma alimentação sadia, completa, adequada e variada".

Franco (1992) demonstra que a educação alimentar deve ser incentivada pois além de melhorar os hábitos alimentares da coletividade, colaborar decisivamente, inclusive com a redução da mortalidade infantil, gerando maior resistência às infecções e maior produtividade no trabalho.

Por outro lado, FNDE (2006) através da Portaria Interministerial Nº. 1.010, de 8 de maio que Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional, considerando que os Parâmetros Curriculares Nacionais orientam sobre a necessidade de que as concepções sobre saúde ou sobre o que é saudável, valorização de hábitos e estilos de vida, atitudes perante as diferentes questões relativas à saúde perpassem todas as áreas de estudo, possam processar-se regularmente e de modo contextualizado no cotidiano da experiência escolar; considerando os objetivos e dimensões do Programa Nacional de Alimentação Escolar ao priorizar o respeito aos hábitos alimentares regionais e à vocação agrícola do município, por meio do fomento ao desenvolvimento da economia local; considerando o grande desafio de incorporar o tema da alimentação e nutrição no contexto escolar, com ênfase na alimentação saudável e na promoção da saúde, reconhecendo a escola como um espaço propício à formação de hábitos saudáveis e à construção da cidadania; considerando que no padrão alimentar do brasileiro encontra-se a predominância de uma alimentação densamente calórica, rica em açúcar e gordura animal e reduzida em carboidratos complexos e fibras em seu art 2º destaca que devemos:

Reconhecer que a alimentação saudável deve ser entendida como direito humano, compreendendo um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas, sociais e culturais dos indivíduos, de acordo com as fases do curso da vida e com base em práticas alimentares que assumam os significados sócio-culturais dos alimentos.

Com a finalidade de estudar e difundir a composição nutricional do pequi (caryocar brasiliense), e incentivar o consumo do mesmo na alimentação de escolares é que nos propomos a escrever este artigo, uma vez que o pequi é tradicionalmente consumido por milhões de habitantes do cerrado brasileiro. Para tanto estrategicamente, faremos a abordagem do mesmo baseado no potencial de vitaminas, sais minerais, fibras, lipídeos, proteínas e carboidratos, analisando individualmente cada um de seus componentes e por vezes comparando-o com outros alimentos tradicionalmente consumidos na dieta básica do brasileiro. Observe as tabelas abaixo:

2.1 AS FUNÇÕES BIOQUÍMICAS DAS VITAMINAS

PRESENTES NO PEQUI

Se existe algo que de fato possa caracterizar a modernidade, é a velocidade da circulação das informações e o avanço da pesquisa científica, as sociedades modernas têm se tornado cada vez mais complexas, as fronteiras geográficas já não se constituem barreiras para o intercâmbio alimentar e nutricional, ao contrário a era digital aproximou povos, cristalizou idéias, derrubou mitos e está provocando uma verdadeira revolução nos padrões de vida.

Anjo, (2004) demonstra que os paises que tem tradição no consumo de alimentos funcionais apresentam baixa incidência de câncer, acidentes cardiovasculares, acidentes vascular cerebral, arterioscleroses, enfermidades hepáticas, dentre outros.

Oficialmente as vitaminas só foram descobertas no início do século XX, por cientistas que pesquisavam os efeitos de diferentes tipos de alimentos no corpo humano, no entanto há inúmeros registros relacionados a pesquisa da importância das substâncias químicas nas dietas, desde o século XV com o advento das grandes navegações marítimas e comerciais européias, período em que além das especiarias, os europeus traziam na bagagem doenças como escorbuto, beribéri chegando até mesmo a óbito em função de espasmos musculares, tonteiras, falta de apetite, sangramento nas gengivas, deterioração da pele, infecções, desordens neurológicas, paralisia, perda de peso, entre outros; A descoberta das vitaminas deu origem ao campo da nutrição.

O termo "vitamina" surgiu para descrever um grupo de micronutrientes essenciais para a vida, necessários em doses muito baixas, algumas delas, medidas em microgramas. Elas desempenham a função de catalisadores no organismo humano. Por esse motivo, são incluídas no grupo dos biocatalisadores, juntamente com as enzimas, as hormonas e os oligoelementos.

As vitaminas ativam a oxidação dos alimentos, as reações metabólicas e facilitam a libertação e a utilização de energia. Desta forma, permitem que o organismo possa aproveitar as substâncias plásticas e energéticas proporcionadas pela ingestão de alimentos: as proteínas, os açúcares, as féculas e as gorduras.

