Trasporte de Cargas Aéreo



Tema: Trasporte de Cargas Aéreo

TERMINAL DE LOGÍSTICA DE CARGA DE GOIÂNIA

Orlando Augusto Nunes – [email protected]
Acadêmico em Tecnologia de Transporte – Cefet-GO

Carga Aérea

A natureza da carga aérea

O termo “carga aérea” é utilizado para expressar o conjunto de bens transportados por via aérea, geradores de receita, que não sejam passageiros e bagagens. Na indústria da aviação, consideram-se neste contexto os seguintes itens:

• Malas postais;
• Encomendas courier;
• Carga propriamente dita.

Classificação da carga aérea

Segundo Ashford (1992), a carga aérea é extremamente heterogênea. Em razão desta heterogeneidade e da conseqüente diversificação da forma de seu tratamento e manuseio, as empresas operadoras procuram criar classificações alternativas que facilitem a padronização das rotinas utilizadas no tratamento da carga. A importância deste procedimento se deve ao fato de que as características dos diversos itens de carga influem sensivelmente na operacionalidade, concepção e tamanho dos Terminais de Carga. Eis a classificação empregada pela INFRAERO em Terminais com expressivo volume de carga.

Carga Normal ou Comum: Nesta classe incluem-se itens ou lotes de carga pesando até 1000kg ou mais, que podem ser armazenados em sistemas porta-paletes ou racks com prateleiras e que não requerem cuidados especiais ou procedimentos específicos para o seu manuseio e armazenamento.

Carga Perecível: É aquela de valor limitado pelo tempo, por estar sujeita à deterioração ou a se tornar inútil se houver atraso na entrega. Este tipo de carga pode necessitar ou não de armazenamento especial. Ex: flores, revistas, jornais, remédios, alimentos, etc.

Carga de Grande Urgência: Geralmente relacionada com aspectos de saúde, destinadas à manutenção ou salvamento de vidas humanas. Ex: soros, vacinas, etc.

Cargas de Alto Valor: Compreende materiais ou produtos naturais ou artificiais de alto valor por natureza, bem como carga composta de pequeno volume, porém com valor monetário individual elevado. Este tipo de carga pode necessitar de armazenamento em cofre. Ex: ouro, prata, pedras preciosas, componentes eletrônicos em geral, etc.

Cargas Vivas: Cargas compostas por animais vivos para os quais são necessários instalações e procedimento específicos.

Cargas Restritas: São as cargas cuja importação e/ou exportação está sujeita a restrições severas impostas por autoridades governamentais e, portanto, exigem tratamentos e fiscalização especiais. Ex: armas e explosivos.

Cargas de Risco (ou Cargas Perigosas): Esta carga é composta por artigos ou substâncias capazes de impor risco significativo à saúde, segurança ou propriedades quando transportados por via aérea. Este tipo de carga requer cuidados especiais no manuseio e armazenamento. Ex: gases, líquidos inflamáveis, material radioativo, etc.

O complexo de carga aérea

As instalações para manuseio da carga aérea podem estar concentradas num mesmo edifício ou podem estar dispostas em edifícios independentes, de acordo com o volume de carga a ser manuseado, do sítio disponível para instalação das edificações e do número de companhias aéreas ou operadoras que irão atuar no local.

De acordo com Brown (1969), o Complexo de Carga Aérea de um aeroporto é formado pelas seguintes instalações:

• Terminal de Mala Postal;
• Terminal de Remessas Expressas (courier)
• Terminal de Carga Aérea;
• Terminal de Agentes de Carga.

Em termos de planejamento aeroportuário, cada elemento componente do Sistema Terminal de Cargas possui características próprias que permitem que sejam estudados separadamente. Aqui será levado em consideração apenas o Terminal de Carga Aérea. As demais facilidades poderão ser estudadas analogamente.

O Terminal de Carga Aérea
O Terminal de carga aérea é, no aeroporto, a instalação responsável pelo preparo da carga para acesso ao transporte aéreo ou para o recebimento pelo seu consignatário. As principais funções do Terminal de Carga Aérea são: recebimento, conversão, classificação, armazenamento, despacho e documentação da carga. Estas atividades serão mostradas a seguir através dos fluxos de entrada e saída da carga nos elementos e áreas compatíveis com as atividades neles exercidas.

