FEIRA DO LIVRO DE RIBEIRÃO PRETO



Realiza-se este ano a 9ª feira do Livro da cidade que adotei como minha desde 1962, quando para cá me transferi a fim de continuar os estudos.

Ela já se classifica entre as maiores do mundo, sendo considerada a segunda maior a céu aberto do Brasil.

Serão onze dias de programação cultural gratuita envolvendo todas as idades, mais de uma centena de autores com presenças confirmadas, 71 estandes de livreiros, além de apresentações musicais, teatrais, sessões de cinema na praça fronteiriça ao magnífico Teatro Pedro II, uma das belas edificações que fazem parte da memória da cidade.

Existe na programação da Feira, o Café Filosófico, o Salão de Idéias, o Simpósio – com mesas temáticas variadas, a Palavra Cantada – onde músicos locais se apresentam, o Planetário, o Ônibus da Ciência, a Cidade do Livro – com personagens que interagem com os visitantes, os Contadores de Histórias e o Idmóvel – um ônibus adaptado que apresenta computadores de última geração.

Shows diários acontecem no palco montado na praça, desde o dia 18/06 apresentando artistas como Paulinho da Viola, Adriana Calcanhoto, Paula Toller, Oswaldo Montenegro, Luiz Melodia, João Bosco, Toquinho e MPB-4, Vanessa da Mata, Maria Rita, e Lenine, além da apresentação de gala da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, no dia do aniversário da cidade – 19/06.

Hoje, passeando por lá, deparei com um bando de jovens que, no meio da rua, improvisavam versos sob comando de um animador vestido de palhaço. Faziam a maior arruaça! Aplaudiam, vaiavam, dependendo do que o pretenso poeta apresentasse.

-" E o senhor, não teria um verso a declamar aqui?" indagou o animador dirigindo-se a mim.

Pego de surpresa, raciocínio rápido, aquiesci ao chamado.

Com o microfone na mão, interpelei aquela moçada ali presente.

-" Digam-me... Para vocês, chorar é Força ou Fraqueza?"

Solicitaram que eu refizesse a pergunta. Alguns não haviam entendido.

Refeita a pergunta, ouvi as opiniões... Uns optaram por Fraqueza, outros, dentre eles um grupinho de garotas talvez choronas, gritaram alto e forte:

"É Força... É Força..."

Eu respondi: " Todos estão errados... Não é Força, nem Fraqueza"

Cara de espanto, indagaram uníssonos – "O que é então?"

Foi então que saquei lá do fundo de minhas lembranças, a estrofe final de uma redação do tempo de colegial, quando Dona Florianete, a mais

temida professora de português da cidade propôs o tema numa prova mensal, e respondi a eles :-

Chorar não é FORÇA,

Chorar não é FRAQUEZA,

Chorar éPOESIA.

Pois choramos de TRISTEZA,

E também de ALEGRIA!

Recebi então uma salva de palmas e assovios daquela moçada ali reunida e confesso, com o ego massageado, considerei ganho o dia!

Soriévilo22/06/09


Autor: Oliveiros Coelho Neto


Artigos Relacionados


Ser Como Ser...

Sorrir é Ser Feliz

Bonita MoÇa Triste, Sorria!

BrevÍssimo Poema Do Amor Que Se Foi

A Criação

Por Você

Minha Estrela