Amor, O Princípio Da Vida



AMOR, PRINCÍPIO DA VIDA


I – A Realidade do homem moderno

É com muita tristeza que constatamos a desintegração das famílias por falta de amor. Nas escolas, observamos com maior freqüência, os reflexos danosos, causados às crianças e adolescentes, gerados pela separação dos pais, desemprego e pobreza. Tais reflexos se concentram na área emocional dos jovens, cujo sintoma é a depressão, seguido pela violência e uso de drogas.

Estes lares, liderados por mães, na sua maioria, sofrem de carências efetivas, na educação, na alimentação e na socialização dos filhos, gerando sérios distúrbios para o resto da vida.

Infelizmente, o homem ainda não despertou para a sua natureza divina, ou seja, a sua origem, que é Deus. E, nos fala a Bíblia que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, tendo Deus o prazer de se relacionar com a sua criação, conforme nos é relatado, que Ele procurava conversar com o Adão, todas as tardes (Gêneses 3:8).

Ficamos a imaginar se não há uma conscientização do homem no sentido de tentar mudar a sua natureza distorcida para o mal (I João 3:8) e se regenerar, partindo para uma vida saudável e de paz. E aqui, não vamos falar de religião, pois esta não salva ninguém, mas da essência de Deus, que é amor.

A família, que tem, normalmente, por nascedouro o amor de um homem por uma mulher, é desde a eternidade, a vontade manifesta de Deus. Constatamos que Deus, ao criar o homem, sentiu que ele não seria feliz sozinho, tendo-lhe feito adormecer para então criar a mulher, para ser sua companheira, tendo assim dito ao homem: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porque do varão foi tomada” (Gêneses 2:23).

Bem, se existe a história da nossa origem, que é Deus, poderemos, então, desprezar as demais doutrinas preexistentes, que afirmam ser esta origem diferente, mediante duas verdades incontestáveis. A primeira é que o ser humano se reproduz, tendo como matéria prima uma célula da mulher, cuja fecundação se dá por meio de um espermatozóide do homem. Até a presente data, ninguém nunca viu um macaco se transformar num homem, nem a sua fêmea dar a luz a uma criança. A segunda verdade é a forma como Deus escolheu o ventre materno e não o paterno, para ali se formar uma criança, com vários órgãos, todos, funcionando, ao mesmo tempo, de uma forma sobrenatural, que jamais o homem poderá explicar.

E se Deus tem cousas tão maravilhosas para nos dar e ensinar, porque o homem não o busca, como fonte de vida eterna e caminha para o caos, se destruindo, buscando guerras e sofrimentos?.

A resposta é simples. Nos diz o Senhor que “o homem amou mais as trevas que a luz”, (João 3:19) ou seja, alguns preferem viver a vida, desfrutá-la, dar a si mesmo a honra, por se acharem auto-suficientes. Daí, ignoram a existência divina e, se fazem o bem ou o mal, atribuem ao acaso e à própria sobrevivência. Ao passo que aquele que tem o temor a Deus, mantém uma postura diferente, buscando orar e pedir a Deus toda e qualquer orientação para a sua vida.

Mas, será que o homem não pára um instante para analisar os acontecimentos registrados na história da humanidade ? Fazer um comparativo de toda profecia dada por Deus aos seus profetas e que se cumpriram, analisando-as e confrontando-as com os sinais descritos no Novo Testamento? Será que não dá para perceber o aumento da violência, das catástrofes, das doenças, do número de mortes no planeta, da falta de segurança, do aumento da iniqüidade (Mateus 24:1 ao 14) ?

Todas as respostas de Deus para o homem estão lavradas na Bíblia Sagrada, que é a literatura mais vendida no mundo. Todavia, as pessoas não dão a devida importância às normas divinas que traz toda uma orientação para a vida do homem.

Ao iniciarmos o nosso pequeno estudo, o qual chamamos “Amor, o princípio da Vida”, vale enaltecer o Deus Criador do Universo, que se preocupa com aqueles a quem ama e que fazem a opção de aqui viver conforme os seus Decretos.

Esta forma de vida é rara mas não impossível! E a história nos dá muitos exemplos de homens que viveram em obediência, a serviço de Deus. O exemplo de Noé, que ao ouvir a voz de Deus, mandando-o fazer uma arca de madeira, betumada, para salvá-lo, juntamente com sua família e pares de animais, porque haveria o extermínio de Sodoma e Gomorra, em face da predominância do homosexualismo.