Fluxos Físicos da Carga
• Fluxo de Importação: É aquele em que a carga tem acesso pelo lado aérea e saída pelo lado terrestre.


• Fluxo de Exportação: É aquele em que a carga tem acesso pelo lado terrestre e saída pelo lado aéreo

• Fluxo de Trânsito: É aquele em que a carga tem acesso e egresso pelo mesmo lado, sendo este mais freqüentemente o lado aéreo.


O fluxo de trânsito pode ainda ser dividido em:
 Fluxo de Trânsito Imediato: É aquele em que a carga deixa a aeronave em um aeroporto, mas que tem como destino um outro aeródromo ou uma EADI (Estação Aduaneira do Interior), não sendo estocada no armazém do Terminal daquele aeroporto.
 Fluxo de Trânsito Atracado: É aquele em que a carga é recebida mas não deixa o terminal no prazo previsto, devendo ser armazenada.

FATORES QUE INFLUENCIAM NO DIMENSIONAMENTO DO TECA

Tipo e Quantidade de Carga a ser Processada na Hora Pico: Referem-se às características de tamanho, peso e cubagem da carga e ao montante que deverá ser recebido, atracado, armazenado e despachado nas horas de pico de tráfego de cargas.
Tipo e Quantidade de Carga que Requer Tratamento Especial: Referem-se às cargas que, em razão das suas características físicas, requerem um tratamento diferenciado das demais. São as cargas exemplificadas nos itens 2.2 a 2.7.
Tipos de Aeronaves e Freqüências de Vôos: A carga poderá ser transportada por aeronaves de passageiros, aeronaves mistas de passageiro e carga (aeronaves combi) e aeronaves exclusivamente cargueiras.
Nível de Tecnologia Empregado no Terminal para Manuseio da Carga: Quanto ao nível de tecnologia, os terminais podem ser de baixa tecnologia (para pequenas quantidades de carga), média tecnologia (para grandes quantidades de carga, com procedimentos que podem variar de manuais a semi-automatizados) ou alta tecnologia (para grandes quantidades de carga, com procedimentos que variam de mecanizados a totalmente automatizados).
Quantidade de Carga Pré-unitizada: Há terminais em que a carga pode ser recebida unitizada e assim ser armazenada pela companhia aérea ou ser retirada pelo consignatário sem necessidade de seu desmonte. Nesses casos os terminais são dotados de áreas para armazenamento deste tipo de carga.
Tempo de Permanência da Carga no Terminal: As áreas de armazenamento da carga são estimadas, também, em função do período em que esta carga permanece em estoque antes de deixar o terminal. Quanto maior o tempo de permanência, maior a área dos armazéns.

5. MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO

Existem diversos métodos para se dimensionar um terminal de carga aérea. Entre eles estão:
Método da STBA: A STBA (1984) na sua Instruction Technique sur les Aérodromes Civils, no item 6.3 – Dimensionnement des Aérogares de Fret, à página 39, cita apenas que índices gerais podem variar de 3t/ano/m2 a 20t/ano/m2.
Método da FAA: A FAA (1964) trata do tema na circular AC 150/5360-2, Airport Cargo Facilities, onde apresenta, à pagina 22, um gráfico para estimativas das áreas administrativas e de processamento de carga de terminais em função do movimento diário observado.
Método da IATA: A IATA recomendava no passado a utilização de 1,0 ft2 por tonelada de carga anual para estimativa da área de carga para exportação e 1,1 ft2 por tonelada de carga anual para área de carga de importação. A partir de 1991, a IATA não mais propõe nenhum método para dimensionamento de Terminais de Carga Aérea.
Método de Ashford: Norman Ashford (1992), na 3a edição de seu Airport Engineering apresenta no capítulo 11, Air Cargo Facilities, à pagina 355, um exemplo de dimensionamento para um terminal classificado como de média tecnologia, e outro, à página 360, para um terminal de alto índice de mecanização.
Método do IAC: o Instituto de Aviação Civil, através do Manual de Capacidade da CECIA, a nível de planejamento, utiliza a equação:

A = (T. F. f. tm) / (365. d. h )
Onde:
A – Área em m2.
T – Tonelagem anual prevista em ton.
F – Fator de flutuação da demanda de carga (1,1 a 1,5), maior quanto menor for o T.
f – Fator que depende da configuração das áreas de armazenagem, varia de 1,3 a 2,5.
tm – Tempo médio de permanência da carga no Terminal.
d – Densidade média da Carga, varia de 0,0875 a 0,158 ton/m3.
h – Altura máxima de empilhamento, depende do equipamento disponível (1,4 a 4,0m).

