VIOLÊNCIA E AGRESSIVIDADE NA JUVENTUDE



VIOLÊNCIA E AGRESSIVIDADE NA JUVENTUDE

Profº Raul Enrique Cuore Cuore

Resumo

A violência e agressividade na juventude sempre existiram, mais atualmente estão tomando proporções incontroláveis. Existe uma necessidade urgente de retomar os valores morais e éticos que estão se tornando esquecidos pela juventude ou às vezes, tratados como obsoletos e fora da realidade. Este trabalho tem como objeto mostrar um pouco desta realidade que aflige a sociedade como um todo.

Palavras-chave: Agressividade; Juventude; Revolta.

1      introdução

Existem, nas idéias e nos costumes dominantes que são peculiares a cada época, como, por exemplo, a libertinagem durante a França de Luis XV, o culto da Razão no tempo do Humanismo, a apologias da sensibilidade e do irracional no século do Romantismo, os Hippies nos anos 60, etc.

Uma das dominantes da nossa época é a revolta contra os valores tradicionais, consumismo exacerbado, que se traduz pela exaltação e a pratica da violência.

Este fenômeno se observa em todas as ordens do humano e social, e é bem mais acentuado durante a juventude.

2      A REVOLTA COMO DOMINANTE DA NOSSA ÉPOCA

Na ordem da amizade, por exemplo. Em muitos meios, a amizade degenerou em camaradagem vulgar e brutal. A integração na turma (e tal palavra não significa necessariamente uma associação de malfeitores) substitui a intimidade entre as pessoas e o intercâmbio de idéias e sentimentos. A turma busca muito freqüentemente distrações e aventuras mais ou menos sofisticadas de agressividade. O aumento da delinqüência juvenil prende-se a este tipo de vínculo social. Um fenômeno tipicamente moderno é o dos delitos coletivos e o uso de entorpecentes cuja multiplicação causa apreensão aos criminologistas.

No plano da sexualidade, muitos jovens se presumem "libertos", e desprezam indistintamente não apenas a exaltação romântica ou o sentimentalismo sem graça das épocas precedentes.

O entusiasmo pelos esportes brutais e perigosos, praticados freqüentemente sem preparação e sem prudência, o culto à velocidade, enfim, o extrapolar dos limites, provém do mesmo estado de espírito desafiador e agressivo.

No campo das artes e literatura o contexto não escapa a essa falsa norma. Segundo Thibon (1971) “Seu imperativo essencial é surpreender, chocar, desnudar, ultrapassar todo limite e infringir toda regra. Assistimos, em todos os domínios, ao desencadeamento da violência e da deformidade”.

3      O FENÔMENO DAS TURMAS NA JUVENTUDE

Esta epidemia de violência causa estragos precisamente numa época em que os homens sedentos de segurança automática, se encontram cada vez mais desarmados para enfrentar os percalços e os deveres numa existência normal.

O fenômeno da turma na juventude explica-se pela inaptidão de estabelecer verdadeiras amizades e de criar verdadeiros grupos. O desmoronamento das estruturas sociais liberta o elemento bruto. Seres incapazes de se unirem tendo em vista um fim comum positivo, isto é, visando a alguma coisa, juntam-se contra isto ou aquilo, é sua revolta, convertida em lei e fim supremo.

É preciso lembrar também, esses acessos de furor, que vão das injúrias às "vias de fato", provocados por uma insignificante recusa de preferência ou pelo mais leve engarrafamento no transito. Esta barbárie motorizada é comprovada e registrada todos os dias.

4      Conclusão

O quadro exposto nos parágrafos acima não quer dizer que tudo está perdido. Um trabalho feito de forma séria, principalmente na Escola a partir das series iniciais, poderão reverter esta tendência anarquista que envolve à juventude atualmente.

A educação e o amor no lar, provido no seio familiar, também compõem um dos pilares fundamentais para reverter esta tendência de agressividade e violência.

Uma atenção especial a estes aspectos da educação trará benefícios para as próximas gerações, pois aproximando a juventude de atividades produtivas, comunitárias, e cooperativas diminuirão a agressividade estaremos dando ferramentas para semear uma sociedade menos violenta.

5      referências

THIBON, Gustave. Diagnósticos de Fisiologia Social. Madri: Nacional, 1971.

 

 


Autor: Profº Raul Cuore


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