Abraão, tio de Ló, partiu de sua Terra, deixando os familiares e bens, porque Deus havia ordenado para ir embora, pois os seus planos (Deus) era fazer dele uma grande Nação. Este caso é interessante porque a esposa de Abraão era estéril, não podendo ter filhos. Ora, se uma mulher era estéril, naquela época, impossível lhe era se cumprir uma promessa, vez que a multiplicação dos povos se dá pela gestação da mulher. Todavia, Deus a fez fértil, quando já velha e sem a devida regra de mulher, fator indispensável para a fecundação.

Moisés, abdicou de um título importante e de poder, pois era filho da filha de Faraó, para servir a Deus, tendo-lhe sido confiado, pelo Senhor, a retirada do Povo de Israel da escravidão de 400 anos. Este homem passou por grandes aflições, pois a cada ação que o Senhor lhe mandava fazer, vinha uma contraposição do diabo, para impedir aqueles planos que Deus havia preparado para aquela gente, que era de possuir uma terra frutífera e de paz. Mas o povo não creu e enquanto Moises jejuava e orava a Deus, naquele deserto, o povo perdia a fé e voltaram a adorar postes-ídolos, feitos de ouro. E, como sabemos, aquele povo, escravo do trabalho forçado, não se alimentavam corretamente, perecendo com a escravidão e os sofrimentos. Este fato poderia ter ensejado uma confiança do povo nas promessas de Deus, pois a todos os seus desejos, satisfez o Senhor, mandando até maná dos céus, todos os dias, além de codornices, etc. Os milagres de livramento foram dados aquele povo, desde a terra do Egito, tendo Deus usado a Moisés para lançar a sua vara sobre as águas e abrir o mar vermelho para que o povo passassem livremente, a pé enxuto, matando em seguida todo o exército de Faraó.

José do Egito era homem escolhido de Deus para a realização de um Plano. Nascido em uma grande família, cujo pai detinha herança de bênçãos divinas, ele foi invejado pelos irmãos, vendido, caluniado, injustiçado e preso, indo parar numa masmorra. Por ser uma luz divina, naquele lugar, fez José amizades e ali interpretava os sonhos dos amigos, pois esta era uma forma de Deus manifestar o seu poder nele ele. Chegado o tempo de Deus, José foi chamado por Faraó para interpretar um sonho. Todos os magos, sacerdotes e adivinhos do Rei não conseguiram decifrar o que Deus revelara naquele sonho, tendo o mordomo lembrado que José, preso injustamente na cadeia, sabendo este que aquele poderia revelar o conteúdo verdadeiro do sonho. E, assim, José foi trazido à presença do Rei, que após a narrativa do Sonho, o Deus verdadeiro lhe dizia que aquele sonho era um aviso de bons e maus tempos...Após este episódio, José foi escolhido administrador dos bens do Reino, tornando-se o segundo homem em hierarquia naquele Reinado.

Outros homens são citados nas Escrituras Sagradas, a exemplo de Elias, Elizeu e tantos outros do Velho testamento que nos dão a certeza de que Deus ama o homem tendo Planos de Paz para a nossa vida . Todavia, o homem continua surdo e cego à realidade divina.


II – Princípios para se chegar ao amor


A história nos mostra que o homem é carente de afetos e que todos buscam o seu bem estar, chamando alguns, a isto, de felicidade. E o próprio criador tem procurado mostrar, durante milhões de anos que Ele nos ama, devendo o homem escolher o caminho de justiça e de amor para herdar o seu Reino (I João 3:23:24 e I Pedro 3:1 ao 12). Ele, o Senhor, distingue para si o justo do injusto, o que ama verdadeiramente daquele que mente e com língua falsa desvia o homem para o sofrimento. A História de José do Egito nos ilustra o que pode a inveja causar a um homem bom. O sofrimento de José, traído e injustiçado, o feriu, assim como causou danos emocionais ao seu pai, que tanto o amava. Mas Deus, para capacitar o homem à vitória, nos faz passar por provas, duras, sofridas, que as vezes imaginamos que fomos esquecidos. Contudo, há uma verdade incontestável: o Plano de Deus se cumprirá sempre, porque Ele é justiça e não desampara os seus, aqueles que o ama.

Entre os profetas de Deus que aqui estiveram, falaremos do maior, do enviado especial de Deus, o seu filho, Jesus Cristo, cuja missão era trazer ao homem a salvação pela graça, ensinar novos caminhos, onde o amor tem a maior importância para se chegar ao Reino de Deus.

