EDUCANDO E FASCINANDO JOVENS E ADULTOS: AVALIAÇÃO E A METODOLOGIA ESCOLAR



Maria Erisvania Soares de Oliveira[1]

Resumo

Este artigo trata a respeito da educação de jovens e adultos de forma em que a avaliação e a metodologia escolar, vêm nos abordando as principais concepções e seus fundamentos e implicações sociais, buscando compreender as avaliações impostas pelas metodologias de educação que se desencadearam, com objetivos e pressupostos pedagógicos. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais a educação escolar, desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições privadas ou publicas deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. Nesse sentido, é possível perceber que as modalidades de avaliação estão difudidos como os exames, provão em larga escala, continuam a ser defendidas e atualizadas.

Palavras-chave: EJA. Avaliação e metodologia.

Abstract

This article is about the education of young people and adults so that the evaluation methodology and school, come in addressing the key concepts and rationale and the social implications, trying to understand the assessments imposed by the methods of education that is triggered, with goals and pedagogical assumptions. Education includes training processes that develop in family life, work, in educational institutions and research in social movements and civil society organizations and cultural events in the school, develops, predominantly by means of education in institutions private or public should commit itself to the world of work and social practice. Accordingly, it is possible to see that the methods of evaluation are as diffusion examinations, Provo large scale, continue to be held and updated.

Key words: EJA. Assessment and methodology.

Introdução

A educação de jovens e adultos ao longo dos tempos teve a necessidade de aprofundamento do processo de descentralização nos sistemas de ensino a urgência de estabelecer novos sistemas, de critérios de excelência, de eficácia e eficiência, de competitividade e de outros aspectos do campo da racionalidade econômica. (NEVES, 1994).

Neste texto o sistema educativo e fragmentado, compreendendo a importância dos dados e análises locais, que nos permitir verificar a leitura particular da situação educativa brasileira que tentamos desenvolver de modo geral que constitui-se um consenso em diferentes sistemas educativos de educação formal e informal, visando ao delineamento de políticas institucionais que favoreçam a permanência desse novo público nas instituições de ensino como subsídios teóricos, a história da EJA e o conceito de representações sociais numa perspectiva.

No plano supra-estrutural e ideológico produz-se um verdadeiro arsenal de noções que constituem, para Bourdieu & Wacquant (2002), uma espécie de uma "nova língua" com a função de afirmar um tempo de pensamento único, de solução única para a crise e, conseqüentemente, irreversível. Cabe também notar que as redes privado de ensino são dinâmicas e não estáticas. Já aqualidade da rede de ensino pública depende da política educativa desenvolvida no plano municipal, estadual e federal. Assim, a situação da rede pública de qualquer cidade tende a melhorar juntamente com a administração escolar.

No primeiro momento, refletimos sobre o sentido da avaliação e metodologia escolar para um mundo em transformação. A seguir, analisamos a formação profissional da educação de jovens e adultos uma "reforma da educação em nivelmédio e técnica".

1.1. Avaliação e metodologia escolar para um mundo em transformação

A avaliação no contexto geral é um processo continuo não apenas em seu sentido seletivo e técnico, mas como um regulador dos atos de aprendizagem, que analisa o sentido e a possibilidade de realização dos objetivos fixados, que julga os recursos, e as metas. Por isso mesmo, é preciso refletir sobre o papel da avaliação. Esta contribuição fez com que Hoffman (2001) refletisse sobre a avaliação como um critério fundamental para a formação do individuo, no processo de construção de conhecimento que se possa valorizar, selecionar, destacar, definir o que deve ser recuperado no que diz respeito aos conteúdos escolares.

Quando a qualidade do ensino público deixa a desejar, o privado oferece escolas de melhor qualidade. Quando não há vagas no ensino público, o privado encarrega-se de oferecê-las, a principal idéia e a "satisfação das necessidades básicas de aprendizagem":

Como, no estado completamente diferente do sistema escolar que foi insaturado com a chegada de novas clientelas, a estrutura da distribuição diferencial dos benefícios escolares e dos benefícios sociais correlativos foi mantida, no essencial, mediante uma translação global de distâncias. Todovia, com uma diferença fundamental: o processo de eliminação foi diferido e estendido no tempo, e, por conseguinte, como que diluído na duração, a instituição é habitada, permanentemente, por excluídos pontenciais que introduzem nela as contradições e os conflitos associados a uma escolaridade cujo único objetivo é ela mesmo Segundo BOURDIEU (2001, p.221, grifos nossos).

No caso de um chefe de cozinha, a regulação pode dizer respeito à quantidade certa de sal ou temperos a ser utilizada no preparo de um prato. Nossa vida cotidiana está cheia de sistemas de regulação, de compensação, pois regular é buscar uma medida adequada, o que é fundamental nas relações humanas, das interações contínuas realizado o individualmente e coletivamente é um conjunto de condições essenciais á construção do conhecimento que dispensa da crítica e da criação, por parte de quem aprende.

