Mitos E Crenças Sobre O Aleitamento Materno



O Brasil guarda uma imensa diversidade geográfica, onde coexistem crenças e mitos, que são parte da herança sócio cultural em que cada agrupamento humano assimila conhecimentos empíricos repassados de geração a geração.
Para Carvalho (2005) o mito é sempre a narrativa de uma criação, conta nos algo que não existia. A representação destes fatos pode ser exagerada ou simplesmente ser uma invenção do criador.
Segundo Ferreira (1988), a crença é uma convicção adotada com fé, elaborada ou aceita por grupos humanos e que representa significativo papel em seu comportamento. Muitos conceitos são introduzidos e as vezes determinam negativamente a maneira de vivência da comunidade.
Neste enfoque identifica-se que a prática do aleitamento materno é fortemente influenciada pela cultura pré existente, pois as crenças têm um papel importante na determinação do comportamento e ajustamento emocional à vida.
Para Kyes e Hofling (1980), a capacidade do profissional da saúde em lidar com essa realidade determina o sucesso da sua prática.
É de extrema importância focar nossas ações a fim de motivar as mães amamentarem seus filhos, pelo menos até os seis meses, para que a criança adquira imunidade e nutrição suficiente para proteção do bebê contra infecções e outras doenças. Por outro lado, esta prática possibilita maior contato íntimo, além de conferir ao recém nascido nutrição, proteção imunológica, aumenta os laços de afetividade.
A literatura vem evidenciando a competência dos enfermeiros, atuantes na área materno infantil e de saúde pública, em fazer uma busca ativa destas mulheres, inteirar-se de sua cultura e comportamentos, a fim de identificar os fatores, que influenciam diretamente o desmame precoce. A partir dos dados coletados devem construir programas e ações para incentivo da amamentação
Na assistência à saúde, a atuação profissional deve focalizar o atendimento ao indivíduo, na sua tradição cultural, hábitos, crenças e tabus, valorizando a troca de saberes.
Assim sendo foi delimitado para este estudo, o conhecimento dos principais mitos e crenças de mães, residentes no bairro Caieiras, Vespasiano, Minas Gerais, a fim de ampliar o nosso saber e exercitar a interlocução entre o conhecimento empírico e o científico, como forma de respeitar o conhecimento do outro, antes de impor-lhe normas e condutas.

Autor: Caroline Toledo


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