Este homem viveu sem pecados, tendo a sua história abalado o mundo, com repercussões gigantescas até aos dias presentes e futuros, porque assim nos falou todos os profetas de Deus. Ele veio contradizer a rigidez da Lei Moisaca, sem contudo, revogar os mandamentos de Deus, vigentes até hoje. Ele mostrou a forma errada na interpretação e aplicação das Leis praticadas em Israel, onde os costumes se sobrepunham ao exercício do bem, mostrando ainda que ser religioso não quer dizer ser salvo, pois naquele tempo, um sacerdote passou por um homem espancado, beirando a morte, e nada fez. Outros exemplos sucederam-se durante a trajetória de Cristo na terra, onde ele contradizia a Lei, curando enfermos e libertando cativos no dia a dia, inclusive nos sábados, onde a Lei proibia. Jesus deu todas as provas do poder de Deus ao homem, assim como nos delegou, a todos (pregar o evangelho) participar na construção do seu Reino, pregando aquilo a que Deus determinou aos homens, tendo negado aos seus anjos, que anelavam fazê-lo (I Pedro 1:12).

Ele nos disse:
“Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces. Para que saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas cousas” (IS 45:5-7)

“Porque a minha mão fez todas estas cousas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra” (IS 66:2).


Diante da tão maravilhosa obra de Deus, vale a pena buscarmos estudar alguns princípios que Jesus ensinou aos seus discípulos, por meio da palavra, como sendo regra para aqueles que desejam segui-lo e alcançar a vida eterna. E, uma das regras mais importantes para o homem, está escrito no Livro de I a Pedro 1:15 ao 17, que diz:

“Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência: aquele porém, que faz a vontade de Deus, permanece eternamente”.

Nos livros do Novo Testamento há algumas normas rígidas para nós, que falam acerca da nossa escolha em seguir o caminho indicado por Jesus. Citaremos algumas delas:

a) Se confessares os vossos pecados ele é fiel e justo para vos perdoar;

b) Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas (MT 6:24);

c) Não acumuleis outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões escavam e roubam, mas, ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam, porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mt 6:19-21);

d) Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também (MT 7-1-2);

e) Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto ao vosso Pai celeste (MT 6:1)

f) Porquanto, digo-vos que quem quiser salvar a sua vida, perde-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á (MT 16:25);

g) Porque muitos são chamados, mas poucos os escolhidos (MT 22:14);

h) Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento (MT 22:37);

i) Aí de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do corpo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança ! Fariseus cegos, limpa primeiro o interior do corpo, para que também o seu exterior fique limpo!

j) Se me amas, cumpre os meus mandamentos ( I João 2:1 ao 5 e o 17).

Como vemos, os Livros do Novo Testamento, nos traz princípios importantes para termos uma vida diferente e abençoada. Mateus nos diz que “se os nossos olhos forem bons, todo o nosso corpo será iluminado, porque os olhos é a lâmpada do corpo” (MT 6:22). Logo, a observação de Jesus, repreendendo a censura feita a ele, quando permitia que os discípulos se alimentassem sem lavar as mãos (i) nos exemplifica que a nossa vida deve se ater a cousas valiosas, tais como amar a Deus de todo o nosso coração e conhecimento, assim como ao próximo, como a nós mesmos.

Pedro, apóstolo, homem simples, que vivia da pesca, não tinha grande conhecimento das ciências. Todavia, deixou expresso, na sua Primeira Epistola, uma recomendação ao falar de uma vida em santidade, que não significa pleitear uma santificação, a homens, pelos homens, após a morte, pois isto não está previsto nas Escrituras Sagradas, significando para Deus uma heresia, pois Santo, só Jesus, o seu enviado. Isto que afirmo está escrito na palavra de Deus em João 5:34-44, que a nenhum homem cabe o julgamento de outro homem sobre a face da terra, tendo ficado o juízo a cargo de Jesus Cristo (João 5:21-25), quando à terra retornar com os seus escolhidos. A nossa parte constitui-se em vivermos em amor, praticando o bem e abominando o mal. Estas cousas, discerne o espírito de Deus em nós, a todo aquele que abraça a verdade e procura cumprir os seus mandamentos.

