UM ESTILO PARA MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, DE MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA



Numa época em que era de bom tom falsear a realidade para embelezá-la, Manuel Antônio de Almeida pinta os seus tipos e descreve as suas cenas sem as deformações do Romantismo.

(MONTELLO, Josué. Manuel Antônio de Almeida. 2004, p. 349).

Antes de tudo, porém, os dois amavam-se sinceramente; e a idéias de uma união ilegítima lhes repugnava.

O amor os inspirava bem.

(ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um Sargento de Milícias. 2002, cap. 25, p. 188).

INTRODUÇÃO

Manuel Antônio de Almeida foi romancista, poeta, cronista, crítico teatral e tradutor. Trabalhou ainda como funcionário público e jornalista. Escreveu sua única obra Memórias de um Sargento de Milícias, como folhetim no Correio Mercantil. Só em 1854 saiu a primeira edição em livro.

Memórias de um Sargento de Milícias (2002), é todo um conjunto de particularidades do autor, que desenvolve a história sob a ótica de um estilo literário diferente ao da época. A obra se configura como um desvio na história do romance brasileiro, pois se laça como um estilo diferente, renovado, rompendo com a tradição romântica.

Esse período ficou marcado pelo realismo antecipado de Manuel Antônio de Almeida, que descreve sua obra em desacordo com os padrões da época. De intenção humorística, tem como característica a simplicidade de suas personagens, o emprego de expressões e fraseados populares e a linguagem simples e direta. Características típica do Realismo, que visava o individuo e a sociedade. O Realismo é o reflexo da desilusão do homem frente a sociedade, dessa forma o subjetivismo romântico foi substituído pela descrição da realidade externa.

Esse artigo visa uma classificação literária convincente da obra de Manuel Antônio de Almeida, visto que esse texto tem causado polêmica quanto a ser um romance romântico, como é frequentemente classificado. Esse estudo, foi feito por meio da análise da linguagem, comportamentos sócias e estilo contido em fragmentos do romance referido.

Tendo tal objetivo, nos atemos ainda ao estudo do livro durante o Ensino Médio e na Academia, a fim de identificarmos como é classificada a obra nesses espaços.

E para tanto, dentre todos os métodos utilizados para a elaboração deste artigo, destacamos os seguintes: freqüência as aulas do professor Vitor Hugo Martins, escolha de uma obra do conteúdo programático, do componente curricular ESTUDO DA PRODUÇÃO LIETERARIA NO BRASIL, a saber, Memórias de um Sargento de Milícias, leitura da obra, identificação de um problema visando solucioná-lo, limitação do tema, levantamento de matérias bibliográficos para suporte teórico, redação, revisão, digitação final e impressão.

No intuito de garantir um maior grau de cientificidade ao nosso trabalho, valemo-nos do olhar teórico de alguns críticos, como é o caso de Alfredo Bosi (2006), Afrânio Coutinho (2002), Josué Montello (2004), Luis Roncari (2002), Mario de Andrade (1978), José Veríssimo (1978), José de Nicola (1987), Clenir Bellezi de Oliveira (1999), e, por fim, Domingos Maia (2003).

Percebemos que, para melhor compreendermos Memória de um Sargento de Milícias, era preciso dividir nosso artigo em três seções, e assim fizemos. Na primeira intitulada, Memórias de um Sargento de Milícias no Ensino Médio, faremos algumas considerações de como a obra é estudada nesse período escolar. Na segunda seção intitulada, Memórias de um Sargento de Milícias na Academia, na qual discutiremos com base em duas criticas sobre a obra, mostrando a visão Acadêmica sobre o livro. Já na terceira, Um estilo para Memórias de Um Sargento de Milícias, identificaremos por meio de trechos da obra, as características anti-românticas.

A edição da obra por nós utilizada foi da Editora Martin Claret, São Paulo, 2002.

I – MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS NO ENSINO MÉDIO

A obra de Almeida é apresentada nos livros didáticos de maneira resumida, e em análise aos livros do Ensino Médio, percebemos as divergências de opiniões entre três autores.

