Coleta Seletiva Domiciliar



A implantação da coleta seletiva domiciliar sempre foi idealizada por empresas privadas de reciclagem bem como por cooperativa de recicladores, programas privados e de governo vem dando certo em grandes centros urbanos, porém seu funcionamento se deve principalmente pela miserabilidade econômica do que pela consciência ambiental.

A iniciativa privada sempre buscou equacionar os custos operacionais da coleta residencial, mas sempre esbarra nos custos logísticos, que inviabilizao processo, sendo assim esta coleta se restringe a áreas de menor custo no transporte ficando as localidades mais distantes a margens do processo.

Por outro lado o governo Municipal vem a cada dia tendo maiores custos com coleta, afinal o reciclado são também coletados, hoje em media 45% recicláveis do total coletado, como também gerando maiores áreas de aterro sanitário, alguns municípios por falta de espaços para aterros pagam valores dobrados, por transportes e deposito em outros Municípios, a exemplo da Cidade de Lauro de Freitas que deposita no aterro de Salvador e Mata de São João que deposita no município de Camaçari no Estado da Bahia.

Este problema somente ira se agravar, se a implantação da coleta seletiva residencial não se estender a todas as localidades, se pensarmos nos problemas que as embalagens plásticas tipo PET, que vem se expandindo vertiginosamente, na produção de bebidas, cosméticos, remédios e outros tipos, causando um maior volume metro cúbico no aterro, afinal tais embalagens não compactam facilmente, tornando cada vez maior o espaço para deposito.

Estudos apontam para o aumento dos custos para o aterramento sanitário, levando a certas cidades ao caos, a exemplo a cidade do Rio de Janeiro, que teve seus custos e o estrangulamento em deposito no aterro municipal.

Uma forma de resolução para a coleta seletiva domiciliar funcionar e a parceria governo empresa privada, a administração municipal através de sua secretaria de limpeza urbana, criar centrais de captação regionalizada e através de parcerias com empresas de reciclagem (privadas ou cooperativas), promover a coleta, custo este do município, e a segregação e beneficiamento com agregação de valores ficando a cargo das empresas de reciclagem, com esta metodologia, o município passa a ter somente o custo logístico da coleta do centro de captação a central, economizando o custo do deposito no aterro sanitário, gerando emprego e renda as empresas que ficarão com o processamento, esta geração de emprego e renda também é uma das metas Municipais em sua gestão de governo, o que passa a ser uma grande maneira de promoção do método.

As empresas ou cooperativas tendo uma central para a captação terá seus custos de transporte reduzido, permitindo assim promover um maior volume de materiais e manter a expansão dos negócios, com investimentos em novas tecnologias de reciclagem de materiais.

João Wagner Litzinger


Autor: João Litzinger


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