A Mulher Subliminar



Manter relações difíceis é vivenciar problemas variados. Parceira que não tem a humildade de discutir os acontecimentos, que forja verdades e que se ancora em manhas e manias para justificar comportamentos de não compromisso, de não envolvimento e de não reconhecimento dos sentimentos pessoais e dos outros, muitas vezes incorrendo na mentira patológica ou na mitomania, é o fim.

Esse é um tipo muito peculiar de mulher, que exige caminhões de paciência, e muita, muita disposição para suportar os ataques à nossa inteligência. Ela é a mulher subliminar.

Trata-se de um tipo perigosíssimo. Ela é ardilosa, cria situações, arma ciladas e não está nem aí para o que você pensa, sente, deseja, necessita e propõe. Na verdade, ela se lixa para o que acontece com você.

Ela sempre chega devagar, vai abrindo espaços aos poucos e articula bem a aproximação e o distanciamento. Estando do jeito dela, beleza! As coisas atendendo ao egoísmo dela, fazendo valer os interesses, desejos, caprichos, teses, tempos e idéias dela, tudo bem. Se você denuncia, pode arrumar uma encrenca daquelas!

A ambivalência, a dubiedade, os segredos, o nunca se revelar, o não ser sincera e a inautenticidade são suas moradas. Você nunca sabe o que realmente ela pensa, sente e porque age assim ou assado.

Ela adora joguinhos comportamentais, desmentidas, enfrentamentos verbais, aparentemente lógicos, mas que no fundo são criações dela para te enganar, magoar, pisar e te fazer sofrer.

Suas estratégias são as mais variadas: vão de mentirinhas inocentes a choros compulsivos, mas todos calculadamente pensados e perpetrados para fazer você acreditar que ela é uma santa, que você é que está errado.

Será isso uma arte ou um desvio? Um esquema de defesa ou um problema de caráter? Dificuldade de ser o que é ou falta de empatia? Doença ou sadismo?

Como lidar com uma pessoa assim? Fazer o mesmo contra ela? Tentar mostrar que você está sendo afetado, magoado e ferido pelo comportamento dela?

Penso que conversar e tentar chamar para a realidade é uma boa saída, mas isso não é garantia de que as coisas melhorem. O que não pode acontecer é você cair na dela ou retribuir na mesma medida. Se fizer isso, então a vitória é dela, que o levou para o pântano infernal dos jogos teatralizados de comportamentos que não são expressão de nosso ser. Fazer o mesmo é ser inautêntico. É descer ao nível dela. É ser vencido pelo que de pior pode haver num ser humano que vivência uma relação de afeto.

A aposta aqui é a seguinte: se você conseguir mostrar para ela o quão valioso é o sentimento que está em jogo, talvez ela passe a reconhecer esse valor e a perceber que em uma história como essa ela é a maior perdedora.

Talvez ela descubra que o bom e o bem não é viver como ator aquelas circunstâncias em que a vida pede de nós aquilo que nós somos e que o que dá sentido existencial é nada mais nada menos do que amar por amor.

Se você não conseguir isso, na terceira vez, dê por encerradas as suas tentativas. Afinal, onde está seu autovalor? Se você não se valoriza, ninguém no mundo o fará em seu lugar. E, além do mais, se você não se amar primeiro, nenhuma mulher poderá amar você.

Essa é uma verdade que a vida me ensinou: para desenvolver-se como pessoa, precisamos amar, mas só é possível amar a mulher que ama a si mesma.

O resto... bem, o resto entra na conta daquelas coisas que não valem a pena.

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* Inspirado no texto “Homem subliminar”, disponível na internet.
Autor: Wilson Correia


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