Homossexualidade - Partes I,II,III



HOMOSSEXUALIDADE      Parte I

Eu descobri que um dos meus filhos é gay e agora?

A palavra homossexual vem do grego homós, semelhante mais sexual. Este termo foi criado em 1869 pelo austro-húngaro Karl Maria Kertbeny. A homossexualidade seria uma atração sexual ou erótica por pessoa do mesmo sexo. A homossexualidade, masculina ou feminina, ainda continua sendo uma temática polêmica e contraditória, não obstante existam evidencias de que esteja havendo uma maior aceitação dos especialistas e mesmo da nossa sociedade.

 

O homem ou a mulher homossexual deseja e procura contato, que quanto ao seu conteúdo e forma, pode ser tão importante quanto ao comum entre homem e mulher.

Até em tempos muito recentes, homens e mulheres homossexuais eram perseguidos.

É um engano pensar-se que o casamento cura a homossexualidade. O homem ou a mulher homossexual pode comportar-se como o outro sexo, às vezes até nos detalhes do uso de cosméticos, enfeites e no modo de cruzar as pernas. O homem age de modo afeminado, enquanto a mulher se comporta como homem. Entretanto, isso não constitui absolutamente uma regra geral. No contato sexual, o homem homossexual pode desempenhar quer o papel da mulher, quer o do homem. Os papéis do casal são repartidos, um deles é sempre ou quase sempre ativo no contato, o outro fica principalmente passivo.

 

A verificação de se ser homossexual faz-se via de regra, antes, durante ou pouco depois do processo de maturação do indivíduo.

A descoberta não é geralmente comunicada aos pais, mas se esta é feita, a maneira de os pais reagirem é de alta importância, e o primeiro passo normalmente se refere a uma visita a um especialista no assunto.

A fase da descoberta é a pior, pois coloca a figura materna como aquela que falhou na maternagem.

Muitas mães relatam que não notaram diferenças neste filho frente aos outros filhos, agora um adolescente. Contudo muitas atitudes deste filho, na infância e mesmo na puberdade, já sinalizam preferências, como os modos de vestirem-se, as posturas, etc. E revelam aspectos já instaurados neste comportamento homossexual.. As mães parecem cobrir-se com um véu, ou para tentarem obnubilar ou mesmo um não querer perceber e enxergar, ou muitas vezes elas dizem que não perceberam nenhuma dica sobre o comportamento deste filho. Trata-se na maior parte das vezes de um mecanismo inconsciente de defesa desta mãe.

É comum a mãe não aceitar de princípio, mas tentará buscar se informar sobre o assunto. Elas negam, sentem-se culpadas, acham que falharam em alguma coisa, procuram esconder de todas as pessoas quer na família, quer em outros setores, algumas até pensam em suicidar-se, etc. É como se para elas, elas tivessem produzido e gerado algo fora dos padrões normais, algo defeituoso. Neste momento, existe em muitas mães, o processo de um mecanismo acionado de defesa psicológica, qual seja a racionalização.

Racionalização vem a ser um processo pelo qual o indivíduo procura apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou aceitável do ponto de vista moral, para uma atitude, uma ação, uma idéia, um sentimento, etc.

Assim, muitas mães acreditam piamente ser apenas uma fase, um estresse psicológico, e tentam mostrar ao filho de que existem outras maneiras de viver.

Algumas mães até chegam a convidar para virem à sua casa, algumas colegas do filho, da escola, do trabalho, ou mesmo algumas meninas da vizinhança, num intuito de tentar mudar a constrangedora situação do momento.. Assim elas tentam ao máximo mudar a situação, pois a homossexualidade de um filho homem meche e muito com a auto-estima desta figura materna. Muitas mães, através de relatos em consultório, revelam que preferiam ter o filho morto a ter que atura-lo com um namorado homem dentro de casa.. É como se elas tentassem corrigir algo do passado,como um reconstruir algo no filho homem, que elas mesmas geraram e geraram com defeito..

 

Quando uma mulher está esperando um filho, a expectativa é a de ser um menino, ou uma menina, não é mesmo?Não existe a terceira opção, homossexual.

É mais difícil tratar deste assunto no âmbito familiar do que propriamente no âmbito exterior.