Compreender que a mudança educacional ainda é possível, desde que haja uma intenção política e pedagógica. O professor precisa ter condições suficientes para desenvolver o cidadão com idéias inovadoras para torná-los preparados a assumir com autonomia o comando de suas atividades profissionais, buscando oferecer aos alunos todos os conhecimentos necessários para o desenvolvimento profissional e econômico de sua região, desta forma contribuirá para a diminuição da grande desigualdade existente na sociedade em razão das diferenças.

Avaliar, nesse ou em outro sentido, significa ‑ na prática ‑ regular ações, acontecimentos etc. em favor de uma meta, levando em conta, simultaneamente, os recursos, os limites e os resultados que vão sendo produzidos. A avaliação do ensino e a aprendizagem constitui um processo cumulativo, contínuo, abrangente, sistemático e flexível de obtenção e julgamento de informações de natureza qualitativa e quantitativa sobre o ensino e a aprendizagem, de forma para obter subsídios para: planejar as intervenções docentes; criar formas de apoio aos alunos que apresentam dificuldades; verificar se os objetivos propostos estão sendo alcançados; obter subsídios para revisão dos materiais e da metodologia do curso. Recuperar seria primeiramente reencontrar algo que consideramos valioso; mas uma das condições para isso é saber como fazê-lo. (MACEDO LINO, 1999).

Nesta perspectiva, a avaliação faz parte do processo de ensino e aprendizagem quando se inicia qualquer trabalho de avaliação de desempenho devem-se responder às já conhecidas perguntas: Avaliar para quê? Avaliar o quê? Avaliar quando? Avaliar como? Avaliar quem? Avaliar por quê? E mais, as respostas a essas perguntas, referenciadas no projeto pedagógico do curso, fornecerão elementos para escolha das modalidades de avaliação e dos instrumentos a serem utilizados.

Gostaria de ressaltar que para nós professores, avaliar é um trabalho que, no processo de ensino e aprendizagem, em salae que consiste em expor o aluno a reprimendas verbais e físicas, comentários críticos e ate humilhação perante a classe, criticando seus valores e suas atitudes. Cabe enfatizar que é no campo da avaliação do comportamento do aluno, que se instala preferencialmente a lógica da submissão ao professore à ordem. É o conjunto desses aspectos que denominamos "avaliação em sala de aula".

Nas reflexões de Bourdieu (1994) quando afirma que compreensão não é só o reconhecimento de um sentido invariante, mas apreensão das singularidades de uma forma que só existe em um contexto particular, assimilando o conhecimento, impondo condições necessárias ao processo de adaptação do sujeito sobre o meio". A competência, e a metodologia que dão o suporte a avaliação estão baseadas na capacidade de levantar todas as possibilidades para resolver um problema, a capacidade de formular hipóteses, combinar, separar, testar o uso do raciocínio hipotético dedutivo; interpretação, argumentação, e a generalização a diferentes conteúdos o "saber fazer".

1.2. A formação profissional e a reforma da educação média e técnica

Segundo Mizukami (1986), a educação é um processo amplo que sofre um questionamento de duas fases: num ponto de vista como grande culpada pelo atraso e pela pobreza; pelo outro, como o principal setor da sociedade responsável pela promoção do desenvolvimento econômico, a distribuição de renda e a elevação dos padrões de qualidade de vida.

O desenvolvimento profissional do professor da Educação de jovens e adultos são construídos num processo contínuo, que começa em sua formação inicial e continua durante o desempenho de suas atividades, sendo, portanto permanente. [2]

"Assim, é preciso que os sistemas de ensino garantam aos professores espaços para a reflexão de sua pratica com os avanços das investigações relacionadas ao desenvolvimento profissional só assim é bem possível ter uma oferta de educação com qualidade". (CIAVATTA, 2002, p. 62-3).

Portanto a educação tecnológica deve abranger todas as dimensões da vida e desenvolver todas as potencialidades científicas, sociais, políticas e culturais, sinalizando que isso "ultrapassa os limites do ensino tradicionalmente chamado técnico, ao integrar o saber e o fazer" e a reflexão sobre significado destas ações em uma sociedade em que os valores humanos estão em transformação, segundo (CONSELHO, 2002).

 Já as Escolas Técnicas Federais transformam-se em Centros Federais de Educação Tecnológica - CEFETS. Passam a ofertar não apenas a educação de nível médio técnico, mas também cursos de nível superior nas áreas de formação de professores e especialistas, cursos de extensão, especialização e aperfeiçoamento, e pesquisas na área técnico-industrial (art. 2º). A "educação tecnológica" faz parte do desenvolvimento científico-tecnológico como já citado acima, que corresponde por um novo fator fundamental.

