AZUL LINHAS AÉREAS - UM EXEMPLO DE COMO TRATAR MAL O CLIENTE



Recentemente tive a ingrata experiência de viajar na "ponte aérea" Rio/São Paulo pela Azul Linhas Aéreas. Embora o serviço seja apenas até o Aeroporto de Campinas, o restante do trecho é feito através de ônibus até a cidade de São Paulo. Mesmo assim decidi experimentar, afinal a propaganda prometia que esta empresa desbancaria as demais concorrentes em serviços "low cost/low fare". Na ida tudo ocorreu dentro do esperado, a novidade é que ao comprar o bilhete um pouco antes do embarque, o preço era bastante atraente, principalmente para quem compra passagem de última hora, como era o meu caso. O problema começou na volta, onde a empresa não apresentou a menor consideração por mim ao ter enfrentado um trânsito infernal de carro entre o centro de São Paulo e o aeroporto de Viracopos desde as 18:00h , chegando somente as 20:40h para embarcar num vôo que sairia às 21:00h, o ultimo daquele dia. Correndo feito um louco dentro daquele aeroporto consegui achar o check-in, entretanto o atendente sem o mínimo interesse me disse que infelizmente o embarque já havia sido encerrado. Era o último vôo do dia, não levaria nem dois minutos para eu embarcar, mas o funcionário não deu a mínima para a minha situação. Naquele momento fiquei numa situação terrível porque não havia nenhuma possibilidade de pernoitar ali, no meio do nada. Havia vindo de carona e para completar a pessoa que me trouxera já havia ido embora, estávamos certo que mesmo em cima da hora, daria tempo de embarcar.

As empresas que voam na ponte aérea via de regra, sabe que quem utiliza este serviço sempre enfrenta problema de trânsito vindo de suas atividades profissionais, principalmente em horários de pico, portanto embarcam passageiros até o último minuto, exceto se tiver que despachar bagagem, o que não era o meu caso. Mas essa companhia não estava nem aí para isso, avião no pátio, passageiro no balcão e a companhia não se esforçou nem um pingo para resolver meu problema, eu que me virasse.

Não havendo nada mais a fazer me restou apenas ver o avião partir, retornei para São Paulo, fui até o Terminal Rodoviário do Tietê e tomei um ônibus de volta para casa, graças que ainda existia essa alternativa.

No final de tudo somei os prejuízos: dois pedágios que paguei ao meu amigo da corona, R$ 6,80 cada, o taxi do aeroporto de Viracopos à Rodoviária de Campinas R$ 25,00, uma passagem de ônibus Capinas – São Paulo na ordem de R$ 19,50, uma passagem de ônibus leito São Paulo – Rio R$ 100,00.

A passagem aérea ida e volta pela Azul custou R$ 408,84 pagos no meu cartão de crédito, ao solicitar reembolso do trecho de volta a empresa informou que me reembolsaria apenas em R$ 51,20 dos R$ 204,42 que paguei, ou seja, a diferença era relativa a multas e taxas como uma espécie de punição por não ter voado, aumentando o meu prejuízo em R$ 153,22 de multas e taxas de "no show" e cancelamento da reserva. Total do prejuízo? Somando tudo deu R$ 311,32. Sei que você deve estar se perguntando quanto custava naquele dia um bilhete na ponte aérea de Congonhas / Santos Dumont.  Se fosse pela TAM, para viajar no dia13/08/2009, R$ 239,00, consulta feita nesta data as 11:24h no site da companhia. Agora sei por que temos a impressão que as grandes companhias aéreas brasileiras "parecem" cobrar caro. Na verdade não é, o que acontece é que a velha frase não pode ser esquecida, "o barato sai caro".

Minha impressão é que a Azul é uma companhia americana disfarçada de empresa nacional que aos poucos tenta implementar os maus costumes e exemplos nefastos da terra do Tio Sun. Não são raros os depoimentos de amigos que relataram maus tratos sofridos por companhias americanas. Um deles relatou que o vôo que o levaria de uma pequena cidade da Califórnia até o Rio com paradas em Los Angeles e Miami atrasou no seu primeiro trecho, e é lógico que daí para frente tudo ficou fora do horário. Preocupado com sua conexão em Miami para o Rio, informou o fato à companhia aérea que garantiu que nada ia acontecer. Ao chegar a Miami, logicamente havia perdido a conexão, outro vôo haveria somente no dia seguinte e a companhia o largou no aeroporto obrigando-o pagar taxas de remarcação e "no show" além dele ter que se virar por lá para passar a noite por conta própria. É lógico que ele pediu que a empresa arcasse com todas essas despesas, mesmo assim a companhia americana nem deu bola para sua reivindicação.

Portanto, ainda que achemos que Gol e TAM sejam companhias ruins, é muito melhor voar nelas do que utilizar serviços de quem não respeita o cliente. Não tenho a pretensão aqui de ser o dono da verdade, minha intenção é de apenas relatar um fato que qualquer um  pode se envolver a qualquer momento, e se as propagandas vendem toda hora  imagens de empresas perfeitas, é importante utilizarmos estes espaços para contar os fatos que os comerciais de televisão não mostram.


Autor: André Wandemberg


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