O Poder da Barganha



Barganhar é o ato de trocar, de forma fraudulenta ou não um objeto por outro. Do italiano Barganare, a palavra também tem a mesma acepção de permuta.

Pois bem, essa é a palavra que conduz o poder público, tudo que tramita entre os três poderes tem um ato de barganha, o Poder Executivo só sanciona determinadas leis se o Poder Legislativo aprovar outras tantas de interesse do primeiro, serviços essenciais e atos governamentais de profundo interesse do povo, simplesmente perdem sua relevância diante de interesses escusos, que aqui não cabe explicitar, o sistema sempre foi corrupto, nada se faz visando o interesse do cidadão comum, a barganha presente enoja. Em primeiro plano, o foco é o Presidente, Governador ou Prefeito, e o ocupante do cargo representa o interesse da nação. Ser bem sucedido no poder, acima de tudo, decorre das qualidades individuais do Governante. São elas que permitem a um determinado Governo ter mais sucesso que outro, influenciando também o tipo de agenda de políticas propostas e os meios pelos quais os objetivos do titular do cargo são perseguidos. A ênfase recai sobre a influência pessoal que os mesmos podem exercer. No entanto, há o reconhecimento de que essa capacidade não é perfeita e tampouco suficiente para conseguir o que se quer, porque outros atores políticos também têm poder de influência. Por isso, a natureza da influência política envolve barganhas recíprocas e mútua dependência entre dois ou mais atores, embora um deles seja o Presidente. Mas a capacidade de exercer influência política é, acima de tudo, uma questão de ação individual e de capacidade de persuasão. "Poder de governar é o poder de persuadir" – persuadir os outros personagens políticos a fazer o que o Governante deseja. O Legislativo é avaliado basicamente em duas únicas dimensões: se seus membros apóiam ou não as ações do Governante; ou se os interesses localizados representados pelos congressistas predominam sobre os nacionais. O Legislativo nunca é visto como uma instituição apropriada para apresentar soluções às grandes questões sociais ou econômicas, o cidadão comum reconhece ao menos implicitamente, que o sucesso de um mandato depende de algum mecanismo de barganha. Na perspectiva centrada nas habilidades pessoais, a barganha dá-se através da persuasão, e o sucesso depende da capacidade individual daquele que foi eleito pelo povo, de conduzir bem esse processo.

Elsy Myrian Pantoja

O poder da barganha

Barganhar é o ato de trocar, de forma fraudulenta ou não um objeto por outro. Do italiano Barganare, a palavra também tem a mesma acepção de permuta.

Pois bem, essa é a palavra que conduz o poder público, tudo que tramita entre os três poderes tem um ato de barganha, o Poder Executivo só sanciona determinadas leis se o Poder Legislativo aprovar outras tantas de interesse do primeiro, serviços essenciais e atos governamentais de profundo interesse do povo, simplesmente perdem sua relevância diante de interesses escusos, que aqui não cabe explicitar, o sistema sempre foi corrupto, nada se faz visando o interesse do cidadão comum, a barganha presente enoja. Em primeiro plano, o foco é o Presidente, Governador ou Prefeito, e o ocupante do cargo representa o interesse da nação. Ser bem sucedido no poder, acima de tudo, decorre das qualidades individuais do Governante. São elas que permitem a um determinado Governo ter mais sucesso que outro, influenciando também o tipo de agenda de políticas propostas e os meios pelos quais os objetivos do titular do cargo são perseguidos. A ênfase recai sobre a influência pessoal que os mesmos podem exercer. No entanto, há o reconhecimento de que essa capacidade não é perfeita e tampouco suficiente para conseguir o que se quer, porque outros atores políticos também têm poder de influência. Por isso, a natureza da influência política envolve barganhas recíprocas e mútua dependência entre dois ou mais atores, embora um deles seja o Presidente. Mas a capacidade de exercer influência política é, acima de tudo, uma questão de ação individual e de capacidade de persuasão. "Poder de governar é o poder de persuadir" – persuadir os outros personagens políticos a fazer o que o Governante deseja. O Legislativo é avaliado basicamente em duas únicas dimensões: se seus membros apóiam ou não as ações do Governante; ou se os interesses localizados representados pelos congressistas predominam sobre os nacionais. O Legislativo nunca é visto como uma instituição apropriada para apresentar soluções às grandes questões sociais ou econômicas, o cidadão comum reconhece ao menos implicitamente, que o sucesso de um mandato depende de algum mecanismo de barganha. Na perspectiva centrada nas habilidades pessoais, a barganha dá-se através da persuasão, e o sucesso depende da capacidade individual daquele que foi eleito pelo povo, de conduzir bem esse processo.

Elsy Myrian Pantoja


Autor: Elsy Myrian Pantoja


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