Desempregado, e agora?



Não há coisa pior que o medo de perder o emprego. Já passei por isso e sei o quanto é doloroso e constrangedor ficar desempregado. Aquela impressão terrível de impotência e a sensação de que está escrito na testa "sou um desocupado!" faz com que a ansiedade aumente. Sem contar que as contas não param de chegar e quando muito, podemos contar com a ajuda do parceiro(a) ou do seguro-desemprego. É indescritível a sensação de que a qualquer momento perderemos o controle da situação e não teremos a quem recorrer, pois a medida que o tempo passa, nossa ansiedade aumenta e o temor de não conseguir emprego é como uma assombração em nossos dias. A situação fica ainda pior quando dependemos do seguro-desemprego, pois a cada saque, lembramos que as parcelas estão acabando e nada de conseguir trabalho. Não culpo as empresas por isso, afinal isso é parte de um processo natural de qualquer empresa. Existe um momento em que realmente é necessário cortar gastos e é justamente nesta hora em que a empresa começa a reduzir os acessos e isso inclui reduzir o quadro de funcionários. De nada adianta querermos achar culpados, pois muitas vezes isso está relacionado a um período de recesso econômico. Só para termos uma noção disso, basta que façamos uma comparação ao nosso orçamento doméstico, pois é exatamente como uma empresa. A unica diferença é que quando há uma crise financeira em nosso lar não precisamos demitir filhos, esposas, maridos ou animais de estimação. Apesar que algumas pessoas talvez tenham vontade de demitir maridos ou esposas em períodos de crise. Mas voltando a questão do desemprego, não é nada fácil lidar com uma situação dessas. A relação familiar acaba por sofrer os reflexos disso, pois além do desemprego, vem os sentimentos de desolação e um desânimo sem igual. Para a maioria das pessoas, lidar com o desemprego afeta profundamento sua autoestima e uma vez que nos sentimos "para baixo" fica difícil encarar o dia-a-dia das entrevistas de emprego. Com o tempo, nosso humor fica alterado começamos a nos sentir impotentes e incapazes. Mas é neste momento crucial que devemos contar com o apoio dos familiares e amigos proximos. É errado nos fecharmos dentro de casa amargurados e deanimados. Devemos ser fortes o suficiente para raciocinar e lembrar que nossa familia é o mais importante neste momento, e que nosso futuro depende somente de nosso próprio esforço. Alguns talvez digam: "É facil falar quando se está de fora, né?" Mas não esqueçam de que falo isso por experiência própria. Um dia, já fui um desempregado que passava dias e dias atrás de uma oportunidade de trabalho. Cheguei a ficar um ano sem emprego, mas nem por isso desisti de correr atrás. Acontece que infelizmente, não há espaço no mercado de trabalho para pessoas desmotivadas e negativas e as vezes passamos por várias entrevistas e ficamos sem entender o porque de não sermos chamados. Mas daí eu pergunto; será que em algum momento da entrevista você não deixou transparecer sua falta de vontade em enfrentar dificuldades? Ou quem sabe deixou claro seu descrédito na entrevista, ainda que de forma incosciente? Tudo isso pesa e por este motivo que muito candidatos com ótimas qualificações não conseguem a tão sonhada vaga de emprego. Não adianta o cidadão ter diplomas, pós, mestrados e doutorados, dominar vários idiomas, ter vivido e estudado no exterior se o principal, que é vender a própra imagem, ele não sabe. Da próxima vez em que for participar de uma entrevista de emprego, lembre-se de que você está vendendo um produto e este produto é seu talento e seu perfil pessoal, mas de nada adianta um conteúdo ótimo sem uma boa apresentação. Marco Ribeiro [email protected]
Autor: Marco Ribeiro


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