Carta do redescobrimento do Brasil



Carta do redescobrimento do Brasil

  Majestade

Encontramos alguns vestígios de terra

depois de uma semana de viagem.

Milhares de garrafas e latinhas de cervejas

boiavam mar a dentro.

Depois de não muito tempo

vimos um grande morro pontudo

e uma figura de braços abertos

bem no pico do morro

nos mesmos moldes de um Cristo

como se nos tivesse a dizer:

“Sejam bem vindos à terra santa”.

Daí a pouco chegamos a uma grande praia

estava lotada com um povo estranho

andavam todos nus, apenas com um pedacinho

de pano para tapar a vergonha.

Pareciam todos alegres, pois se divertiam muito.

Aportamos à praia, mas ninguém veio nos receber.

Perguntando sobre a cidade

disseram-nos que se chamava Rio de Janeiro

uma cidade pacífica da América do Sul.

Para nos mostrarem sua gentileza

roubaram todos os nossos pertences.

Procuramos pelas autoridades

e eles disseram que aquilo

era um costume típico do lugar

e se nós estivéssemos descontentes

que arrumássemos nossas malas

e desse o fora dali

já que não fomos convidados para a festa.

Ficamos muito chateados com o ocorrido,

mas o lugar era deles

e é lógico que cada um convive

conforme as leis que criam no lugar.

 

Zarpamos mais para o norte

e vimos que há uma beleza galopante na região

é uma terra muito rica em produtos naturais.

A agricultura é um espetáculo

de maconha pra lá tudo produz.

 

Vossa Majestade ainda tem em mente

transferir a corte para este novo rincão?


Autor: Henrique Araújo


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