A Modernização das Forças Armadas Brasileiras



A modernização das Forças Armadas Brasileiras.
Roberto Ramalho é Advogado, Relações Públicas e Jornalista.

Quais seriam as prioridades definidas na Estratégia Nacional de Defesa? Segundo o ministro da Defesa Antonio Jobim, em entrevista a Agência Brasil, são três as grandes prioridades: a primeira é reorientar e reorganizar as Forças Armadas; a segunda, privilegiar a indústria nacional de defesa; e a terceira, tratar da questão do efetivo militar, do serviço militar obrigatório. Por decisão política do presidente Lula, adotou-se uma visão diferenciada em relação ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica, embora o Brasil não tenha inimigos.

Sobre o processo de compra dos 36 caças pela Força Aérea Brasileira, chamado de Projeto F-X2, a FAB está analisando modelos de três empresas: a americana Boeing, a francesa Dassault, a e o consórcio anglo-sueco Saab Gripen, finalistas da licitação. A entrega dos primeiros caças está prevista para acontecer em 2014. A compra e renovação da frota de caças representa importante oportunidade de impulsionar a indústria nacional. O acordo com a empresa vencedora vai prever a transferência de tecnologia para o Brasil. Até agora foi feito um acordo entre Brasil e França para a compra de 52 helicópteros de última geração com transferência de tecnologia e de outros helicópteros russos com tecnologia avançada.

Mas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que participou recentemente do aniversário da Revolução Francesa acompanhado por deputados de vários partidos políticos, esteve tão sintonizado com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que já está até pensando em escolher os aviões de caça supersônicos Rafale, da empresa aeronáutica Dassault, contrariando o comandante da Aeronáutica Brigadeiro Junite Saito e o alto escalão da Força Aérea brasileira.

Em princípio, antes de se passar a fase final da licitação de escolha dos aviões de caça supersônicos, aviadores que tinha voado do caça russo Sukkoi, tinha gostado bastante do aparelho e o elogiaram dada a sua autonomia de vôo.

No programa de modernização de frota, denominado FX-2, devem ser desembolsados aproximadamente US$ 5 bilhões, de acordo com fontes ligadas ao setor, que garantem que o resultado da concorrência internacional deve sair ainda neste semestre, conforme apurou o DCI.

As principais variantes a que a Aeronáutica se refere dizem respeito aos itens fundamentais e que influenciarão no processo de escolha da compra do avião de caça escolhido,mas que no entanto levam em consideração as características de cada projeto como preço, custo de manutenção e as compensações comerciais e transferência  tecnológica, com a promessa deste último item ter um peso relevante na decisão final.

No entanto, desde o começo querendo mostrar suas vantagens competitivas, a Boeing Company ofereceu ao Brasil um dos caças de guerra mais avançados do mundo: o F/A-18E/F Super Hornet. Que segundo Bob Gower, vice-presidente dos programas F/A-18 e EA-18 da Boeing Integrated Defense Systems, afirmou ser "o Super Hornet que propomos está equipado com tecnologias de ponta, um caça multimissão que está pronto para qualquer combate”, concluiu.

Porém, desde o início do processo licitatório, o consórcio anglo-sueco Saab Gripen havia afirmado que teria condições de trabalhar em conjunto com a Empresa Brasileira de Aeronática (Embraer), caso seu avião fosse selecionado pela Aeronáutica e pelos brigadeiros e demais militares que compõem o alto comando. Segundo informações extra-oficiais o caça Gripen está acirrado no favoritismo em relação aos Rafaeles franceses, hoje considerados aviões de última geração, e que como eu afirmei anteriormente, um dos favoritos para ganhar a escolha pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Em artigo publicado na Gazeta Mercantil em abril, o ex-presidente da Embraer, Ozires Silva, já afirmava que havia a necessidade de se criar condições para fomentar a criação de novas indústrias bélicas locais. Dizia ele: “Em documento aprovado pelo presidente da República, o Ministério da Defesa do Brasil divulgou, no final de 2008, a Estratégia de Defesa Nacional, enfatizando em vários momentos a acentuada importância de uma indústria local, produtora de material e de equipamentos de defesa. E sobre a decisão do governo Lula lançar uma política de defesa atuante para o país, Ozires Silva destacou: “A atual decisão do governo de lançar uma política de defesa se justifica. Ela coloca em evidência prioridades, e uma delas é claramente reconhecida pelos especialistas, por meio da qual é reconhecido que nossas Forças Armadas não estão devidamente equipadas”.

E recentemente, no episódio da queda do avião da Air France, a Aeronáutica e a Marinha do Brasil, deram uma demonstração de altruísmo, responsabilidade e competência no resgate dos corpos dos passageiros e tripulantes mortos e de peças do aparelho, no vôo do Airbus A 330 AF 470 que ia do Rio de Janeiro a Paris, e caiu no Oceano Atlântico matando todos os seus ocupantes.

Concluindo, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou que a concorrência está "em fase de finalização do processo", podendo o resultado sair a "qualquer momento." A assessoria enfatizou, porém, que a data específica depende de outras variantes, não respondendo, entretanto, quais eram elas.


Autor: Roberto Ramalho


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