São compostos orgânicos imprescindíveis para algumas reações metabólicas específicas, agindo muitas vezes como coenzimas ou como parte de enzimas responsáveis por reações químicas essenciais à saúde humana. São usualmente classificadas em dois grupos, com base na sua solubilidade, estabilidade, ocorrência em alimentos, distribuição nos fluídos corpóreos e sua capacidade de armazenamento nos tecidos:

Hidrossolúveis: ácido ascórbico, tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, biotina, ácido pantotênico, folato e cobalamina. A maioria das vitaminas hidrossolúveis são componentes de sistemas de enzima essenciais. Várias delas estão envolvidas em reações de manutenção do metabolismo energético, nosso organismo normalmente encontra dificuldades para armazena-la em quantidades apreciáveis e são absorvidas por mecanismo passivo e ativo e transportadas por carreadores. Estas vitaminas ou seus metabólitos são excretados na urina.

Lipossolúveis: A, D, E, e K tem um papel fisiológico separado e distinto.  Na maior parte, são absorvidos com outros lipídios, e uma absorção eficiente requer a presença da bile e suco pancreático. São transportadas para o fígado através da ninfa como uma parte de lipoproteína e são estocadas em vários tecidos corpóreos, embora não todas nos mesmos tecidos, nem na mesma extensão. Normalmente são excretadas nas fezes através da circulação êntero-hepática. Observe na Tabela abaixo a composição vitamínico do pequi

Tabela Nº 01 – Composição Química do Pequi - Vitaminas

Análise Química em g/100

A

C

B1

B2

B3

B6

20.000 mcg

8,3 mg

0,17 mg

0,48 mg

2,57 mg

0,6 mg

Fonte: TACO, 2006, p. 33 ; FRANCO, 1992, p.97.

Como podemos observar, a composição vitamínico do pequi demonstra que o pequi pode contribuir decisivamente para umavida mais saudável, mas é interessante analisar cada uma de suas propriedades nutricional para melhor compreendermos sua viabilidade na merenda escolar, para tanto passaremos a análise bioquímica dos componentes do pequi.

O conhecimento das propriedades vitamínicos dos alimentos, que consumimos diariamente é de fundamental importância, pois com essa atitude simples, utilizada de forma planejada evitamos a ingestão desorganizada de nutrientes e restauramos o equilíbrio do organismo evitando danos à saúde. A importância do pequi como componente da alimentação de escolares pode ser avaliada também a partir dos seguintes fatores: É o fruto com maior teor de Vitamina A (retinol); em Vitamina B-1 (tiamina) é igual ao caju, morango, jenipapo e mamão; em Vitamina B-2 (riboflavina) é igual a uma gema de ovo; em teor protéico é igual ao abacate e a banana prata; em gordura é igual ao abacate e o buriti; em açúcar compara-se a jabuticaba e a uva; em cálcio é igual ao caju, maracujá e a laranja; em ferro é igual ao tomate; em cobre é igual ao amendoim, figo e uva. Observem na tabela abaixo suas principais funções bioquímicas:

Tabela Nº. 02PRINCIPAIS FUNÇÕES BIOQUÍMICAS DAS

VITAMINAS DO PEQUI

Vitamina

Função

Deficiência

Fontes

Tiamina

Coenzima em metabolismo de CH, função normal de coração, nervos e músculos.

Beribéri, perda apetite, neuropatia, fatiga, paralisia, insuficiência cardíaca.

Carnes, grãos enriquecidos, legumes.

Riboflavina

Coenzima no metabolismo protéico e energético.

Queiloses, língua avermelhada, erupções cutâneas.

Leite, carnes, vegetais verdes.

Niacina B3 (precursor: triptofano)

Metabolismo (CoA), atividade gástrica e intestinal normais, sistema nervoso.

Pelagra, fraqueza e falta de apetite, neurite, dermatite, confusão mental.

Carnes, amendoim, legumes.

Piridoxina B6

essencial ao Sistema nervoso e à pele, contribui com o metabolismo dos aminoácidos, produção de células do sangue, anticorpos, age como diurético natural, reduz os sintomas de vômito e náuseas, etc.

Caspa (dermatite seborréia, Anemia; Lesões na boca e na língua, Gengivite, Náuseas e vômitos, Irritabilidade, etc.

Levedo de cerveja, Farelo de trigo,
Melado, Leite, Arroz integral, Cereais integrais, Aveia, Banana, Batata, Melão, Aves, Ovos, Carnes, etc.

Vitamina C

Parede capilar, colágeno Absorção do ferro.

Escorbuto

Anemia;

Frutas cítricas, tomate, folhas.

Vitamina A

Adaptação visual, crescimento de pele e mucosas.

Cegueira noturna, xeroftalmia, alteração pele e membranas.

Retinol: alimento animal

Caroteno: vegetais

Vitamina E

Antioxidante.

Fragilidade hemácias, anemia, neuropatia periférica.

Óleos vegetais, ovos, carnes, cereais, etc.

Fonte: RAMALHO, 2004, p. 464.