Memórias de um Sargento de Milícias é uma obra inovadora para a sua época [...] e, pode ser considerada como o verdadeiro romance de costumes (grifo nosso) do Romantismo brasileiro, pois abandona a visão da burguesia urbana para retratar o povo em toda a sua simplicidade.

(JOSÉ DE NICOLA, 1987, p. 78-79).

Como afirma NICOLA, na citação acima, a obra é vista como um romance de costumes, onde apresenta tipos populares, ambientes e costumes do velho Rio de Janeiro.

Em seu livro didático, o autor supracitado, traz ainda, Memórias de um Sargento de Milícias como uma obra que fere a sensibilidade romântica a partir de seu herói. "Leonardinho é um anti-herói, se comparado os modelos românticos, melhor seria dizer um herói picaresco, aquele que vê a sociedade de baixo para cima". (NICOLA, p. 79)

NICOLA classifica o autor Manuel Antônio de Almeida, como um precursor do Realismo e um pré-realista, descrevendo suas preocupações em tudo datar e localizar na obra. "O acontecimento: este é o núcleo de tudo". (NICOLA, 1987, p. 79).

No livro de JOÃO DOMINGOS MAIA (2003), Memórias de um Sargento de Milícias aparece como a Transição para o Realismo. "Algumas das suas características, entre elas a crítica social e a objetividade da narrativa, antecipavam o Realismo". (MAIA, 2003, p. 264).

O autor, ainda descreve algumas características que estava em desacordo com os padrões e o tom da época.

De intenção humorística, tem como outras características a simplicidade de suas personagens: gente pobre, malandra, espontânea e sem pedantismo; a visão pessimista acerca da espécie humana; o emprego de expressões e fraseados populares e a linguagem simples e direta.

(MAIA, 2003, p. 265).

Já no livro didático da autora, CLENIR BELLEZI DE OLIVEIRA, Memórias de um Sargento de Milícias, não possui classificação. "O Romance não se filiava definitivamente a nenhuma estética (grifo nosso), e, apesar do sucesso que obteve de público, não teve reconhecimento da critica." (OLIVEIRA, 1999, p. 217).

A autora, supracitada, descreve toda vida do autor Manuel Antônio de Almeida, desde a sua adolescência até a morte. Um traço, explicito, no livro de OLIVEIRA, é a ênfase que a autora atribui ao personagem. "Leonardinho, nosso primeiro anti-herói".

Leonardinho não é um herói romântico pálido que ruma para a morte cansado da incompreensão e da crueldade do mundo; também não é um herói forte e bonitão apto a ousadias. É um anti-herói, um pícaro, o primeiro de nossa literatura.

(OLIVEIRA, p. 217)

As opiniões adversas dos teóricos, demonstra a busca, de um estilo para a obra de ALMEIDA. O Romance é marcado pelas contradições, ora é romântico, ora é realista. E a análise realizada nos livros de Ensino Médio, mostra que a obra de Manuel Antônio de Almeida, por mais que esteja consolidada no Romantismo. Ainda surgem dúvidas do seu verdadeiro estilo literário, por se tratar de uma narrativa divertida e bem humorada, que pode fazer o leitor, principalmente, o estudante do Ensino Médio, passar alguns momentos agradáveis, enquanto se prepara para uma prova na escola ou mesmo para o vestibular.

Após o estudo minucioso dos livros didáticos, convém partir para a análise de Memórias de um Sargento de Milícias, no espaço Acadêmico, onde será classificado pela critica moderna.

II – MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS NA ACADEMIA

A relação estabelecida entre Memórias de um Sargento de Milícias e os estudos na Academia é no mínimo curiosa.

O sucesso do romance só teve seu inicio, com o Realismo, suscitando opiniões adversas sobre o referido romance, voltadas em sua grande parte para a análise da estilística.

Esse estilo incorreto, descosido e solto de uma simplicidade que é trivial, de um caráter sem feição, nem relevo, não é a época imputável e sendo próprio ao seu autor é o maior demérito de um livro que, nenhuma ironia encobre o meu pensamento, para ser um dos mais belos da nossa literatura só lhe falta ser bem escrito.