Método de Magalhães: Este método foi desenvolvido por Magalhães (1998) em sua dissertação de mestrado e está sendo informatizado e em breve estará disponível em Visual Basic.

TERMINAL DE LOGÍSTICA DE CARGA DE GOIÂNIA

Terminal de Logística de Carga SBGO, está sediado no Aeroporto Sta. Genoveva, localizado na Praça capitão Frazão Setor Norte entre o hangar da Globo Aviação e o hangar da Aerotec, tendo o seu acesso para avenida Santos Dumont.
O TECA/SBGO, é composto de dois depósitos alfandegados denominados de Teca I e TecaII.
Teca I possui uma área edificada de 289m2 e o Teca II possui uma área de 1040m2.
O TECA/SBGO foi alfandegado pelo Ato Declaratório SRF nº 005/82, vem prestando serviços com qualidade, eficiência, com a expectativa dos nossos clientes.

TECA SBGO
Recepção, Informação, Administração e Coordenação Logística – Teca/sbgo
Atividades Desenvolvidas:
Importação, Exportação e Perdimento.
Serviços:
Locação de Equipamentos e Mão de Obra
Serviços:
Locação de Equipamentos e Mão de Obra
O TECA/SBGO informa que dispôe das seguintes facilidades e prestação de serviços:
• Carregamento e descarregamento de caminhão;
• Desova/ovação de container marítimo de 20 (pés);
• Desova/ovação de container marítimo de 40 (pés)
• Envelopamento de carga com filme em polietileno;
• Repesagem de carga (em virtude de divergência de peso,);
• Reforço de embalagem, em função de avarias, dentre outros;
• Balanças eletrônicas e mecânicas de precisão;
• Câmaras Frigoríficas para resfriados e congelados até –30Cº;
• Empilhadeiras motorizadas cap. 3 ton. e 7 Toneladas;
• Empilhadeiras elétrica e manual cap. 1,5 tonelada;
• Paleteiras manual cap. 1,5 tonelada;
• Carros com plataforma cap. 800kg;
• Carros Tricíclos cap. 300kg;
• Paletes de madeira cap. 1000kg;
• Cópia de documento (fornecimento de cópia de documento que abrange a realização de pesquisa, desarquivamento e reaquirvamento de documentos).
Infra-estrutura do teca

ÁREAS DISPONÍVEIS AOS NOSSOS CLIENTES:
• Sala da Receita Federal
• Sala da Vigilância Sanitária
• Sala de Recepção
• Sala Operacional da Infraero
• Sala de Tarifação da Infraero
• Sanitários
CONFORTO E FACILIDADES OFERECIDOS AOS USUÁRIOS:
• Sistema Siscomex
• Sistema Tecaplus
• Sistema Tecanet
• Sala de Recepção com TV.
• Telefone e fax
O Brasil exporta por aqui

Em 2004, o Brasil transportou 1,3 milhões de toneladas de carga aérea. Desse total, 641 mil toneladas são de carga internacional manipulada nos terminais da Infraero. Os negócios na área de logística de carga são responsáveis por 26% do total de receitas da Infraero, fazendo deste o mais rentável e promissor dos serviços prestados pela empresa.

Os terminais de carga, instalados em 32 aeroportos, possuem espaço total de 260 mil m². Com equipamentos de última geração, possuem infra-estrutura moderna e completa para receber as mais diversas mercadorias. Os terminais contam com câmaras frigoríficas, áreas especiais para material radioativo e produtos químicos, instalações para carga viva, cargas restritas e câmaras mortuárias.

O maior terminal em concentração de volume de carga do Brasil é o do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Com área de 77 mil m² destinados somente à armazenagem de cargas, o aeroporto tem vocação para se transformar em um dos maiores centros de distribuição de carga do mundo. O terminal do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro é considerado um dos melhores da América Latina. Possui o maior e mais bem aparelhado armazém de cargas vivas do Brasil, com baias para até oito cavalos, piquete de 220 m² para exercício desses animais e um laboratório utilizado pelo Ministério da Agricultura.

