Tempo De Mudança



Já é mais que passada a hora de mudanças, nesta Terra que amamos, cheia de riquezas naturais e minerais, fauna e flora das mais variadas e exóticas, de cores radiantes, de um povo vibrante, generoso e solidário.
Já é mais que passada a hora de tomarmos uma atitude, de agirmos como uma Nação, e não somente como grupo de indivíduos povoando um mesmo território.

Onde será que tem estado nosso sentimento? Em que ponto da história ele se perdeu? Só sei que meu coração tem estado descrente, e minha motivação tem andado comprometida, sem expectativas de um bom futuro.

Mesmo assim, tem algo, lá dentro de minha’lma, que não me deixa desistir... Talvez lembranças do tempo em que era uma menina, e que, com meu uniforme azul pliçado, acenava a bandeira do Brasil, juntamente com centenas de outras crianças que, como eu, aguardavam para saudar Nosso Presidente em visita à nossa Belo Horizonte;

Ou, quem sabe, lembranças dos dias de desfile, em que meu pai me levava para ver o “Sete de Setembro” na Avenida Afonso Pena. Acho que, já naquela época, compreendi que, assim como meu pai e minha mãe, aqueles garbosos soldados da Pátria, em seus uniformes reluzentes, também eram meus para amar e defender.

Eu, enquanto criança, podia não entender o que eles representavam com aquelas armas, aquela marcialidade toda, mas sentia aquela vibração, aquela energia contagiante, como que me convidando a integrar aquele grupo, mostrando-me que havia algo maior a defender, para tomar conta, e que era meu – o Meu País!

Ao longo dos anos, vi tanta coisa acontecer: governos preocupados com o desenvolvimento, esquecendo-se da segurança; outros, preocupados com a economia, deixando de lado o social; outros, ainda, que, se tiveram preocupações com o povo, nós não ficamos nem sabendo.

A educação foi sendo negligenciada; a família, desestruturada; e, cada um, parece estar preocupado apenas consigo mesmo. Quando não se aliena, se omite...

Aí, a menina que vive dentro de mim apareceu, curiosa, meio traquina, meio moleca, e me indagou: “olha lá! Está sentindo aquela sensação novamente?”

E minha esperança se reacendeu. Outra oportunidade de encontrar alguém que pense, mas, principalmente, que sinta como eu... esse amor perene pelo país onde vivemos, onde voltamos, ao final de cada dia, para junto de nossas famílias e amigos; esse amor imenso que nos leva a continuar, a acreditar que não somente podemos, mas devemos fazer algo por esta Pátria Amada.

Aí vem um tanto de nosso regionalismo mineiro: Não somos de esperar, somos de decidir, de fazer acontecer, de trabalhar em silêncio, de dar um boi para não entrar em uma briga, mas dar uma boiada para não sair dela. Ao longo da história já mostramos que nossa resposta é corajosa, destemida, que somos combatentes, assim como os soldados de minha infância.

Há uma batalha pela frente, pela Mobilização Nacional. Há um projeto de lei que deve ser aprovado. Sabemos que, sem pressão, não vai acontecer... Eu quero ver acontecer. Fomos convidados a nos engajar. Que resposta daremos dentro de alguns meses? Estaremos fazendo parte dessa Tropa?

Estamos terminando este Estágio Intensivo – Intensivo demais “da conta, sô”!
Nossos palestrantes, Mediadores de nossos grupos de discussão dirigida, hão de concordar com esta colocação. O tempo foi reduzido demais para aproveitar o que cada um de nós, enquanto profissionais, poderia debater. Reforçar, através do exercício dirigido, a doutrina ministrada, é deveras interessante, mas se nós, estagiários, pudéssemos contribuir, enquanto grupo multidisciplinar, com estratégias realmente discutidas em um tempo hábil, seria muito melhor...

Além de ampliar o tempo desse estágio intensivo, poderia se pensar em capacitar novos palestrantes dentre os multiplicadores diplomados, que estariam atuando em grupos de níveis diferenciados, como associações de moradores, condomínios, escolas, igrejas e templos, associação de classe e de profissionais, enfim, cidadãos para “combater” em frentes de divulgação do assunto “Mobilização Nacional” e “pressão” pela aprovação do projeto de lei que cria o SINAMOB.

Aos Nossos Palestrantes e Mediadores, Cmt Sonilon Vieira Leite, Cmt José Augusto Barros Caputo, Coronel Antonio Celente Videira, Professora Maria Leonor da Silva Teixeira, e Coronel Sergio Luiz Pais Ribeiro, nosso carinho, respeito e admiração, não somente pela competência e conhecimentos demonstrados, mas também pela paciência, pela atenção e pela dedicação.

Dois outros integrantes do Ministério da Defesa nos acompanharam durante todo o estágio, trazendo-nos às mãos, os meios que utilizamos para formalizarmos nossos debates e discussões dirigidas, sempre prontos, prestativos e “observadores”. Conquistaram também nosso carinho, Servidores Civis Antonio Fernando Guimarães Santos e Vilmar da Silva Fogaça.

Não poderíamos deixar de agradecer ao Colégio Militar de Belo Horizonte, na pessoa de seu Comandante, o Ten Cel José Bezerra de Menezes Neto, pela forma como nos acolheu, desde as instalações muito limpas, claras e arejadas, a presença de aspirantes preocupados em nos receber muito bem, até o “cafezinho”, com água, suco e biscoitos que nos foram disponibilizados, contando com soldados prestativos, educados e de uma gentileza ímpar.

Todos os Senhores desempenharam seus papéis de forma irretocável – Fizeram sua parte. A sorte está lançada, e as sementes aqui plantadas hão de germinar.

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim... "
Chico Xavier

Estejam certos de que estamos saindo daqui multiplicadores dos propósitos da Mobilização Nacional, capacitados para, a qualquer tempo, demonstrarmos nosso patriotismo em resposta à eventual agressão estrangeira. Retornamos, cada um de nós, ao nosso cotidiano, bem diferentes de quando aqui entramos, já que foi despertado algo que estava adormecido – o Nosso Espírito de Brasilidade!

Autor: Sandra Bossio


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