Lula, o terceiro mandato e o meio-ambiente



Naquela que deveria ser a sua principal esfera de atuação - a ambiental - o governo Lula só prestou desserviços ao Brasil:

  • Liberação R$ 12,6 bi para financiar o agronegócio.
  • Provável aprovação da MP 458 que permitirá que uma área de 67,4 milhões de hectares de terras da União na Amazônia possa ser doada ou vendida sem licitação, até o limite de 1,5 mil hectares;
  • Constantes liberações por parte da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), responsável pela aprovação de transgênicos no país, para variedades que enfrentam grande resistência em outros países
  • Financiamento do desmatamento da Amazônia, como afirma o Greenpeace.

Se buscássemos outros dados, certamente encontraríamos. O fato é que numa avaliação global, essas informações não podem ser deixadas de lado quando observamos a grande aprovação de Lula em relação ao eleitorado. Tal classificação positiva, que vem gerando aquilo que alguns chamam de "Novo Queremismo", tem outras explicações que podem ser encontradas nos investimentos sociais e na crescente melhora dos níveis de emprego com carteira assinada no país. Quando conservadores afirmam que não há diferença de Lula para FHC, sabe-se que essa afirmação é uma falácia. Nesse sentido, há um Projeto de Emenda Constitucional que permitiria um terceiro mandato presidencial em sequencia, projeto que vem recebendo críticas exatamente daqueles que igualam o governo do atual presidente ao do marido da falecida Ruth Cardoso. Esses declaram que um terceiro mandato é antidemocrático, tal como será o de Hugo Chavez, caso vier a se reeleger. Pois vejamos:

Para aqueles que acreditam na idéia de que um possível terceiro mandato de Lula fere os princípios "democráticos", convém recordar que a reeleição sem limites é norma em 17 dos 27 países que integram a União Européia. Devido a isso, Helmut Kohl foi chanceler da Alemanha durante 16 anos seguidos (1982-1998), Felipe Gonzáles governou a Espanha por 14 anos sem interrupção (1982-1996), Margaret Thatcher foi primeira-ministra do Reino Unido durante 11 anos (1979-1990) e Tage Fritiof esteve no comando da Suécia por incríveis 23 anos (1946-1969). Curiosamente, em relação a esses exemplos, não vimos nenhuma menção da mídia ao caráter antidemocrático dessas longas temporadas no poder.

Assim, observando o atual papel débil da esquerda no cenário mundial, muito bem analisado por Saramago, e o avanço dos conservadores especialmente na Europa, pelo jeito a única coisa que podemos sonhar é com um governo relativamente progressista, que esteja um pouco mais atento às questões ambientais (já que uma verdadeira mudança se daria apenas com grandes transformações estruturais). Sinceramente, vislumbrar um partido político nacional de esquerda capaz de fazer frente às maquinas eleitorais de PT e PSDB nas próximas eleições, assim como um bom substituto para Lula nas eleições de 2010 realmente está difícil. Dilma, definitivamente, não é uma candidata que empolgue as massas. O que você acha?


Autor: André Vinicius Mossate Jobim


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