O professor das séries iniciais – 1º ao 5º ano – nos dias atuais



RESUMO:

A nova LDB propôs aos professores a assumirem uma nova postura na sociedade, para aceitar este desafio, os professores tiveram que passar por um processo de formação, para poderem se adequar a nova realidade. Os governantes ofereceram os Cursos em nível de graduação para os que ainda não eram graduados, os professores fizeram e estão fazendo sua parte e o Sistema educacional brasileiro e sociedade agradece.

Com a modernização da sociedade, o avanço tecnológico, e as mudanças apresentadas pela nova Lei das Diretrizes de Base da Educação – LDB, veio também exigências que mudou a postura e a vida profissional do professor, sobretudo o professor das séries iniciais do ensino fundamental – 1º ao 5° ano. A formação de professores, sempre foi muito discutida no meio educacional, foram décadas de discussão, justamente por se sentir na sociedade a necessidade da figura de um profissional que formasse o indivíduo de acordo com a questão social, bem como levando em consideração as experiências do aluno na família e na comunidade, ou seja, o professor deste século, deve ter um papel de articulador e de viabilizador do contato dos alunos com suas comunidades e com o conhecimento num processo crítico e participativo, com base nas necessidades e nos impasses da vida cotidiana. Com a aprovação da lei Darcy Ribeiro, em 20 de dezembro de 1996, mais conhecida por Lei das Diretrizes de Bases, é que foi determinado em seu artigo 62, um prazo para que a tão sonhada formação fosse concretizada, partindo desta determinação os governos estaduais e municipais, com recursos do governo federal, através do MEC – Ministério da Educação e Cultura e das Secretarias estaduais e municipais de educação, ofereceram cursos de formação superior aos professores que ainda não possuíam graduação - uma grande maioria, em Universidades de todo o Brasil. Nóvoa (1995), “disse que se a formação do professor não for prioridade, não adianta nenhuma reforma educacional.” Nesta nova perspectiva o professor deixa de ser um prestador de serviços e passa a criar espaços de diálogos, integrando os diversos segmentos da sociedade em que está inserido, buscando construir uma unidade moral que garanta a liberdade e os direitos individuais, se transformando num pesquisador, num investigador da realidade social, num articulador do conhecimento que supere aquele que já não encontra mais espaço no momento atual, num agente que ofereça espaços para reflexões na comunidade.O Sistema educacional passou a ser estabelecido por fatores que deveriam construir o desenvolvimento da rede pública e redefinir o papel do professor na escola e na sociedade. Daí começou uma luta onde o professor entendeu que deveria buscar sua própria formação, não só pela determinação da lei, mas, também com a finalidade melhorar sua prática pedagógica, crescer profissionalmente e se familiarizar mais com as teorias que dão sustentação as suas atividades como educadores. Assim teriam uma melhor compreensão do espaço que estão inseridos, da importância de um bom planejamento, de uma boa estratégia de ensino para que seus objetivos sejam realmente atingidos, e das teorias que embasam a aprendizagem. Com aproximação do professor com todos estes conhecimentos, ele repensaria sua prática e seus ensinamentos passaria a formar alunos cidadãos críticos e inquietos em sua realidade social. Segundo Libâneo (1998), a escola tem o compromisso de reduzir a distância ente a ciência e a cultura de base e o professor deve ser o intermediário desta ação. Esta formação veio para melhor adequar o professor a nova realidade, que por décadas teve que exercer suas atividades pedagógicas, usando como material didático apenas quadro-negro, giz e esponja, viu-se diante de oura realidade, tendo que encarar de frente os avanços tecnológicos, bem como suas influências na educação; tendo que aprender a lidar com outros equipamentos em sua prática como: computador, Cd, disquete, televisão, vídeo, fita, rádio, jornal, revistas, entre outros; que utilizados de forma correta e em atividades bem planejadas, servem para diminuir a distância entre os alunos e as novas tecnologias e facilita mais o aprendizado de forma mais rápida e mais prazerosa, contribui também para abrir novos horizontes, facilitando o desenvolvimento da pesquisa e da extensão da aprendizagem, o que vai bem além da sala de aula. Demo (2000), afirma que cada educador deve ser dono de seu próprio Projeto pedagógico, onde ele estude, pesquise e compare sua teoria à prática, com a finalidade de melhorá-la. Claro que com estas mudanças, o professor teve que aprender conhecimentos básicos da informática, teve que tomar conhecimento dos Programas educativos oferecidos pelo MEC, dos sites educativos existentes na web, teve que se habituar a ouvir uma boa música, conhecer os diversos ritmos e a interpretar a letra, assistir a filmes e incentivar os alunos a fazerem analise críticas, tudo isto, com base nas propostas do MEC e das Secretarias de Educação dos Estados e dos municípios e dos seus programas oficiais, claro adaptados a realidade local e com base no Projeto Político pedagógico de cada escola. A maioria dos professores ainda está se adaptando a esta realidade, pois, além destas, tem outras questões sérias que devem ser adotadas em sua prática, como a inclusão dos portadores de deficiência na escola, que o professor deve está preparado para recebê-los e colaborando com sua inclusão na sociedade, pois, é função do professor como representante da escola, fazer esta integração, trabalhando em sala de aula com o portador de deficiência e os demais colegas sem causar constrangimentos e sem diferenciá-los do restante da turma, pois perante a leis somos todos iguais, o que lhe garante o direito a educação. O governo tem oferecido cursos de capacitação para os professores que trabalham com alunos com necessidades especiais. Há ainda outras questões que dificultam a ação do professor da atualidade, e que exige muito do seu conhecimento, de suas habilidades e de sua ética para enfrentá-las, como é o caso do uso de drogas, que está cada vez mais presentes na vida dos nossos jovens e dos nossos adolescentes, da iniciação sexual, da preservação as DST, da gravidez na adolescência; entre outras. Todos estes temas devem ser levados a sério e trabalhados de forma a não causar preconceitos e constrangimentos, por fazer parte da rotina da nossa comunidade, portanto, do cotidiano do nosso aluno, pois, caso contrário pode causar danos ao aluno, tanto de ordem psicológica, como de ordem social, dificultando sua aprendizagem. Tudo isto, justifica a necessidade de uma boa formação profissional do professor e de uma tomada de consciência de sua responsabilidade social na função de educador e de que sua formação é continuada, pois sempre vai ter coisas novas para aprender e melhorar sua prática pedagógica.

Francisco Costa _ Pedagogo – Umarizal – RN

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Referências Bibliográficas

DEMO, Pedro. ABC – Iniciação a Competência Reconstrutiva do Professor básico, . 2 ed. Campinas –SP: Papirus. 2000.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor, Adeus Professora? Novas exigências educacionais e Profissão docente. 5 Ed. São Paulo: Cortez. 1998.

NÓVOA, Antonio et AL. Profissão Professor. Ed. Porto editora LTDA – Portugal, 1995.
Autor: Francisco Costa


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