Investimentos em terminais

A Infraero tem um plano de desenvolvimento para os terminais de logística de carga que prevê a construção de novos armazéns e a modernização de terminais nos próximos cinco anos. Recursos serão investidos na ampliação de áreas, reformas de instalações e aquisição de sistemas e equipamentos.

Agilidade e Segurança
Equipados com modernos sistemas de informatização, os terminais da Infraero proporcionam agilidade no desembaraço da carga e segurança no processo de armazenagem. Para facilitar o registro de entrada e saída de cargas do país, o governo brasileiro implantou, com a Infraero e a Polícia Federal, o sistema Linha Azul, regime de despacho aduaneiro expresso. A Linha Azul permite a otimização e a simplificação de procedimentos, com a conseqüente redução de custos tarifários, nos terminais de Campinas, Guarulhos e Galeão.
O Tecaplus, desenvolvido pela Infraero, agiliza a movimentação de mercadorias dentro dos armazéns. A localização dos volumes é controlada por computador e por leitoras de códigos de barras. Este sistema reduz o tempo de espera para recebimento da carga e elimina a possibilidade de perda de mercadorias dentro dos terminais.

Atendimento ao Cliente
Para atender com exclusividade ao cliente que utiliza os terminais de logística, a INFRAERO criou a Central de Atendimento ao Cliente da Carga (CAC), que funciona nos principais aeroportos do país. A central possui profissionais preparados para dar informações, encaminhar sugestões e reclamações. Além disso, o cliente tem à sua disposição uma infra-estrutura completa para orientação e solução de problemas a respeito do transporte do desembaraço de mercadorias.

Cargas On Line
Por meio do sistema Tecanet, o cliente pode monitorar o percurso da mercadoria despachada desde o terminal de embarque até o momento da retirada dos volumes no aeroporto de destino. Desta forma, o importador ou exportador tem à sua disposição um importante mecanismo de controle de seus negócios, que pode ser acessado de casa ou do escritório.


ECONOMIA



A Infraero – Aeroportos Brasileiros, empresa estatal que administra os 66 principais aeroportos do Brasil, registrou em 2004 um recorde histórico na movimentação de carga aérea para exportação e importação.
Na importação, o crescimento registrado em relação ao ano passado foi de 30,25%, atingindo a marca de 289.188 toneladas. Na área de exportação, o crescimento foi de 25,30% totalizando 302.878 toneladas.
Este crescimento é, em média, superior em 10% àquele registrado no início dos anos 90, quando se registrou um boom nas importações e exportações brasileiras devido à abertura do mercado.

Fiel à política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Infraero, presidida pelo ex-senador Carlos Wilson Campos (PT-PE), investiu mais de R$ 35 milhões na compra de equipamentos e na viabilização dos sistemas dos terminais de carga nos últimos dois anos.
“A empresa teve infra-estrutura suficiente para suportar o aumento da demanda porque investiu em mecanização e automação para liberação mais rápida de cargas, em trabalho conjunto com órgãos como a Receita Federal” – explicou Luiz Gustavo Schild, superintendente de carga da empresa.

Para 2005, a expectativa é de um crescimento ainda maior. A aposta é nas conquistas de novos mercados, como Japão e China, e na recuperação econômica de países como Argentina e Estados Unidos.

O presidente Carlos Wilson garante que os investimentos na área de logística de carga da empresa continuarão de forma a atender a demanda que se espera. “Continuamos a acreditar no crescimento da economia e na agilidade do empresariado. Sabemos que nossos terminais serão solicitados e estamos prontos”.

