INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA.



O ser humano desde a sua concepção começa a adquirir características próprias que irá desenvolvê-las de acordo com o ambiente em que irá viver e suas necessidades de interagir com ele.

O bebê tem o seu primeiro contato com o mundo externo, a partir do nascimento, tendo como marca desse nascimento o grito, o qual servirá como primeira respiração.

Os órgãos do recém-nascido são a princípio grandes. Tanto os meninos quanto as meninas possuem seios avantajados, os quais às vezes segregam leite. Nas meninas, em algumas vezes, ocorre um breve “fluxo menstrual” logo após o nascimento, o qual logo depois desaparece. Podemos denominar tal fenômeno como “crise genital”, em razão de substâncias químicas absorvidas do organismo da mãe.

No primeiro mês de vida o bebê passa seu maior tempo dormindo devido ao cansaço ocasionado pela passagem através do canal do nascimento e das anestesias aplicadas à mãe durante o parto.

Os sentidos do recém-nascido são especialmente os sentidos de distância, visão e audição. Muito embora o bebê disponha de tais sentidos, ele não faz distinção alguma entre o que está acontecendo a seu redor. Mas mesmo assim, ele responde a certas mudanças no ambiente. Os seus estímulos externos fazem parte de sua própria estrutura, automáticas e difusas, que chamamos de “reflexos”, que apesar de serem inatos, exigem treinamento a fim de que possam ser executados com convivência. Os reflexos do recém-nascido não são fixos, depende de cada situação, com o tempo ele vai aprender a utilizá-los.

O sono ou o susto tem um padrão infantil, são reflexos mais notáveis do recém-nascido, em resposta a qualquer estímulo forte, como um barulho amplo, por exemplo. Como reação a este reflexo, podemos citar o estiramento amplo dos braços e pernas, em seguida, encolhendo-os novamente e em algumas vezes, chorando. Outro reflexo diz respeito ao exame neurológico em que há reação produzida pelas cócegas na sola do pé. Há uma interessante mudança no sistema nervoso da criança na medida em que ela amadurece. Como exemplo, temos que no início do nascimento, a extensão é em forma de leque, dos dedos do pé.

Podemos acrescentar ainda o reflexo que aparece quando a superfície interna da mão ou dos dedos é estimulada, momento em que o bebê reage agarrando-se fortemente. O reflexo de notação é quando a criança é segura pela barriga, de forma horizontal, podendo vir a fazer movimentos de notação e ainda o reflexo de caminhos quando a criança é segura de forma ereta com os pés forçando levemente em uma superfície, podendo mover as pernas como se estivesse caminhando.

Nas primeiras horas de vida, os meninos têm ereção do pênis. Os recém-nascidos também podem vomitar, engolir piscar e bocejar. O bebê começa a perceber o que está ao seu redor, e com isso diminui o sono. O aparecimento dos primeiros dentes do nenê dá-se na primeira fase da criança, também chamada de Infância I. Nessa fase, dá-se o crescimento da confiança ou desconfiança na criança, influenciada pela forma como ela está sendo alimentada, se satisfatória ou não, ou de acordo de como suas necessidades estão sendo atendidas.

O significado do objeto está relacionado à infância II, fase esta em que a criança irá, através de sua percepção, procurar saber desenvolver os seus instintos com relação a sua nova visão do mundo.

Na fase do andar, a criança vai desenvolver a sua autonomia de acordo com o domínio do seu corpo, seja andando, subindo, pulando e controlando seus esfíncteres. Quanto ao domínio do objeto, a criança prefere empurrar um carrinho, ao invés de estar dentro dele. É nessa fase que a criança chama atenção, através das brincadeiras onde ela participa, fazendo imitações. Devemos nessa fase impor limites a ela, especialmente no que se refere a objetos e a atividades proibidas e permitidas.

O período de latência, segundo Freud, está relacionado à infância I, na escola primária, período aquele em que os sexos se separam com gostos diferentes para cada tipo de atividade.

O desenvolvimento da criança na adolescência desperta dúvidas com relação a sua nova forma de ser, devido à mudança no seu corpo, aos conflitos internos de acordo com as dificuldades em aceitar essas mudanças. Essa fase faz com que o jovem busque os grupos iguais para melhor serem aceitos, pois eles se sentem cada vez mais isolados no seu convívio normal, tendo uma extrema sensibilidade. Tal comportamento dá-se devido às transformações físicas e psíquicas, momento em que o jovem vai buscar a sua identidade sexual. O adolescente dorme menos e passa pouco tempo em casa, tendo assim mais tempo livre e mais condições para se firmar na sociedade.


Sandra Lordsleem da Silva ( [email protected]).
Psicóloga Clinica, Ludoterapia, Trabalho Com Crianças Com Necessidades Especiais.Stress Depressão & Pânico, Psicopatologia do Cotidiano.Distúrbios da Aprendizagem-Abordagem Neurológica. Pós-Graduação em Gestão da Capacidade Humana nas Organizações. Pós-Graduação em Administração de Marketing.

Artigo revisado pelo Dr. José Garcia Leal Filho.
Autor: Sandra Lordsleem


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