(VERISSÍMO, 1978, p. 296).

Para VERISSÍMO, Memórias de um Sargento de Milícias não deve ser considerada uma obra-prima, devido às imperfeições existentes no livro: a ausência de uma linguagem original, falta de talento do autor em observar, e presença de uma forma não artística, não admirável.

Embora seja relevante o comentário de JOSÉ VERISSÍMO, comprovaremos a afirmação dada anteriormente, quanto às divergências de opiniões suscitadas pelo livro.

É aleive tradicional atirado sobre o artista, que ele escrevia mal, a expressividade do trecho acima transcrito não é de mau escritor, apesar da abundância inútil dos possessivos [...]. Era sim um desleixado de linguagem, mas nem por isso deixava de ser um vigoroso estilista.

(MARIO DE ANDRADE, 1978, p. 302).

As opiniões adversas tampouco restringem-se a teóricos diferentes. O próprio VERISSÍMO afirma que, apesar dessas fraquezas e defeitos, o livro apresenta qualidades que cedem um lugar distinto: a feição profundamente brasileira.

O que a meu ver, sobretudo o destaca é a sua feição tão profundamente brasileira, (grifo nosso) o seu nacionalismo não artificialmente procurado, nem intencionalmente estudado, mas natural, fácil, ingênuo.

(VERISSÍMO, 1978, p. 302)

Esse caráter de literatura nacional, observado por VERISSÍMO, se dá pelo fato de Memórias de um Sargento de Milícias ser uma representação da sociedade carioca, tratando com objetividade os seus costumes e hábitos, sendo atribuído à obra, a idéia de romance documentário. Esta riqueza de costumes é considerada, por MÁRIO DE ANDRANDE, o grande mérito da obra. Quanto a esse aspecto, ANDRADE observa a reprodução dessa tradição no referido romance.

O Romance está cheio de referências musicais de grande interesse documental. Enumera instrumento, descreve danças, conta o que é a música de barbeiros, nomeia as modinhas mais populares do tempo.

(MÁRIO DE ANDRADE, 1978, p.307).

Essas análises, por muitas vezes adversas, culminam em um ponto: entender a real classificação literária de Memórias de um Sargento de Milícias, por sinal o foco do nosso artigo.

É fato que a classificação literária de um livro concede uma previa sobre o estilo e ideologia. O grande marco da obra de ALMEIDA costa aí, certo que, a obra tem pouco a ver com a escola literária na qual foi enquadrada.

O romance estudado é marcado por contradições presentes em vários aspectos, sendo necessário ressaltar as divergências existentes entre os críticos, sendo que o titulo da nossa seção é essa análise do livro na Academia. Esses contrastes fazem de Memórias de um Sargento de Milícias uma obra especial, impregnada de um mistério, uma indefinição, que agrada ou não seu leitor.

Após uma breve análise do nosso objeto de estudo, seguido sob a visão de dois conceituados teóricos: JOSÉ VERISSÍMO e MÁRIO DE ANDRADE, convém partir para a seção III, em que encontra-se o núcleo do nosso artigo.

III – UM ESTILO PARA MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS

Durante o século XIX, o Brasil passava por mudanças políticas e econômicas. Foi nesse contexto histórico, com a independência já consolidada, que o Romantismo ganha forças no Brasil.

Como toda escola literária, o Romantismo possui uma série de características como a imaginação criadora; subjetivismo; evasão; senso de mistério; consciência da solidão; sonho; fé; exagero; sentimentalismo; ânsia de glória; importância da paisagem; gosto pelo noturno; idealização da mulher.

Com isso, surge a geração ultra-romântica de cunho pessimista, mórbido, melancólico e com a temática da morte, integrada por escritores como Casimiro de Abreu, Álvares de Azavedo, Junqueira Freire, entre outros. Em meio a esses autores Manuel Antônio de Almeida pública Memórias de um Sargento de Milícias.

Embora escrito em pleno Romantismo, Memórias de um Sargento de Milícias apresenta características diferentes a essa escola literária. Manuel Antônio de Almeida foge das concepções da época, registrando os hábitos, a moda e a maneira de viver das classes populares, ironizando o Romantismo.