Entre os planos da empresa para este ano estão a automação completa do terceiro Terminal de Cargas de Manaus, inaugurado em dezembro pelo presidente Lula, a revitalização dos sistemas dos aeroportos de Campinas e Guarulhos, o encerramento das obras iniciadas para a construção do novo terminal de Fortaleza, a licitação do novo terminal de cargas de Porto Alegre e o lançamento do terminal exclusivo para exportações do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

GLOBO ONLINE

- O crescimento no setor de carga a aérea verificada em 2004 e confirmado no primeiro bimestre de 2005 continua se mantendo. Segundo informações da Infraero, em março, houve um aumento de 12,6% na movimentação de carga nos terminais da companhia, comparativamente a igual período do ano passado. Foram movimentadas 143 mil toneladas.
Na importação, foi registrado crescimento de 8,06%, passando de 62 mil toneladas para 67 mil toneladas enquanto que, na exportação, houve crescimento de 16,9%, passando de 65 mil toneladas para 76 mil toneladas. No conjunto (importação mais exportação), houve crescimento de 12,6%, passando de 127 mil toneladas para 143 mil toneladas.
Os números tornam-se ainda mais expressivos se considerar que nos últimos dois anos, os índices de movimentação de carga aérea foram negativos ou próximos a zero. No período 2001/2002, a variação (importação mais exportação) atingiu -7,01%, enquanto que a 2002 a 2003 subiu 095%.

Historicamente, as indústrias aquecem sua produção no segundo semestre do ano, o que leva a Infraero a acreditar que 2005 poderá chegar ao fim com números de movimentação de carga ainda mais positivos que os do primeiro semestre.

Dos 32 terminais de logística de carga brasileiros, todos administrados pela Infraero, o primeiro em arrecadação é o do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos. Em seguida vêm os terminais dos aeroportos de Viracopos/Campinas, Galeão e Manaus.

Além do crescimento da produção industrial brasileira, um dos fatores importantes para a retomada das exportações é a mudança do perfil do importador/exportador no Brasil, atualmente muito mais voltado para produtos de alto valor agregado.

Entre os produtos que mais apresentaram crescimento na movimentação de carga internacional estão celulares, DVDs e eletroeletrônicos em geral. Até há bem pouco tempo o Brasil só exportava produtos de baixo valor agregado, como couro e frutas.

Movimento de carga aérea cresce 40% e bate recorde
O ano de 2005 foi recorde histórico em cargas nos terminais operados pela Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero). O movimento de 753,4 mil toneladas foi uma expansão de 27% sobre 2004. O aumento foi puxado pelas cargas domésticas e do Mercosul.

O gerente de relacionamento com o mercado da Infraero, Lincoln Delbone, afirmou que a movimentação de cargas representa 30% do faturamento da empresa.
A Infraero, que estima um crescimento de 5% no volume em 2005, investirá no segmento de carga aérea R$ 130 milhões no decorrer do ano.

Fonte: Gazeta Mercantil, 16/01/2006

CARGAS AÉREAS NO BRASIL TEM MUITOS PRETENDENTES
Empresas estrangeiras e nacionais lutam oferecendo serviços expressos nos setores comerciais e na entrega de correspondência.

