UM CULTO INTERROMPIDO



UM CULTO INTERROMPIDO

 

“E as aves desciam sobre os cadáveres; Abraão, porém, as enxotava” (Gênesis 15.11).

 

Aquele momento extraordinário de Abraão era, provavelmente, o mais importante de sua vida.

 

Ele ia ter contato com a mesma Coluna de Fogo que arderia, mais tarde, com a sua descendência, no deserto.

 

O momento era sério, solene, crucial.   

   

Os cadáveres ali estendidos, e cortados ao meio, por instrução direta de Deus, significavam mais um pacto do divino com o humano.

 

Era necessário zelo.

 

É nesta hora que as aves de rapina descem sobre a obra que está sendo realizada.

 

Não pode haver, então, qualquer sinal de desânimo, ou falta de vigilância.

 

No momento em que Deus ordena a alguém que realize uma obra, os rapinantes começam a descer sobre ela.

 

O urubu da desconfiança…

 

O abutre do desânimo…

 

A coruja da preocupação…

 

O gavião da incredulidade…

 

O falcão da malícia…

 

O homem de Deus, contudo, levanta-se contra tudo isto e as enxota de volta para o lugar de onde vieram.

 

O nome de Abraão ia ser mudado. Seria conhecido por todos, por todas as nações.

 

Ali estava sendo provado, batido e macerado o futuro pai da fé, o protótipo, modelo e gabarito de todos os crentes no futuro.

 

Mas, antes de tudo, era necessário enxotar as aves que desciam sobre o sacrifício.

 

Coragem, homem de Deus! Depois deste esforço glorioso, virá a benção maravilhosa de Deus sobre sua vida! O importante é que nenhuma dessas aves venha a conspurcar a obra gloriosa que o Pai das Luzes deseja realizar em você!

 

E assim se fez.


Autor: Paulo de Aragão Lins


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