A crise não é minha!



A Crise não é minha!

 

     Certamente a política nacional é um gênero que requer certa dosagem de interesse popular. Seja nas aptidões práticas, teóricas ou nas suas aplicações.

Homens de grande valia, perdem a compostura ou até mesmo seu caráter, ao defrontar-se com o poder e a capacidade do povo em intervir no âmbito de Gestão Pública (compreendida por uma pequena parcela dos cidadãos brasileiros). Façamos desses substantivos, um regente de nossas ações, medindo a disposição de tudo isso no ambiente popular.

Desse modo, podemos dividir a história política e analítica de nosso país em três partes muito distintas: Brasil Colônia, “Anos de Chumbo” e República Democrática. Onde todos os níveis se assemelham de uma forma muito particular e inversa.

- Ah! Mas eu não discuto política! Mantenho-me neutro a toda essa farra.

- Pois é, mas como percebo que tudo isso é uma fantasia? Ou será minha opinião ligada ou perdida entre tantas (infinitas), no senso comum?

- Não sei, não discuto política!

   Somente entendo que, nosso país apresenta sinais aparentes de um grande reflexo das etapas às quais fomos submetidos. Somente a partir de 1985, é que acordamos, e em um lapso intenso de democracia, encontramos o sonho de liberdade sobrepondo o pesadelo que perdurava por séculos, décadas, triênios... Neste mesmo ano, um grande cidadão entre milhões, assumiu essa causa: Tancredo Neves. Em virtude do falecimento de Tancredo, tomou posse no dia 15 de março, José Sarney, que teve como missão cumprir o seu dever como chefe de estado, acerca dos direitos de todo e qualquer cidadão brasileiro.

     Sim! É ele mesmo! O político que estampa a capa dos jornais, revistas e está em todos os telejornais da atualidade. Após enfrentar mais uma época de transição, o agora presidente do Senado Federal José Sarney, encara outro desafio de conduta ética da casa. Mas isso é simples! Basta negar inúmeras vezes a atitude dos senadores que ela soará como verdade absoluta por muitos anos, até seus sucessores comprovarem que não estavam envolvidos em mais um escândalo assumido pelo presidente, é melhor renunciar e voltar com a imagem refeita e encarar a oposição como situação... cotidiana, carmática, de cunho perseguidora. No país, somente o complemento do Poder Legislativo e Executivo sabem o tamanho esforço que é lutar pelas causas comuns dos cidadãos, e após muitos anos de vida pública dedicados à ordem e ao progresso da nação ser acusado injustamente dessa forma perante os milhares de eleitores que lhe depositaram a confiança do voto. Mais uma vez!

     Teoria da conspiração? Que nada! A política nacional é como o vinho: Quanto mais velha melhor... Isso é claro, armazenada de forma correta para não se correr o risco de virar vinagre, temperando toda a salada que se transformou as ideologias, as resoluções partidárias e a ética que alcança a cronologia épica das relações sociais. O nepotismo é uma afirmação de extrema falsidade ideológica. Por quê? Explico. Aliás, os políticos explicam:

- Isso é intriga da oposição! Entrarei com pedido de quebra de decoro parlamentar contra o excelentíssimo senhor.

     Concluo essa reflexão, manifestando meu total apoio a este nobre homem público, escritor e defensor das práticas e desempenho das funções de seus companheiros, aliados e seguidores. Até que se prove ao contrário perante a justiça e opinião pública, “Zé Sarney”, continuará integrando o hall dos presidentes mais importantes que o Brasil já teve. Quebrando todos os paradigmas burocráticos que essa nação já enfrentou. Em citação às denúncias proferidas à sua pessoa, com relação às fraudes das passagens aéreas, reuniões “às escuras”, horas extras, contratação de familiares entre milhares, tomo como filosofia de vida daqui pra frente, trecho de seu discurso muito bem articulado: “ A crise do Senado não é minha”!

  

    

    

    

 


Autor: Fábio Figueiredo


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