Nenhum homem deve julgar-se isento de pecado, pois aquele que assim procede, faz Deus mentiroso (I João 1:8 a 10). Logo, ninguém é digno da glória de Deus, a qual não é dada a ninguém (Isaías 42:8), tendo Jesus aqui vivido, sentindo as aflições pelas quais passamos, para que nenhum de nós nos gloriemos com nossas obras, pois estas serão julgadas por Ele, em tempo oportuno (Salmos 62:11-12).

Pedro nos disse: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, se sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmo em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede Santo, porque eu sou santo. Ora, se invocais como Pai aquele que sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata e ouro que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da criação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós, que por meio dele tende fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus. Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos de coração, uns aos outros ardentemente” (I Pedro 1:13-22)

Podemos aqui extrair deste texto citado por Pedro, que a sabedoria divina é incomparável a dos homens. Primeiro, porque Pedro era um pescador, pai de família, um homem comum, sem título de teólogo, pastor ou sacerdote. Segundo, a profundidade do conteúdo nos dá a certeza do poder de Deus sobre aquele homem, ao escrever os versículos acima citados, que abrange todo o conteúdo, até aqui narrado neste estudo.

Fica claro para nós, que se faz necessário cumprirmos todos os mandamentos e ensinamentos trazidos por Jesus. Mas, a essência do Evangelho pregado por Jesus está em conduzir o homem por um caminho de luz, ou seja, segui-lo por amor, consciente de que por nós mesmo, nunca conseguiremos chegar à eternidade.

E Paulo nos dar muitas orientações, enfatizando ser o amor o verdadeiro princípio de vida com Deus (I Coríntios 13:13). Ele fala para abandonarmos a estultícia, mostrando que nada é invisível aos olhos de Deus. E a humildade, marca de Jesus e de todos que com ele andaram deve estar presente na vida do homem. E, o apóstolo nos prescreve:
“Mas, se o evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século (diabo e seu poder) cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo Jesus como Senhor, o qual é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Tendo, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” ( 2 Corintios 4:3-7)

Paulo não negava a nossa condição de atribulados, dizendo ele que “éramos atribulados mas não angustiados; perplexos, porém não desanimados, perseguidos, poderem não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo” (2 Coríntios 4:8-10)

Longe de nós pensarmos em ter uma vida como a de Paulo. Ele foi especial, preparado pelo Espírito de Deus, para fazer chegar, até nós, os gentios, a revelação dos mistérios de Deus. Hoje, a terra já tem conhecimento da Bíblia. Com a evolução da tecnologia, vários sítios trazem estudos e mensagens esclarecedoras da palavra de vida eterna. Há todavia, algo mais profundo, advertido pelos Apóstolos, em especial o próprio Jesus, que é a necessidade de nascermos de novo, de sermos batizados pelo Espírito Santo, para poder saber separar o joio do trigo, ou seja, as falsas doutrinas, hoje, mais divulgada que a verdade de Deus. Porque templos se levantam e pessoas se dispõem a ser joio. Eles pregam e induzem o homem à procura de riquezas, fazendo do evangelho um meio distorcido para ser tornar rico, desprezando a sua verdadeira essência, aquela que Jesus enfatizou a ser pregada e seguida: o amor.

E infelizmente, muitos se perdem e se desviam deste caminho, porque sabem que a porta é estreita, tendo o homem que passar por provas, assim como Cristo e todos os profetas passaram, para estar prontos diante de Deus.

Isaías nos falou das maravilhas que Deus já preparou para os que ama, não sendo capaz o homem de imagina-las, não tendo olhos visto nem ouvidos ouvido (Isaías 64:4).

O homem que tem Deus, ou seja, amor em sua alma, ele confia e o seu prazer não está na busca por riquezas, mas o seu desejo é alcançar ver a Deus, desfrutar de tudo aquilo que ele preparou desde a eternidade. Mas o homem o nega quando resiste ao caminho de luz, preferindo estar nas trevas, vivendo e praticando todo tipo de iniqüidade.

E, para que o homem chegue à estatura de varão perfeito, assim como Paulo nos diz ser exigido, o homem tem que aprender a amar o seu irmão. O apóstolo João nos diz que “Deus é amor” e se nós não amamos o nosso irmão a quem vemos, como amaremos a Deus a quem não vemos ?

Assim como o homem está fadado à convivência de normas para viver e conviver em sociedade, está este, também, sujeito às normas divinas. E, entre tantos princípios a que devemos observar, a forma de amar do homem tem que ser especial, de coração, porque somente assim, estará este cumprindo o seu mandamento de Cristo Jesus. O filho foi a grande resposta de Deus para o homem, quando este aqui pregou o Evangelho ao homem, ensinando-nos a amar.

