Joãozinho e o Dragão



JOÃOZINHO E O DRAGÃO:

 

Um menino pobre, abandonado pelos pais, vivia a beira dos castelos recolhendo restos de comidas que sobravam das tavernas, todos que o via, logo o expulsavam para não causar transtorno atrapalhando os fregueses que por ali passavam para alimentar-se.

Joãozinho como era conhecido por ali morava em uma caverna próximo o castelo junto de um velho escudeiro que muito lutou para defender o rei que já havia falecido, mas o novo rei não tendo conhecimento disso deixou o velho escudeiro abandonado vivendo como mendigo na caverna.

Todos os dias pelas manhãs Joãozinho era treinado pelo velho escudeiro no manejo de todo os tipos de armas que ele conhecia.

Passou alguns anos, o menino já estava homem forte, valente e treinado em todos os tipos de lutas com armas que existiam na época.

Naquele reino, todos os finais do ano, uma enorme tristeza pairava sobre todos. Havia um enorme dragão que furioso invadia a cidade e só saia quando se alimentava de alguma coisa, um ser humano ou um animal qualquer.

O conselheiro do rei sempre a instigando oferecer todos os finais dos anos uma das suas filhas em sacrifício ao dragão dizendo ele que só assim abrandava a fúria do dragão. Mas isso nada adiantava o dragão continuava devorando as pessoas e animais do reino.

Joãozinho soube do ocorrido resolveu ir ter com rei e oferecer seus trabalho e proteção ao reino.

O pobre rei estava prostrado sobre a terra lamentando sua sorte por ter que dar mais uma de suas filhas para ser devorada pelo terrível dragão. Joãozinho aproxima do rei e diz:

▬Majestade, eis aqui o seu servo, para lhe ajudar.

O rei envergonhado pela situação que se encontrava disse ao jovem:

▬ Como se atreve soldado, perturbando o descanso do rei?

▬ Acalme-se majestade eu só quero ajudar.

▬ Como poderá ajudar valente soldado. Todos os anos têm que sacrificar uma das minhas filhas a esse terrível dragão e nunca está satisfeito, por pior está é minha única filha. O que será do deste reino?

▬ Majestade não se apavore, posso ajudar a parar com tudo isto.

▬ Como meu jovem? Já enviei vários dos meus soldados e se quer voltou um, todos foram devorados por esse maldito dragão.

▬ sou ainda jovem, mas sou treinado em todas as artes de lutas que existem, prometo ao senhor que enfrentarei este maldito dragão.

▬Meu jovem, farei um contrato e assinarei, se voltar vivo casará com minha filha e tornará o futuro rei deste reino.

▬Está bem majestade, irei à procura da besta fera.

O rei já havia feito varias propostas como aquela, mas nunca voltou ninguém para cobrar o acordo tratado e não era aquela vez que teria que cumprir com sua palavra.

Continuou o rei ali prostrado implorando misericórdia aos deuses até chegar o momento de oferecer a ultima filha ao dragão.

O jovem guerreiro adentrou caverna adentro a procura do dragão e de repente viu ao longe duas enormes tochas avermelhadas, sacou da espada, preparou seu escudo de bronze caminhando mais próximo do dragão.

Aquela enorme fera vendo o guerreiro ao longe bradou:

▬ O que quer aqui em meu sossego idiota, quer ser devorado como aqueles outros que aqui já vieram e serviram de banquete para mim.

Joãozinho reluzindo sua espada de prata insultou o dragão dizendo:

▬Dragão idiota, tens comido soldados inexperientes, hoje mesmo levarei sua cabeça de troféu ao rei e casarei com a princesa e serei o futuro rei deste reino.

O dragão soltou uma enorme rajada de fogo que sapecou quase todos os cabelos louros de Joãozinho, mas nada disso o amedrontou, continuou chegando mais perto do dragão.

Quando o jovem estava bem próximo do dragão, escondeu atrás de uma pedra, lançando a espada em um reflexo solar que saia em uma das frestas da caverna. O dragão lançou-se sobre a luz achando que era a espada de Joãozinho e ai foi o momento do guerreiro saltar sobre o dragão, decepando sua enorme cabeça. O jovem tentou arrastar a cabeça do dragão para levar até o rei mais não conseguiu, porque era muito grande e pesada. Voltou para o palácio para dar as boas novas ao rei e buscar soldados para levar a cabeça do dragão.

Naquele instante estava o rei esperando só a noticia que o dragão havia feito um banquete do novo aventureiro. Mas por ironia do destino, de repente ouviu-se um tumulto a boca da caverna, lá vinha o jovem guerreiro e futuro rei saindo da caverna banhado de sangue do dragão bradando sua espada e seu escudo para o alto feliz da vida.

O rei atônito e apavorado quer-se conseguiu levantar-se se arrastou até o jovem começando a apalpar seus cabelos e sua veste bradou em alta voz, viva o novo rei, viva o novo rei.

A jovem rainha, correndo lançou nos braços de Joãozinho por ter salvo sua vida, casaram-se e nunca mais apareceu nem um dragão que o rei Joãozinho não o matasse.

 

 


Autor: João do Rozario Lima


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