É comum a imprensa brasileira dar ênfase a problemas ligados a saúde do brasileiro, quase sempre as notícias referem-se a epidemias e surtos endêmicos, no entanto existem problemas crônicos e que afetam parcelas populacionais que por não se enquadrarem nos grupos de risco passam quase que desapercebidos na sociedade; a deficiência de vitamina A (DVA) entre alunos da educação infantil e do ensino fundamental seguramente chega a ser um problema de saúde pública no Brasil, uma vez que via de regra desenvolvemos campanhas e umacompanhamento mais próximo ao ideal apenascom os grupos populacionais considerados como de risco nutricional, ou seja, gestantes, recém-nascidos e pré-escolares.

São amplamente conhecidos os resultados da hipovitaminose A, chegando inclusive a ser apontada como a principal causa de cegueira evitável no mundo. È conhecido também no meio científico que a as carências vitamínicas na faixa etária que compreende a pré-adolescência e a adolescência podem comprometer o crescimento, a maturação sexual, o desenvolvimento intelectual e o desempenho escolar, e isto incide diretamente nos custos com a manutenção da saúde pública.

(RAMALHO, et al, 2004, p. 465) afirma:

Para as mulheres em idade fértil a DVA, mesmo que em níveis marginais ou subclínicos, pode representar maior risco de resultado obstétrico desfavorável. Esta assertiva justifica-se, uma vez que a vitamina A é importante para a reprodução normal, crescimento e desenvolvimento fetais, constituição da reserva hepática fetal e para o crescimento tecidual materno. Por não serem considerados classicamente como de risco, os indivíduos em idade escolar (incluindo os adolescentes) têm sido sistematicamente excluídos de estudos investigativos e de programas de controle e combate à DVA. Porém, estudos realizados na última década têm encontrado resultados que apontam elevados níveis de carência de vitamina A em escolares em diferentes países.

Tradicionalmente os países latinos não dispõem de inquéritos nacionais sobre o estado nutricional de vitamina A, o que impede avaliar-se adequadamente a real magnitude da DVA sobre a saúde desses segmentos, o Brasil apesar de economicamente ser um gigante e figurar entre as maiores potências do planeta não se difere dos paises localizados nessa parte do globo.

A ONU enquadra o Brasil como um país com deficiência marginal e de importância moderada no tocante a questão da DVA e os resultados de estudos de casos de diversas regiões brasileiras demonstram que este é um problema nacional e não local e deveria ser tratado de forma diferenciada por nossas autoridades. Por sua composição vitamínica e, sobretudo pelo alto teor de retinol acreditamos que se justifique acrescentar na dieta dos escolares, alimentos como o pequi.

2.2 FUNÇÕES BIOQUÍMICAS DAS VITAMINAS

PRESENTES NO PEQUI

Apesar de constituir em média apenas 5 a 6% do corpo humano, embora certos macroelementos como o cálcio, o ferro, o magnésio, o sódio o potássio, e o fósforo, se encontrem em quantidades mais significativas, os sais minerais fazem parte do grupo de elementos denominados essenciais à nossa saúde. Eles não podem ser sintetizados pelo organismo, mas podem ser obtidos através de uma alimentação saudável.

Os sais minerais representam cerca de 1% do total da composição celular e podem ser encontrados sob a forma insolúvel, entrando na composição de estruturas esqueléticas e de sustentação, como os ossos. Quando os sais minerais se encontram dissolvidos em água, formam os íons. É sob essa forma que eles desempenham a sua atividade reguladora fundamental.

A quantidade de cada mineral que deve ser consumido diariamente varia de microgramas a gramas. Dessa maneira, o excesso ou falta na ingestão pode acarretar prejuízos ao organismo, devendo-se tomar cuidado com o uso de suplementos.

Minerais como cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre podem ser classificados como macrominerais, pois são necessários em quantidades acima 100mg por dia. Já os minerais como o ferro, cobre, cobalto, zinco, manganês, iodo, molibdênio, selênio, flúor e cromo são classificados como microminerais, pois são necessários em pequenas quantidades, miligramas ou microgramas por dia.

Riveira, et al. (2001) realizaram estudo de suplementação de múltiplos micronutrientes (Vitaminas A, D, E, K, C, B1, B6, B12, riboflavina, niacina, biotina, ácido fólico, ácido pantotênico e ferro, zinco, iodo, cobre, manganês e selênio) e concluíram que deficiências de micronutrientes são determinantes no crescimento humano, Observe na tabela abaixo os principais sais minerais presentes nopequi.

Tabela Nº. 03 – Composição Química do Pequi - Sais Minerais

Análise Química em Mg/100

Ca

Fe

P

Cu

Na

Mg

Mn

Zn

32

0,3

298

0,21

2,1

30

0,64

1,0

Fonte: Fonte: TACO, 2006, p.32-33 ; FRANCO, 1992, p.143.

Com a finalidade de destacar as funções bioquímicas dos sais minerais encontrados no pequi bem como sua contribuição para a saúde daqueles que optam por colocá-lo em sua dieta, é interessante observar a tabela Nº. 4:

Tabela Nº 04 -Principais funções bioquímicas dos sais minerais do pequi


Autor: João Antonio Pereira


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