Hoje, eu prescrevo o amor como receita de cura para todos os males que sobrevêm ao homem. Mas, eu sinalaria algo muito importante, um primeiro passo, a todo homem: uma urgente reflexão sobre a própria vida.

O primeiro passo para se chegar a Deus, que é amor, é reconhecer ser pecador. O segundo é arrepender-se dos pecados, confessá-los a Deus e procurar não repetir os erros. E o terceiro passo é perdoar a quem nos tem ofendido. Acredito que aqui reside todo o impedimento que faz do homem um prisioneiro das trevas, impedido, pois, de ver a luz, que é o próprio Deus.

Ora, se Deus é amor, e se somos filhos, feitos a imagem e semelhança de Deus, nos tornamos co-herdeiros com Cristo, podendo expressar o mesmo amor que o Senhor sentiu por nós. E somente há uma forma de se viver o amor: é ser nascido de novo, lavado pelo sangue do cordeiro, se deixar levar pela mão do Espírito Santo, anulando o “eu” e viver uma vida de renascimento, expressando amor nas nossas atitudes.


II- CONCLUSÃO

Dada à fragilidade do ser humano, é natural que o homem caia, após passar por dores e sofrimentos. O avanço das ciências e da tecnologia podem nos trazer benefícios mas também muitos males irreparáveis, se todo o conhecimento do homem for dirigido para o mal, esquecendo-se de praticar o bem. O homem está suscetível a todos os tipos de adversidades, vez que forças inimigas de Deus nos cercam, tendo o homem provado a sua desobediência, quanto o próprio Deus o advertiu que não poderia desfrutar de todas as árvores que se mostram propícia ao nosso viver.

Mas Deus, nunca desiste daquilo que faz parte do seu Plano para a eternidade. E, como solução para a vida do homem, ele nos enviou Jesus, seu único filho, para nos ensinar a forma de encontrarmos o caminho da vida. Este caminho existe, é real e possível a todo aquele que crer e se reconhece incapaz, pecador e carente da misericórdia divina.

Deus abomina aos soberbos, dando graça aos quebrantados de coração. E assim como a água faz caminho entre as rochas, chegando de pingo em pingo a furá-las, no seguimento do tempo, assim semeia o Senhor o amor em nós, por meio de suas palavras (Evangelho) no coração do homem.

Toda a história nos mostra que Deus é amor e justiça. Logo, tudo que o homem pleitear, que não tenha por fundamento o amor, a essência de Deus, não tem parte com Ele.

Creio que Paulo, depois de João, foi o apóstolo que mais pregou acerca deste principio de vida, que é o amor. Ele adentrou com profundidade no “modus vivendi” do homem, nos ensinando qual deveria ser o procedimento no viver em Cristo, abrindo mão, até mesmo, daquilo que nos era lícito fazer. Este homem teve uma grande revelação do Espírito de Deus, porquanto nos descreve o amor como princípio de vida, como sendo um dos que permanecerão na eternidade, juntamente com a fé e a esperança (I a Coríntios 13:13).

No livro de Filipenses, capítulo 2, versículo 1 e 2, ele nos exorta ao amor fraternal e à humildade, porquanto escreveu:
“ Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completais a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”.

Aleluias, possamos crer ser possível a felicidade! Porque a esperança nos faz caminhar e perseverar em todas as promessas de Deus para o homem. Não basta crê, tão somente, que Deus nos dá aquilo que o pedimos, mas é necessário o agir com confiança, sendo objetivo naquilo que almejamos.

Também o amor a Deus não poderá ser vinculado às realizações dos nossos pedidos. O verdadeiro amor ao Senhor é algo profundo, independente, como uma luz em nós, inseparável, presente em todas as nossas atitudes.

E, à semelhança do amor a Deus, deve ser o amor dispensado a alguém que amamos e nos relacionamos, a exemplo do marido, dos filhos, amigos, irmãos e ao próximo.

Concluindo este pequeno estudo, posso afirmar que a vida sem amor não é vida, mas um vácuo, assim como Paulo tão bem explana, ao dizer que ainda que o homem seja completo, falando até a língua dos anjos, se não tiver amor é como bronze que soa ou como o sino que retine. O coração sincero agrada a Deus e o amor de uns pelos outros é o seu mandamento.

Paz seja com todos !

Zenaide Alcântara de Sousa
Irmã em Cristo Jesus




Autor: Zenaide Alcantara de Souza


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