BALA PERDIDA



Na realidade quem está perdido não é a “bala”, e sim, nós. Gabriel, o Pensador faz de sua música um meio de expor suas idéias e ideais críticos em relação à condição da sociedade quanto à violência. Quando Gabriel escreveu essa música, foi diretamente à fonte, percebe-se, que a realidade da sociedade é mesmo essa, que um trabalhador tendo que deixar sua familia, para prover o seu sustento, realmente não se sabe, ao final do dia como vai ser seu regresso, apesar de tudo, “quem tá na chuva é pra se molhar e quem brinca com o fogo pode se queimar”, conforme diz o texto da música. Em sua música “Bala Pedida”, ele, aborda o terror instalado na cabeça dos moradores das grandes cidades com a violência. Sua intensão é escalarecer para a sociedade, que estamos dentro de um sistema falido, onde nem mesmo o próprio governo não tem controle da situação da violência, das balas perdidas. Podemos que estamos perdidos, porque nem mesmo um “carro forte” poderá resolver o problema que até mesmo a própria polícia que faz uso dos carros fortes, também são alvos dessa suposta “bala pedida”. O fato gerador dessa ocorrência, deve-se à desigualdade social que assola o nosso país, pessoas discriminadas pela sociedade lutam pela sobrevivência, o tráfico de drogas tem contribuido muito com esse evento, pois em uma disputa entre as partes dominantes e dominados, travam-se em grandes lutas e disparos de armas, que muitas das vezes perdem-se no espaço e acabam por encontrar um personagem inocente e que nem mesmo estava no local do desparo. Atribui-se, a isso o despreparo da sociedade e a falta de interesse do governo em educar, até mesmo uma maior fiscalização sobre onde estão estas armas, que provocam tão grande dissabor em nossa vida. Quando planejamos nosso futuro não temos essa “Bala Pedida” em nosso planos, e derrepente acontece o inesperado, que acaba com toda uma perspectiva de vida. Gabriel, tenta conscientizar os sistemas políticos em sua critica, para uma construção de um ideal de vida saudável e sem medo da morte violenta, pois todos nós temos o direito à vida, independentemente da situação em que se encontra o país, os governantes, as ongs, que em meio aos seus interesses polítcos, não estão fazendo o que precisa para controlar essa situação. A corrupção está cegando os nossos governantes, que por sua vez, também não estão isentos desa “bala perdida”. Portanto observamos, na realidade quem está perdido, não é a “bala” e sim somos nós.
Autor: MARCIO MENDES


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