APRENDER A VIVER JUNTOS: UMA UTOPIA OU UMA NECESSIDADE?
APRENDER A VIVER JUNTOS: UMA UTOPIA
OU UMA NECESSIDADE?
Profº Raul Enrique
Cuore Cuore
RESUMO
O desenvolvimento do tema
teve como alvo o relacionamento e a cooperação entre as pessoas e a
possibilidade de que através da Educação, fundamentada nos Pilares da Educação
para o Século XXI, a gestão dos conflitos possa ser levada para o âmbito do
dialogo. Além disso, é ressaltada importância da Escola como incentivadora do
exercício da convivência e a busca por objetivos comuns que com certeza
diminuirá os preconceitos entre as diferentes culturas, etnias e religiões.
Palavras-chave: Cooperação; Educação; Objetivos.
1 INTRODUÇÃO
Antes de
nada cabe ressaltar que o nosso tema em destaque está inserido nos “Quatro
Pilares da Educação” elaborados pelo relatório da UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o Século XXI, e que são: Aprender a Conhecer,
Aprender a Fazer, Aprender a Viver Juntos e Aprender a Ser, e que entre
eles existe uma ligação praticamente indissolúvel.
O desafio de
“Aprender a Viver Juntos” numa sociedade como a de hoje onde as guerras, as
desigualdades sociais e étnicas, os interesses corporativistas, a educação
precária, os preconceitos, enfim, onde uma
quantidade enorme de entraves nos são apresentados, será que se tornou
uma necessidade ou é uma utopia.
É de forma
singela que será exposto o nosso ponto de vista e este respeito.
2 A EDUCAÇÃO COMO MECANISMO DE UNIÃO ENTRE AS PESSOAS
Sem duvida
nenhuma a Educação é uma das armas mais poderosas para encurtar os conflitos na
sociedade, ensinando caminhos para a gestão dos problemas através do diálogo e
do debate de forma pacífica.
Cabe à
Educação fornecer informações e fórmulas para que o indivíduo consiga viver
socialmente tendo, desta maneira, material suficiente para a sua sobrevivência
e convivência na sociedade. Como diz Delours (1998); “O objetivo da Educação
não é o de somente transmitir conhecimentos, mas criar um espírito para toda a
vida, onde ensinar é viver em transformações consigo próprio e com os outros”.
A história
humana sempre foi cercada de conflitos religiosos, étnicos e sociais. A simples
idéia de ensinar a “não violência”, o “não preconceito” nas escolas desde as
séries iniciais do ensino já ajuda a minimizar estes conflitos, porém utilizar
caminhos complementares como; a descoberta progressiva do outro, a participação
em projetos comuns, e com objetivos comuns, onde através do professor-mediador
sejam buscadas soluções para gerir os mais variados problemas colocando sempre
em destaque o respeito à diversidade de culturas e idéias, parece um método
eficaz para evitar ou ao menos minimizar conflitos.
O incentivo
da escola ao estudo das diversas religiões, etnias e culturas, e a convivência
entre elas em sala de aula desde os primeiros passos do aluno na vida escolar
fará com que este perceba a riqueza das diferenças e aprenda a respeitá-las.
Aprenderá desta maneira, a contornar os conflitos sempre de modo pacífico,
colocando o debate e o diálogo como único instrumento de solução.
A prática de
esportes coletivos já demonstrou ser um instrumento pacificador das diferenças,
onde a competitividade das equipes deixa de lado os conflitos para dar lugar à
conquista de um objetivo comum. As escolas que incentivam o esporte têm colhido
ótimos resultados de convivência pacífica entre os alunos.
A inclusão
destes tópicos no currículo escolar poderá, sem dúvida alguma, ver-se refletida
na vida adulta destes alunos. Já que tendo sido incentivados a cultivar o
respeito, o diálogo e a competitividade sadia durante a vida escolar, repetirão
esta postura durante a vida adulta tornando a sociedade mais tolerante e justa
em todas as situações que lhes sejam apresentadas.
No mundo de
hoje, onde as distâncias e as fronteiras praticamente desapareceram, onde as
noticias são dadas praticamente em tempo real, independentemente de onde
geograficamente estiverem acontecendo, aprender a conviver com as diferenças
tornou-se uma necessidade e não uma utopia. É possível enriquecer nossa cultura
através do intercambio cultural, pois todo dia estamos aprendendo e
modificando-nos.
3 CONCLUSÃO
É longo e
penoso o caminho para uma sociedade justa. Existem preconceitos e feridas
abertas há séculos para as quais devemos urgentemente tomar providencias para
que desapareçam do nosso convívio.
Com a
necessidade dos pais de trabalharem para o sustento da família a escola
tornou-se um segundo lar transferindo para esta grande parcela de
responsabilidade na educação das crianças. Por este motivo cabe a nós
educadores mostrar os caminhos do entendimento e da cooperação em busca de uma
sociedade mais justa e com os mesmos objetivos, onde a convivência das
diferentes culturas de forma pacífica seja uma realidade.
Tirar as
boas idéias do papel e fazê-las acontecer só depende de nós.
4 REFERÊNCIAS
DELOURS,
J. Educação um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1998. Cap.4.
Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século
XXI.
Autor: Profº Raul Cuore
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