REVOLUÇÕES NA AMÉRICA LATINA: MEXICANA, BOLIVIANA, SANDINISTA



(Héctor H. Bruit)

Dhiogo José Caetano

Graduando da UEG-Universidade Estadual de Goiás

Palavras-Chave: Capital, Liberdade, Política, América, Conflitos, Classes, Nacionalidade e Desenvolvimento.

A partir da análise do texto de Hector H. Brote, podemos notar o restabelecimento da constituição de 1857; o novo governante foi bem recebido pelos grandes proprietários, pelas indústrias e comerciantes.

A ditadura conseguiu de fato dar ao país um vigoroso impulso na direção do desenvolvimento capitalista; em outros pontos notamos que os custos sociais e políticos deste crescimento foram dolorosos; pois a implantação de estradas de ferro e as leis da colonização e outros fatores, levaram a desapropriação de muitos hectares de terras, deixando muitos camponeses desempregados. As condições de vida eram muito difíceis, sendo visto em meio ao desenvolvimento, a falta de oportunidade de trabalho, a opressão e a ausência de liberdade de expressão.

O regime político autoritário e o centralismo do capitalismo acelerado criaram injustiças e tensões; como a busca da terra e de um salário melhor, surgindo lideres de influência liberal, e como os moderismo, que afirmava que a ditadura só poderia ser derrubada com armas, neste momento a insurreição armada já estava em marcha em varias regiões do México, Plan de San Luis marcou como data para á insurreição nacional, o dia 20 de novembro de 1010.

A moderação política e reformista dos moderados levou ao desastre, pressionados pelos grandes proprietários de terras de morelos conseguiram convencer Zapata a dissolver o exército revolucionário, os camponeses deixaram de acreditar nas intenções do presidente. Insistentemente atribuindo ao movimento zapatista um caráter localista, conservador e até reacionários por reivindicar um direito comunitário pré-hispânico. O zapatismo desencadeia a revolução entre as massas camponesas, colocando a razão de sua rebelião, em termo de luta de classe.

Em meio ao processo, a duas tendências políticas, duas forças antagônicas, ou seja, o liberal-burguese e a resolução popular. Não ocorrendo em meio a sua formação diferenças, pois ambas promovia o desenvolvimento capitalista e defendia o município ou povoados, pois a autonomia seria a única forma de garantindo aos seus habitantes o direito a terra.

Vilhitas e zapatistas tinham pontos a seu favor, pois dominavam o centro dos países, sendo capaz de enviar tropas para qualquer ponto do México, em virtude de tal controle, que eles dominavam; ficando claro que os zapatistas tinham, grande influencia promovendo os movimentos e manifestações, cujo interesse voltava-se as "questões agrária" e a "questões operaria", "reforma sociais, administrativa e política".

Com relação a questões operarias o programa estabeleceu um sistema educacional, leis sobre acidentes de trabalho, pensões para aposentados e etc. A convenção lesgilou também sobre a educação nacional, a universidades, monopólio estrangeiros, a mineração, exploração e outros.

Assim notamos que o ideal revolucionário camponês não morreu nos campos de batalhas, aqueles ideais do produto da luta de classes, envolvendo sempre a burguesia mexicana, prevalecendo com objetivo de levar, não o radicalismo revolucionário, porém visando transformações da sociedade.

Portanto os objetivos, buscado era uma sociedade igualitária, um estado organizado em relações a economia, política e social. Mas podemos concluir que os choques entre os grupos, desenvolveram um sentimento de rivalidade e oposição entre os defensores e lideres do México. Porém olhando por outro lado, os abalos, provocados pelo movimento zapatista e outros, favoreceu para constituir as reformas sociais, que se incorporava no estado; que trás hoje marcas indeléveis de um confronto direto de classes diferentes, mas com interesse de defender os seus objetivos; criando simbolicamente um "estado revolucionário".

Devemos observa o drama vivido pela Bolívia, que é o mesmo em relação aos outros continentes; por que a história desse país sintetiza a angústia político-social da América latina. Em meio seus diversos planos, os quais deram as mãos as forças e as diversidades, de rebeldias e inconformismos, uma luta pela vida e pelo nacionalismo, envolvendo a comédia e a tragédia.

