Superando o Cárcere da Emoção



O livro tem por objetivo o entendimento dos mecanismos de funcionamento da mente humana; o modo como ocorrem tanto a dependência química como a psíquica e como podemos reduzir e/ou eliminar essas tensões.

 

O autor inicia o livro abordando a influência dos pensamentos no estado de ânimo dos indivíduos.  Nossa memória registra todos os momentos de impacto em nossas vidas. O indivíduo que se deixar levar pelos registros negativos poderá estar sujeito a transtornos emocionais, já que as emoções exercem extrema influência em nossa mente, personalidade, saúde e relações sociais.

 

Por cárcere da emoção podemos também usar a referência de labirinto ou castelo de emoções, os quais nos remetem à escravidão dos nossos próprios sentimentos, dificultando nossa habilidade em lidar com eles, limitando nossos pensamentos e anestesiando nossa capacidade analítica. Geralmente os pensamentos de caráter negativo são os mais contundentes e mais difíceis de serem domados pelo indivíduo, anulando seu prazer e gosto pela vida.

 

Em termos terapêuticos, a grande dificuldade está em trabalhar o estresse gerado por esses pensamentos negativos, pois não há como apagá-los simplesmente da nossa memória, sendo necessário que o indivíduo retrabalhe esses registros, substituindo-os por novas atitudes e emoções positivas.

 

Augusto Cury também menciona enfaticamente a psicoadaptação - a repetição de um mesmo estímulo, negativo ou positivo, que acaba por anestesiar a emoção e minar a capacidade de reação do indivíduo.

 

A psicoadaptação pode ser tanto benéfica quanto maléfica. Como benéfica, podemos considerar, por exemplo, indivíduos que vivenciam por diversas vezes uma mesma situação frustrante, que acaba por levando-os a buscar uma alternativa de superação desse círculo vicioso, gerando uma revolução criativa em busca do novo.   

 

 Por maléfica, podemos usar como exemplo indivíduos drogados, que precisam de estímulos cada vez mais intensos para obter maior satisfação, gerando instabilidade emocional, insegurança, insatisfação, fobia, e dependência cada vez mais crescentes.

 

O autor também procura evidenciar as causas da dependência química e/ou psíquica, ressaltando os principais motivos desses processos destrutivos: a falta de diálogo familiar, influência social – amigos e sociedade, sentimento de rejeição, curiosidade, conflitos interiores, aspectos genéticos, questões financeiras e busca de liberdade e prazer.

 

Esse livro pode ser lido por quaisquer pessoas que buscam a libertação de emoções que escravizam e encarceram, dependentes químicos e/ou psíquicos, bem como todos os que convivem com estas pessoas, pois é um modo de perceberem como estes indivíduos se sentem e ajudarem no resgate das emoções libertadoras.

 


Muitas vezes, no momento da crise, não temos habilidade para ver exatamente o que nos traz sentimentos negativos e sensação de infelicidade, no entanto, nestes momentos temos que trabalhar nossa capacidade de sair do foco e, como observadores, buscar entender o que encarcera nossas emoções, libertando nossa capacidade de análise.

 

Augusto Cury enfatiza a importância de analisarmos as situações de conflito, de termos pensamentos positivos e acreditarmos que nenhum problema é grande demais, rompendo deste modo o “cárcere da emoção”.

 

O autor, porém não tem a ilusão de fazer crer que não tenhamos recaídas  na jornada, mas temos que acreditar que qualquer recaída não é senão uma oportunidade de fortalecer nossas emoções, uma oportunidade de aprendizado.

 

Nada acontece em nossas vidas, seja positivo ou negativo, que não seja uma oportunidade de crescimento e aprendizagem, cabe a nós decidirmos como vamos encarar o instante, como prisioneiros ou libertadores de nós mesmos.

 

Para que não sejamos prisioneiros de nossas emoções é preciso que não nos conformemos com algumas derrotas, mas que erguemos os olhos e vejamos que somos capazes de lutar, de chegarmos à vitória. “O pior inverno pode anunciar a mais bela primavera!”

 
Por Ana Lucia Seminati e Ligia Maria Ribeiro


Autor: Ligia Ribeiro


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