O romance de Manuel Antônio de Almeida foi concebido e executado sem imitação ou influencias de qualquer escola ou corrente literária que houvesse atuado na nossa literatura, e antes pelo contrario a despeito delas, como uma obra espontânea e pessoal.

(VERISSÍMO apud MONTELLO, 2004, p.349-350).

O primeiro fato a ser observado na obra é que a história não envolve personagens da classe dominante, mas sim, pessoas de baixa renda. Não há "quem no romance brasileiro tenha revelado tão singular talento em descrever tipos tão nacionais e tão vivos". (VERISSÍMO, 1978, p.298).

O personagem central não é um herói nem vilão. É um anti-herói malandro, de natureza picaresca, muito próxima do pícaro espanhol. "Logo que pôde andar e falar tornou-se um flagelo; quebrava e rasgava tudo que lhe vinha a mão". (ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um Sargento de Milícias. P.15).

Por diversas vezes sua figura é ofuscada pela de outros personagens da trama. Inicialmente é apontado como traquina e desordeiro, como foi observado no trecho acima.

Outro ponto a ser comentado é a troca do sentimentalismo pelo humorismo, as cenas não são idealizadas, mas reais. Com um estilo oral e descontraído.

Tratava-se de uma cigana; o Leonardo vira pouco depois da fuga da Maria, e das cinzas ainda quente de um amor mal pago nascera outro que também não foi a esse respeito melhor aquinhoado, mas o homem era romântico, como se diz hoje, e babão, como se dizia naquele tempo; não podia passar sem uma paixãozinha.

(idem, ibidem. P.25 e 26).

Percebemos nesse excerto da obra uma desvalorização do sentimentalismo, caracterizado pela ironia, tendendo para a gozação. Essa é uma tendência do livro, que segue uma linha cômica. O autor chega a satirizar o inicio do romance dos pais do personagem principal.

[...] o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu envergonhada com o gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda.

(idem, ibidem. P.134)

Além da sátira, é notável as descrições, ora para os costumes ora para os traços físicos das pessoas e situações. Sendo o foco narrativo na terceira pessoa.

Vidinha era uma rapariga que tinha tanto de bonita como de movediça e leve: um soprinho por brando que fosse, a faia revoar, e voava e revoava na direção de quantos sopros por ela passassem; isto quer dizer, em linguagem chã e despida dos trejeitos da retórica, que ela era uma formidável namoradeira, como hoje se diz, para não dizer lambeta, como se dizia naquele tempo.

(idem, ibidem. P. 134).

Nesse mesmo trecho observamos a questão da mulher na obra. Aqui extermina-se a mulher idealizada. Outra característica forte é o traço coletivo para a vocação musical e festeira do povo. Manuel Antônio de Almeida chega a transcrever três trechos de modinhas populares na época: uma cantada por Leonardo, durante a festa de batizado do filho; duas outras cantadas por Vidinha, numa de suas patuscadas com os primos e amigos e mais de uma passagem, mostra o fado como dança típica do Brasil.

[...] os convidados do dono da casa, que eram todos de além-mar, cantavam ao desafio, segundo os seus costumes; os convidados da comadre, que eram todos da terra, dançavam o fado.

(idem, ibidem. P 13.).

A obra ainda faz constantes alusões a instrumentos, danças e modinhas da época retratada. Um outro traço marcante é a inclusão do leitor, a constante referência do narrador ao leitor.

"Para sossegarmos os leitores, que estão sem dúvida com cuidado no mestre-de-cerimônias, apressamo-nos a dizer que não chegou ele ir à cadeia". (idem,ibidem. P.70).

Esse traço revela o interesse de facilitar a recepção da obra, estabelecer um diálogo entre o leitor e o narrador. Este por sinal, é onisciente e, apesar de tecer comentários quanto às situações, não interfere na história.

É importante também ressaltar a presenças das camadas populares na obra, que é um traço da sociedade da época. Isso comprova, quando percebemos que boa parte dos personagens não possui nomes próprios, e são identificados pelas profissões. Como exemplo temos o Major Vidigal, o mestre-de-cerimônias, a parteira, Maria-da-hortaliça.