Na realidade, a revolução boliviana de 1952 havia se iniciado muito tempo antes, provavelmente nas entranhas da Guerra do Chaco.

A guerra contra o Paraguai pela conquista dos territórios do Chaco deixou uma frustração gigantesca; a pátria boliviana foi uma vez mais terrivelmente humilhada. Os intelectuais deram, então inicio a uma campanha de crítica radical de todos os aspectos da vida boliviana; da terra e do índio, das minas, dos trabalhadores e da miséria social; dos grandes monopólios, dos barões, dos estranhos: Pautiño, Aramay e Rotschild, do analfabetismo, do racismo ao qual se atribuía á derrota do Chaco.

A dolorosa derrota despertou o fogo ardente do nacionalismo. Um nacionalismo caleidoscópio, que refletia as ideologias política em voga.

O eterno Fígaro aparecia nos ensaios histórico-sociológicos, nos artigos de jornais, na literatura romanesca e o centro da critica era a carcomida oligárquica de capitalistas mineiros, latifundiários, generais e burocratas.

Na década de 40, já encontraram em cena os principais atores do drama revolucionários; lideres de partido e lojas secretas. O partido da esquerda revolucionaria (PER), de tendência stalinista, nasceu no ano de 1940, e em seu dez anos seguintes, se manteve como governo e oposição, conseguindo, a pesar da miopia de seus dirigentes, aglutinarem os setores trabalhistas urbano, criado junto aos mineiros.

O Movimento Nacional Revolucionário (MNR) foi fundado em 1941 por independentes que haviam participado da guerra. O partido se dizia independente, sem qualquer ligação com comunistas, socialistas ou com a direita tradicional. O nacionalismo do MNR expressa os interesses da pequena burguesia, asfixiada pela oligarquia estrangeira e pelo capital estrangeiro e seu apelo de revolução nacional não estava isenta da influência fascista.

Do ponto de vista classista, os integrantes históricos do MNR pertenciam á pequena burguesia. Eram pessoas de classe média, profissionais liberais, intelectuais de um modo ou de outro; pelo trabalho ou por laços de parentesco ligados á costa governante.

Tal revolução iniciou de fato em 1943, os aliados deram então, com êxito um golpe de Estado e colocaram na presidência o major Gualberto Villarroel e três ministros do MNR. O estrategista do partido, sob a influência de seu maior teórico, Carlos Montenegro, não se limita na simples coincidência de terminar seu livro nacionalista.

O novo governo instalado em 1943 defrontou se com uma serie de levantes sociais, greves, assassinatos políticos. Os inimigos estavam na esquerda e na direita: a rosca se reorganizou em nome do partido republicano.

Em quanto o PIR conseguia controlar politicamente o movimento estudantil, o MNR tenha grande influência sobre a recém-formada Federação Sindical dos trabalhadores mineiros.

A repressão aos militares da Rapeta, do MNR e da Federação Sindical foi feroz, culminando com a matança de mineiros de Catavi em 1997. OS mineiros de Milluni entraram em Lapaz aos gritos de "proletários unidos" lançando bombas de dinamite sobre o que restava do exército.

No vale de Coclabamba, na região do Titica, surgiram poderosas organizações camponesas, dirigidas pelos chefes indígenas. Luis Quevedo e Antonio Mamoni Alvarez, que se mantiveram independentes do governo e dos dirigentes operários. Os regimes revolucionários do MNR presidiam por paz extensora, defrontando-se com dois movimentos populares armados, sem poder controlar nem um nem o outro; o operário e o camponês.

Mas podemos notar que o MNR triunfou politicamente e assumiu as glórias de um movimento. O que os políticos não sabem ou talvez não queiram saber; é que raiz de desenvolvimento deformava e distorcia a política social. Assim fica claro que a história boliviana até nossos dias constitui a prova irrefutável das conseqüências de uma insurreição interrompida.