O mercado de cargas aéreas atrai investimentos, num país enorme como o Brasil desprovido de um serviço ferroviário, penalizado por rodovias que reduzem a eficiência dos transportes terrestres e sem poder contar com as ligações fluviais que, em muitas regiões, seriam preciosos instrumentos de integração.
E há o problema das cargas internacionais, cuja rentabilidade depende da utilização do espaço disponível não somente no sentido norte, mas também nos vôos de retorno. Uma questão de equilíbrio entre exportações e importações difícil de ser alcançado, pois há muitos itens que não justificam o custo do transporte aéreo e por isso os operadores recorrem aquele marítimo ou, às vezes, até ao rodoviário. Ou tem peso e tamanhos não compatíveis com a estrutura de todas as aeronaves ou que dificultam a realização das operações de embarque e desembarque.
O setor internacional, que em 2002 segundo o DAC transportou cerca de 1,4 bilhões de toneladas, tem um potencial de receitas que ainda não foi aproveitado em sua totalidade pelas empresas que aqui operam. Delas a mais poderosa é a Federal Express, conhecida como FedEx, que em 2002 teve uma receita mundial de US$ 23 bilhões.Foi a única aérea que conseguiu superar o valor das vendas do ano anterior aos atentados de setembro de 2001. No ano passado comemorou seu 30° aniversário com um lucro líquido de US$ 263 milhões, uma frota de 324 aeronaves e tendo transportado 13,2 bilhões de toneladas/km. Seu chamado “superhub” localizado em Memphis, é o maior centro de transporte de cargas do mundo, cujo valor é estimado em US$ 175 bilhões.
Outra poderosa, que também opera no Brasil é a DHL, controlada pelo correio alemão, mas está mudando de nome nos EUA (passará a se chamar Astar Air Cargo) e de donos, devido aos problemas criados por sua nacionalidade estrangeira.Seu lucro líquido, comparado com aquele da FedEx foi modesto (US$ 16 milhões), mas assinalou uma importante mudança, depois que em 2001 a aérea havia perdido US$ 237,5 milhões. Segundo estatísticas internas a FedEX e a DHL Express (a DLH opera no Brasil há cerca de 23 anos) realizariam no pais cerca de 800 mil embarques anuais cada uma.
E desde janeiro de 2003 está pousando no Brasil uma nova transportadora de cargas, a Sky Postal, ligada ao correio americano, que deverá completar este ano sua logística tendo como objetivo conquistar 10% do mercado brasileiro. A aérea está se concentrando no segmento de entrega de correspondência de pessoas físicas, que recebe do correio americano, mas tem encontrado dificuldades para captar as cartas que se originam no Brasil, que os Correios destinam preferencialmente à Varig e à Tam.
Por sua vez os Correios tem seu serviço de entregas expressas Sedex, - que tem funcionado discretamente, mas não tão bem como poderia, considerando que possui o monopólio de entregas de cartas. Segundo estimativas não confirmadas os Correios realizariam cerca de 125 mil entregas anuais no exterior, operando em parceria com empresas estrangeiras e estariam pretendendo adquirir os direitos de transporte exclusivo dos correios de alguns países da América do Sul.
Outra empresa que voltou a disputar o mercado de cargas internacionais é a Vaspex, que havia assinado uma parceria com a DHL depois de ter suspensos suas operações para o exterior. As mudanças na DHL poderão prejudicar a expectativa da Vasp, que conta com uma estrutura doméstica de entregas que reúne cerca de 500 franquias, dispondo de cinco unidades cargueiras e dos porões de 27 aeronaves e tendo um esquema de atendimento em cerca de 5,4 mil cidades do país. Esse mercado, segundo o DAC, transportou em 2002 cerca de 742 milhões de toneladas e sua receita teria alcançado cerca de R$ 1,5 bilhão.
Há ainda a considerar a presença no mercado, por enquanto modesta, da Gol Log que desde o final de 2003 está oferecendo um serviço especial de transporte de carga, chamado de Expresso, que garante prioridade no embarque em seus 22 Boeing-737 às mercadorias que pesem até 30 quilos. Suas tarifas competitivas ainda não afetaram os embarques da Vaspex e da Varig Log e ainda menos o serviço de cargas da Tam Express, ainda em fase de desenvolvimento e que seria absorvido pela Varig se fosse realizada a fusão entre as duas aéreas,Last but not list vem a VarigLog, que das empresas domésticas de carga é de longe a mais poderosa. Confiada à experiência de João Luis de Sousa que, se na década de 80 não era, agora com certeza é o maior especialista nesse setor, a VarigLog herdou uma boa tradição no transporte de cargas, que na década de 80 chegou a representar cerca de 25% de suas receitas. O setor passou pelas mãos do excelente Carlos Muniz, foi entregue a um menos confiável executivo uruguaio, chegou até a Cmte.Miguel Dau (que completou e dinamizou a modernização da estrutura logística) e voltou a J.L. de Sousa, que havia concluído sua longa estada em Tóquio, onde representou a Varig tentando assimilar as peculiaridades dos mercados asiáticos. Desde começo de 2003 na posição de presidente, João Luis está tomando conta da VarigLog, sem ainda excluir o esquema de integração dos serviços com a Tam, que havia si elaborado para absorver por um período de sete anos o setor logístico da congênere, com vantagens mútuas.
Mas agora, com a fusão a banho-maria, está sendo dada nova ênfase ao setor e a carga voltou a assumir para a Varig a importância que quase sempre teve. A empresa detêm cerca de 34% do mercado, que é altamente dinâmico e a cada ano tem crescido até 20% desde 2001. Sem dúvida o incremento deve ser atribuído ao considerável aumento das exportações, que todavia tem provocado também problemas para a rentável utilização dos vôos de retorno.O balanço de 2003, cuja publicação é iminente, deverá confirmar se o transporte de cargas proporcionou à VarigLog o faturamento de US$ 117 milhões previsto por seu presidente. Entretanto a empresa estuda qual rota e tipo de aeronave poderiam ser utilizadas se a linha para Pequim se tornasse uma imposição governamental, face ao desenvolvimento do tráfego mutuo de mercadoria e de viajantes que representa o objetivo da visita oficial que o governo brasileiro fará à China no próximo mês.