Por algumas dessas características que Memórias de um Sargento de Milícias se configura como precursor do Realismo, visto que reflete uma suposta realidade. No entanto, não encontram-se na obra características realistas como análise psicológica, a busca pela perfeição formal, a objetividade do autor, nos levando a então possibilidade de descartá-lo como uma obra realista.

JOSÉ VERISSÍMO (1978), afirma mais:

Se o realismo não tivesse em arte uma significação definida, eu o chamaria realista; se o naturalismo não pretendesse possuir uma estética própria e processos distintos, eu o taxaria de naturalista. Desprezadas as definições e as pretensões das escolas, este romance é, em todo rigor do termo, Realista-Naturalista.

(VERISSÍMO, p.297)

Memórias de um Sargento de Milícias é apresentado, neste artigo, como um Romance anti-romântico. No entanto, é necessário afirmar que o final da obra assume uma postura romântica, quando Leonardo assume seu posta e casa-se com Luisinha. Por essa razão, alguns estudiosos afirmam que o romance é romântico, apenas assume uma postura mais excêntrica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É fato que Memórias de um Sargento de Milícias foge às tendências do Romantismo, como geralmente é classificado. Essa classificação só é plausível quando analisa-se a época da publicação, em uma pesquisa cronológica.

Pela estilística, é necessário eu haja uma reclassificação da obra, que tende para o anti-romantismo. Essa ausência de Romantismo é evidenciado a todo tempo, seja na linguagem ou nos comportamentos sociais.

Apesar do final, supostamente, romântico, é complicado enquadrar a obra no Romantismo, sendo que há ausência de características marcantes deste, como o subjetivismo, a fantasia, a idealização e outros. Memórias de um Sargento de Milícias ao contrario, é objetivo, lacônico, realista, não sendo este último a escola literária, mas sim adjetivo.

Muito especula-se da necessidade de enquadrar o romance no Realismo. No entanto, diante das diferenças técnicas e ideológicas, essa é uma classificação descabida. Esse romance merece destaque e ocupa um lugar impar na história da literatura brasileira, na medida em que se distancia dos modelos da época de sua publicação.

O que sabemos, é que necessitamos de um estilo convincente da obra de ALMEIDA. Em todo caso, em nosso artigo, devido às particularidades do romance, preferimos encerrar considerando o livro apenas como anti-romântico, de valor documental e sociológico e não enquadrá-lo em alguma escola literária.

REFERÊNCIAS

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COUTINHO Afrânio. Era Realista. IN: COUTINHO, Afrânio (org.). A Literatura no Brasil.rev. e atual. V: 4. São Paulo: Global, 2002.

MONTELLO, Josué. Manuel Antônio de Almeida. IN: COUTINHO, Afrânio (org.). A Literatura no Brasil. 7 ed. ver. e atual. V: 3. São Paulo: Global, 2004. P. 347-352.

RONCARRI, Luiz. Literatura Brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. 2 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002. P. 560-577.

VERISSÍMO, José. Um velho romance brasileiro. IN: Memórias de um Sargento de milícias. Edição crítica de Cecília de Lara. Rio de Janeiro: LTC, 1978. p. 291-302.

ANDRADE, Mário de. Introdução. IN: Memórias de um Sargento de Milícias. Edição Crítica de Cecília de Lara. Rio de Janeiro: LTC, 1978. p. 295-315.

NICOLA, José de. Manuel Antônio de Almeida. IN: Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. 7 ed. São Paulo: Scipione, 1987. p. 78-82.

OLIVEIRA, Clenir Bellezir de. Manuel Antônio de Almeida. IN: Arte literária: Portugal-Brasil. São Paulo: Moderna, 1999. p. 216-219.

MAIA, João Domingos. Transição para o Realismo. IN: Português Maia. 10 ed. refor. E atual. São Paulo: Ática, 2003. p. 262-265.

ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um Sargento de Milícias. São Paulo: Martin Claret, 2002.


Autor: Ana Claudia Matos Goncalves


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