Héctor também nós mostra que a revolução de Cuba é formada por conflitos como foi citadas ao logo do texto; mas em Cuba os motivos se relacionam com o estado socialista de operários, camponeses e demais trabalhadores e intelectuais; ocorrendo a participação dos populares nas discussões, onde se realiza eleições para a escolha dos representantes populares nas assembléias municipais e provinciais.

Em Cuba existem 169 municípios e os representantes das assembléias se elegeram, com relação da proporção em número de habitantes de cada município. Cuba, no entanto esta dividida em catorze províncias e cada um delas tem sua assembléia se constituem a células políticas de base de toda a estrutura política cubana.

Mas vamos falar um pouco sobre Nicarágua, que possui 2.300.000 habitantes e 132.000 km, América Central onde a história se renova. Em Nicarágua podemos notar os diversos problemas com relação a trabalho, o numero de analfabetos e a dificuldade de sobreviver, pois o país se classifica em uma taxa de mortalidade baixa, pessoas que não encontra muitos recursos, vivendo da agricultura, ou seja, do cultivo do solo. Uma terra de enorme miséria, subnutrição e falta total de higiene.

Por incrível que pareça, durante muitos anos Nicarágua foi sinônimo de sonoza e vice-versa, uma ditadura sangrenta que se pendurou por muitos tempos, Nicarágua podia-se dizer literalmente, que se tratava de um fundo familiar sonaza, que para defender seus interesses contava coma a guarda nacional, exercito e política, que se aliava também ao imperialismo militar ianque na América Central.

Mas a partir da década 50, Nicarágua começou a experimentar uma luta transformação em sua estrutura econômico-sociais. Com introdução do cultivo do algodão renovando a tradicional agricultura anteriormente citada; teve então inicio ao desenvolvimento industrial ligada principalmente ao setor agropecuário, com a produção de adubos e herbicidas e outros.

Ocorrendo a exportação e os investimentos público e privado, este desenvolvimento econômico acabou ampliando as desigualdades sociais.

A burguesia acomodada ao regime somozista começou a se modificar, a partir da década de sessenta, em consequência do desenvolvimento econômico, pois descontente com a manipulação do dinheiro publico por parte da família Somoza, sentia-se ameaçado. Esse setor compreendeu que seria necessário modernizar o sistema político, separar a função do estado dos interesses familiares e acabar com o bandoleirismo do estado.

A crise política iniciou em 1972 com uma oposição cada vez mais acentuada da burguesia, da classe média, dos operários e dos camponeses permitiu a guerra revolucionária. Entretanto a burguesia se organizava politicamente buscando uma alternada ao governo de Somoza e á luta armada.

A UDEL era integrada pelos partidos social-cristão, liberal socialista e pelas entidades, Ação Nacional Conservadora, movimento constitucional, mobilização nacional, confederação geral do trabalho e confederação nacional dos trabalhos e confederação nacional dos trabalhadores. Tratando de uma "frente popular" liberal da pela burguesia que exigia respeito para as liberdades políticas, sindicais, de imprensa, o fim da repressão e a anistia, para os presos, políticos e exilados.

A mobilização da população civil favoreceu a ação da frente sandinista de libertação nacional. A frente sandinista foi fundada em 1961, sob influência da revolução cubana, por jovens intelectuais de formação marxista.

Diferentemente de Cuba, a transição na Nicarágua baseia em uma aliança política entre os sandinistas e a burguesia anti-somozista, que afirma que é necessário ante de mais nada a reconstrução econômica do país e para isso se exige o esforço de todas as classes, essa aliança, redunda em conflitos, não só devido a programas políticos diferentes, mas também á realidade dos países que enfrenta uma situação de guerra articulada e financiada pelos Estados Unidos.

A tudo isso se soma o fato de uma parte considerável de esforço produtivo do país e consumido na defesa militar; que vive na contra oposição, sendo esquerdismo democrático de origem européia que por falta de experiência revolucionaria ou pela frustração de não podido fazer alguma revolução, considerada possível realizar uma revolução democrática "na América Latina'".


Autor: DHIOGO JOSÉ CAETANO


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