AS ARMADILHAS DA INCONSTÂNCIA



AS ARMADILHAS DA INCONSTÂNCIA

 

“Inconstante como a água, não serás o mais excelente” (Gênesis 49:4).

 

Rúben tinha tudo para ser o mais excelente dentre os filhos de Jacó. Eis o que o seu pai falou a seu respeito:

 

1.      Tu és o meu primogênito.

 

2.      Tu és a minha força.

 

3.      Tu és o princípio do meu vigor.

 

4.      Tu és o mais excelente em alteza.

 

5.      Tu és o mais excelente em poder.

 

Era, porém, inconstante.

 

Faltava-lhe firmeza, prudência e segurança.

 

Faltava-lhe a visão das coisas eternas.

 

Faltava-lhe entender o grandioso papel das 12 tribos de Israel no concerto das nações.

 

Não sabia que aquele povo seria o relógio de Deus no destino dos homens.

 

Nos primeiros anos da vida de Rúben ele encarava a vida de maneira fútil, sem profundidade.

 

Não imergia no exemplo da história de Abraão, Isaque, e Jacó, passada de boca em boca entre as tendas dos nômades do deserto.

 

Via o mundo como algo do hoje, do aqui e do agora.

 

Buscava apenas a resolução de suas necessidades básicas, primitivas e animais.

 

Olvidava-se dos arcanos eternos, das vastidões do universo, dos portentosos sinais de El-Shaddai.

 

Inconstante como a água…

 

Capaz de subir à cama de seu próprio pai, em sua satisfação momentânea, esquecido da ética da família patriarcal do seu tempo.

 

Perdendo cabal e eternamente o direito sagrado da primogenitura.

 

Quando fez o que fez, não calculou as conseqüências do seu ato. Jamais esperava que ouvisse, um dia, aquela trágica sentença:

 

- Não serás o mais excelente!

 

Jacó não falou que ele seria excelente, apenas que não seria o mais excelente.

 

É, Rubén, um dos maiores erros de um homem consiste em poder ser o mais excelente e não sê-lo.

 

Você poderia ter sido o primogênito.

 

Poderia ter sido o mais excelente.

 

O campeão. O nº 1.

 

Mas seguiu a futilidade e a inconstância.

 

E deixou de ser o mais excelente.

 

Vergonha para você, meu irmão Rúben!

 

Você teve uma vida inteira, para amargar sua derrota.


Autor: Paulo de Aragão Lins


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