E quando vemos a homossexualidade na TV tudo é diferente, mas quando a homossexualidade entra em nossa casa, aí tudo se esfumaça. Existe ainda muito preconceito enraizado, tabus e divergências.

As famílias necessitam de um tempo cronológico para poderem digerir esta nova maneira de viver em um núcleo familiar, onde um dos membros é supostamente diferente dos demais.

A mãe diante de um filho homossexual reage de determinada maneira, e aqui existe ainda o componente edípico muito forte. Muitas mães aceitam aparentemente a homossexualidade de um filho, pois que acabam ganhando também um outro filho, e aí é uma dupla que ela pode ter a seu lado. Ela aceita e é aceita pela dupla.

Muitas mães num aceitar camuflado e psicanaliticamente arquitetado, racionalizam imediatamente e elaboram a idéia de que, agora elas são detentoras de dois masculinos fisicamente, obtendo com isso um ganho psicológico, ou seja, perde um filho masculino, mas ganha um outro masculino.

 

Fonte: Scielo

 

 

 

 

 

 

 

 

HOMOSSEXUALIDADE Parte II

Existem basicamente três tipos de mães de um filho homossexual, ou seja:

1.a mãe que não aceita em hipótese alguma e rompe com o filho

2.a mãe que depois de algum tempo aceita, e se torna uma militante da causa em prol dos homossexuais.

3.a mãe que aceita, mas que ainda têm altos e baixos.

 

Já uma mãe reage de maneira diversa quando toma conhecimento de que a sua filha é homossexual. Existe um repúdio maternal mais intenso e visível para com esta filha homossexual.

Existem as mulheres que desde crianças, ou na puberdade, por volta dos 12,13 anos, já mostram inequívocos sinais de homossexualidade, assim como há outras que no curso de sua existência foram heterossexuais, depois tiveram períodos breves ou longos de homossexualidade, e depois, muitas vezes, retomam com naturalidade a vida heterossexual.

Aquelas que já apresentam nítidas fixações homossexuais muito provavelmente jamais mudarão e jamais experimentarão a heterossexualidade. Habitualmente elas têm uma aparência masculina e uma grande aversão à figura do homem. No entanto, paradoxalmente, essas mulheres idealizam a virilidade e rivalizam com o homem a primazia de exercer o papel que a sociedade considera como sendo do gênero masculino. Alguns profissionais da área denominam a este perfil de tipo masculino.

Já o lesbianismo feminino se caracteriza por aquela condição em que a mulher por algum motivo, ou mesmo por ter sido abandonada por um companheiro homem, fica emocionalmente fragilizada, e como crianças desamparadas, procuram em uma  outra mulher uma maternagem que preencha este vazio.Nestes casos, há uma grande probabilidade de essas mulheres retornarem à heterossexualidade.

 

Com relação ao filho homossexual, a mãe busca compensa-lo, aceita-lo, protege-lo, etc. Pois estará também se autoprotegendo, se autodefendendo de qualquer acusação ou cobrança por parte do outro progenitor.

A mãe de um homossexual reage diferentemente de um pai de um homossexual, ela é mais compreensiva, mais tolerante, o pai é machista, frio e muita vez permanece quieto, alheio, não se relacionando com o filho.

É também bastante comum o pai culpar a esposa pelo fato do filho ser homossexual, como se a mãe fosse à culpada de algo ter dado errado. O filho homossexual é o herdeiro por excelência, herdeiro do nome e da masculinidade, e o pai se sente ameaçado, traído, sem perspectiva de um projeto para o futuro deste seu filho.

 

A homossexualidade de um filho poderá causar algumas reações ameaçadoras para o pai deste, ou seja, este pai começará a pensar e a observar mais os homens. Assim neste pai, alguma fantasia de teor erótico poderá emergir em seus pensamentos, com idéias fascinantes ou repugnantes sobre relações sexuais entre duas pessoas. Este pai poderá se interessar em conhecer alguns lugares usualmente freqüentados por homossexuais e tentar descobrir como eles fazem as carícias, o sexo, etc. Poderá mudar o seu comportamento, fazendo uso de novas experiências sexuais, ou mesmo poderá se tornar um homem casto e muito religioso, numa tentativa mesmo de fugir de seus próprios desejos adormecidos..

Existe uma cobrança da sociedade muita arraigada, e os pais homens se sentem praticamente impotentes diante de serem pais de um homossexual.