Para compreender melhor e necessário assumir uma perspectiva de geração, que consiste numa nova forma dialógica, de um mundo profissional e social que se colocam diversas situações de desafios, às quais requerem cada vez mais saberes e valores universal, nesta sociedade tecnológica em constante transformação, é indispensável construir-se uma nova cultura de formação que deve permitir aos jovens e adultos tanto a se adequar àsdemandas do mercado de trabalho quanto buscar formas de empreendedorismo individual, cooperativo e associativo.

Assim favorecendo a participação e a cooperação, a melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras gerações relacionadas à inserção de ações educadoras integradas no projeto político-pedagógico das escolas ligadas e ainda, uma revisão de valores, da ética, das atitudes e responsabilidades individuais e coletivas nos âmbitos local e global.

Tratando do desenvolvimento social a educação tecnológica constiruiestratégicas e ação para garantir atenção e desenvolvimento intergral aos jovens e adultos, sujeitos de direitos que vivem uma contemporaneidade marcada por intensas transformações e exigência crescente de acesso ao conhecimento, na maior exposição aos efeitos das mudançãs em nível local, regional e internacional. Ela se dará por meio da ampliação de tempos, espaços, e oprtunidades educativas que qualifiquem o processo educacional e melhorem o aprendizado dos educandos.

2. Considerações finais

Como estamos tentando demonstrar ao longo deste estudo, a formação dos professores deve colocar-se em relação direta com os avanços da pesquisa didática e com a aspiração teórica, isto é com objetivo explícido de mostrar o caráter de corpo coerente de conhecimentos alcançado pela didática no campo educacional brasileiro atual devemos examinar as condições necessárias para atacar as desigualdades educativas estruturais. Isso só pode acontecer rompendo com a lógica em outras palavras, melhorando a estrutura da educação de jovens e adultos e com os apoios políticos do setor público para oportunizar direitos universalmente assegurados proporcionado o jovem e os adultos como protagonista de sua inclusão social, na perspectiva da cidadania.

Neste artigo, tentamos demonstrar que o sistema educativo necessita alargar a compreensão do educador e educando da realidade social e cultural. Utilizando novas estratégias e metodologias de ensino, este horizonte, sem dúvida, encontra-se uma síntese problemática na pedagogia dos processos educativos da educação de jovens e adultos que não começam na escola nem acabam nela. Começam e acabam na sociedade, mas a escola pública, universal, laica, gratuita, democrática e, portanto, unitária (síntese do diverso) é um direito e uma mediação imprescindível nas suas lutas e na produção de sua humanização e emancipação.

Finalmente, nosso propósito neste texto foi valorizar a importância da educação de jovens e adultos e enfatizar ás ações ou operações comentadas, e a sua complexidade, no que se refere à própria competências, habilidades ou metodologias que podem ser resumidas naquilo que suas ações ou operações lhes possibilitam realizar ou compreender em favor da educação do qual fazemos partes.

REFERÊNCIAS

BOURDIEU, P; WACQUANT, L. A nova bíblia do tio Sam. Le monde diplomatique, edição brasileira, v. 1, n. 4, ago. 2002.

BOURDIEU, PIERRE.A econômia das trocas simbólicas. In: Ortiz, R. (Org.) Sociologia. São Paulo: Ática, 1994.

_______________.Escritos de educação. (Org. de Maria A. Nogueira e Afrânio Catani). 3 ed. Petrópolis, Vozes, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais/ Secretaria de Educação 3ª ed.Brasília: 1998.

CIAVATTA, M.; A. Construção da democracia pós-ditadura militar: políticas e planos educacionais no Brasil. In: FÁVERO, O.; SEMERARO, G. (Org.). Democracia e construção do público no pensamento educacional brasileiro. Petrópolis: Vozes, 2002.

CIAVATTA, M. Trabalho e educação em uma perspectiva transformadora. In: CONFERENCIA Regional de Educação, Rio de Janeiro: SEE, 2002a .             

CONSELHO DE DIRETORES DOS CENTROS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA. Areforma da educação brasileira nas Instituições Federais de Educação Tecnológica. Brasília: nov. 2002.       

HOFFMANN, JUSSARA. M. L. Avaliação Mediadora. 19° ed. Porto Alegre: Mediação, 2001.

MACEDO, L. Contextualização da recuperação intensiva. São Paulo, 1999.

MIZUKAMI, M. G. N. Ensinoas abordagens do processo – temas básicos de Educação e ensino. São Paulo: EPU, 1986.

NEVES, L.M.V. Educação e política no Brasil de hoje. São Paulo: Cortez, 1994.    



Autor: Maria Soares


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