AMBIENTAL

Infraero e o meio ambiente: uma relação de respeito

A meta ambiental da Infraero é assegurar o cumprimento de normas e padrões de proteção ao meio ambiente na operação, manutenção e expansão dos aeroportos administrados pela empresa, visando a minimização e prevenção dos impactos ambientais que possam ser provocados por suas atividades.
A Infraero dispõe de uma política ambiental desde 1995. Essas diretrizes, que foram revisadas em 2000, estabelecem as estratégias e objetivos da empresa para planejar, construir e operar suas instalações aeroportuárias em conformidade com leis e regulamentos ambientais nacionais e internacionais. Estruturas operacionais foram instituídas para executar as normas estabelecidas por essa política ambiental.
O Comitê de Gestão Ambiental (CGA) foi constituído para tornar compatíveis o planejamento estratégico da Infraero e a sua gestão ambiental. Cabe a ele também definir as diretrizes, objetivos, metas e estratégias da política ambiental da empresa. É ainda papel do comitê determinar quais ações ambientais terão prioridade na aplicação dos recursos disponíveis.
A Superintendência de Meio Ambiente e Energia (DEMB) tem a missão de planejar e gerir programas ambientais e acompanhar as ações das superintendências regionais na gestão desses programas. Em 2004, a empresa deu continuidade ao Plano de Ação Ambiental, estabelecendo ações corretivas em todos os aeroportos da rede.


Sistema de Gestão Ambiental da Infraero

O Sistema de Gestão Ambiental é fundamentado em três linhas principais de trabalho, que norteiam os programas e ações ambientais:

Atendimento à legislação: a continuidade dos processos de licenciamento dos aeroportos, iniciada no ano 2000, é um dos exemplos das iniciativas tomadas pela empresa para cumprir a legislação ambiental.
Ecoeficiência: a busca pela ecoeficiência se dá com as ações voltadas para o uso eficiente dos recursos naturais, o aumento de produtividade e a redução de custos. Os programas de desempenho ambiental desenvolvidos pela Infraero seguem esse eixo de atuação.
Educação e comunicação: a Infraero desenvolve programas de conscientização para a preservação da flora e da fauna para o público interno e externo da empresa. Campanhas de educação ambiental nos aeroportos também são organizadas.

Programas Ambientais

A política ambiental da Infraero é materializada nos programas definidos pelo Comitê de Gestão Ambiental. Eles são colocados em prática pela Superintendência de Meio Ambiente e Energia e pelas áreas de meio ambiente das superintendências regionais.

LEGISLAÇÃO

Portaria Data Informações
18/GC-2 14 JAN 00 Aprova critérios e fixa valores para a aplicação e a cobrança das Tarifas Aeroportuárias de Armazenagem e de Capatazia, sobre cargas importadas e a serem exportadas ou em situações especiais e dá outras providências.

060E/SPL 07 ABR 98 Transporte de artigos perigosos em aeronaves civis.

061E/SPL 07 ABR 98 Transporte de artigos controlados em aeronaves civis.

271E/SPL 01 JUL 98 Documentos obrigatórios para embarque de carga perigosa.

330E/SPL 29 JUL 98 Conhecimento Aéreo Nacional - Padronização e Trânsito.

355E/DGAC 11 AGO 98 Aprova as instruções reguladoras para autorização de funcionamento de entidades de ensino para o trato de carga aérea e homologação de seus cursos.

749/DGAC 06 DEZ 98 Expede instruções para funcionamento de Agência de Carga Aérea. Instruções anexas à Portaria.

816/DGAC 3 DEZ 99 Aprova os procedimentos de controle de bagagens de mão nas aeronaves em vôos domésticos.



Autor: Orlando Augusto Nunes


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