 

Já para os pais de uma filha homossexual, a aceitação é maior, pois ela poderá se relacionar com outras mulheres sem acarretar muito alarde psicológico.

Aqui nota-se muito frequentemente a maior aceitação desta filha homossexual por parte do pai, e menos aceitação por parte da mãe. O pai ganhará uma outra filha, gerando muitas vezes uma discórdia familiar com a figura materna. Assim, muitas vezes ter a namorada da filha dentro de casa, faz emergir pensamentos mirabolantes neste pai, numa observação mais acentuada do comportamento de uma mulher com uma outra mulher. Este comportamento poderá eliciar na figura deste pai, desejos numa fantasia onírica bastante conturbada e perturbadora. Eis um exemplo: O Senhor H.S. relatou que se levantava à noite e ia até o quarto de sua filha e espiava pelo buraco da fechadura para saber como elas faziam as carícias e o sexo. Isto o excitava. Ele passou a freqüentar mais assiduamente os prostíbulos e casas noturnas de baixa qualidade..

 

Alguns homossexuais ainda são expulsos de casa, porém esta tendência vem diminuindo ao longo dos anos. Esta atitude tem uma alusão a um desejo de certos pais, de se destituírem daquele membro que os envergonha ou mesmo poderá vir a envergonhá-los no futuro; bem como de se limparem daquele membro defeituoso que eles próprios geraram. Muitos pais vivem em função da sociedade, das cobranças das pessoas, como por exemplo: Ah!O que eles vão falar de nós, e esquecem os sentimentos destes seus filhos que carecem de um apoio emocional.

Fonte: Scielo

 

 

 

HOMOSSEXUALIDADE     Parte III

Podemos falar em dois tipos, ou seja, a homossexualidade exclusiva e a bissexualidade?

Hoje os psicanalistas entendem que, em situações normais, a atitude mais sadia é que todo sujeito conheça os seus dois lados, e os integre em uma unidade. Os traços masculinos que caracterizam o gênero sexual devem predominar no homem possuidor do sexo biológico masculino, e a recíproca vale para a mulher. Não podemos confundir uma bissexualidade natural, que não tem nada a ver com homossexualidade, com uma atividade bissexual, que pode ter a ver com homossexualidade.

 

O homem ou a mulher exclusivamente homossexual acha o contato heterossexual não atraente, não aceitável ou até mesmo repugnante.

Já a pessoa bissexual, pode ter relações eróticas e sexuais tanto com o mesmo sexo como com o outro.

Muitos estudiosos pensam que não existe heterossexualidade absoluta ou exclusiva. Cada um tem, de vez em quando, um sonho homossexual ou uma fantasia homossexual. Tampouco existe, com toda probabilidade, homossexualidade absoluta, exclusiva.

Ninguém é totalmente isento de certo QUANTUM de homossexualidade. A predominante maioria é capaz de contentar-se com uma vida quase totalmente heterossexual.

Há, porém um grupo que devido ao QUANTUM de homossexualidade, não consegue conformar-se com o padrão de conduta extremo, e este grupo torna-se exclusivamente homossexual.

Em sociedades benevolentes e tolerantes a homossexualidade exclusiva é pequena.

Podem bissexuais casar-se?  Às vezes sim, outras vezes não. Depende de outros fatores.

Anatomicamente não se encontram particularidades.

Hermafroditismo é diferente da homossexualidade!

O nome hermafrodita deriva de Hermaphroditos, filho mitológico de Hermes e Afrodite. O hermafrodita é aquele indivíduo que possui órgãos sexuais femininos e masculinos.

Existe também a pseudo-homossexualidade, quando o sujeito se impõe ou se deixa impor uma conduta homossexual, sem que se entregue à homossexualidade propriamente dita.

Segundo o DSM-IV(Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), a homossexualidade não consta mais como sendo uma doença, mas sim como uma opção de escolha de parceiros.

Um outro aspecto importante é o de que as comunidades gays estão sabendo se fazer respeitar em quase todo o mundo, ocupando um lugar de responsabilidade no contexto social, como por exemplo, nas campanhas de prevenção contra a Aids.

Contudo a homofobia continua existindo, mas indubitavelmente menos virulenta do que foi há alguns anos atrás.

Fonte: Scielo


Autor: Suely Bischoff Machado de Oliveira


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