Avaliação




AVALIAÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: O significado da avaliação no ensino.




FÁTIMA SANTANA SANTOS ¹



¹-Graduanda do curso de Pedagogia






Resumo

O objetivo do presente artigo é informar acadêmicos e estudantes sobre o sentido da avaliação escolar. Será analisada a importância de se aplicar uma prova no processo de ensino – aprendizagem do aluno dentro do contexto escolar, visualizando até que influência no comportamento dos educandos quando o professor fala que aplicará uma prova.

Palavras-Chave: Avaliação, Professor, Aluno, Aprendizagem




Introdução


Reportando ao passado e pensando no presente a avaliação sempre fez parte do processo educacional. O processo avaliativo envolve toda a comunidade escolar, ao longo dos anos esse processo foi apenas visto como sinônimo de prova, mas a mesma segundo o livro Ser professor é cuidar que o aluno aprenda o autor diz que a mesma não avalia apenas tem um caráter memorizador, coercivo e classificatório (Demo, 2004).
Mas qual será o verdadeiro significado da avaliação? Como ressignificá-la entre os docentes? Será que a escola esta preparada para uma nova proposta de avaliação? Essa e tantas outras questões surgem no ambiente escolar cuja finalidade principal é cuidar que o aluno aprenda (Demo, 2004).
Baseado nisto o presente artigo tem por finalidade desmistificar que a avaliação tem apenas um sentido de aprovar ou reprovar o aluno, mostrando uma nova proposta, ressignificando o conceito de avaliação, para quer num futuro bem próximo, a reprovação não faça parte da vida de daqueles que vêem na escola a única oportunidade de se tornarem cidadãos, autônomos e conscientes do seu papel, frente a tantas injustiças sociais que existem em nosso país, mas para tanto é necessário que os educadores quebrem os velhos paradigmas que sobrevivem no sistema escolar. Avaliar sim faz parte do processo, mas avaliar para promover.

2. A Avaliação

Mas o que significa avaliar? No livro avaliação da aprendizagem o autor diz: “Significa diagnosticar e intervir, o que quer dizer praticar a investigação sobre o que esta acontecendo, tendo em vista proceder intervenções adequadas, sempre para a melhoria dos resultados (Luckesi, 2005, p.8)
Essa deveria ser a proposta da avaliação diagnosticar, investigar os pontos fortes e fracos dos alunos e a partir daí intervir, mas não é assim que tem acontecido o professor.
ver esse momento como o acerto de contas com seu aluno. (Moreto, 2002)
Sabemos que esse modelo que o processo avaliativo esta relacionado com o processo de ensino, o modelo tradicional entendia o processo de ensinar através da memorização e mecanização o educando repete exatamente aquilo que o professor deseja baseada numa epistemologia empirista onde o aluno é vazio como uma tabula rasa, uma folha de papel em branco, no mundo atual esse modelo não se adequa, pois mediante a tantas informações surgem variadas respostas e o professor precisa estar atento tudo isso, cabendo ao professor saber perguntar, saber ouvir, entender porque o aluno deu aquela resposta, no livro Prova um momento privilegiado de estudo não um acero de contas o autor diz: “ Cabe, sim ao professor competente, utilizar diversos instrumentos de avaliação da aprendizagem para poder julgar sobre a possível competência do aluno numa situação especifica”. (Moreto, 2002, p.29).
Sabemos que a maneira que o professor ensina reflete na aprendizagem desse aluno e para que o resultado aconteça de uma forma positiva, o professor não pode ter uma visão homogênea dos seus alunos, ele precisa entender que os alunos trazem conhecimentos prévios que devem ser oportunizados para tanto é imprescindível desenvolver as habilidades e competências desses alunos, o professor não deve se deter as limitações que esse aluno venha a ter pelo contrario deve ver nelas a oportunidade de propor desafios para os mesmos, mas para tanto é de fundamental importância conhecê-lo em todos os seus aspectos.
O objetivo da escola não deveria ser simplesmente dar notas pouco se importando se houve ou não aprendizagem “... praticamos exames e não avaliação da aprendizagem. Usualmente, não diagnosticamos nossos educados para subsidiar uma intervenção adequada; ao contrario, classificamo-los, tendo em vista aprová-los ou reprová-los. (Luckesi, 2003, p.19). O que tem acontecido no ambiente escolar é que o professor ensina para dar nota, promovendo uma “avaliação” classificatória, seletiva que promove os que sabem mais, e retém aqueles que precisam aprender a sociedade já vêm fazendo isso ao longo dos anos, provendo aqueles que têm condições, aqueles que tiveram mais oportunidades. ”Reforçam, igualmente, a visão elitista, discriminando desde o inicio,os que são privilegiados e ingressam na escola já com muitos saberes e experiências, dos que necessitariam da escola para lhe proporcionar tais vivencias oferecer-lhes tais oportunidades que a vida lhes possibilita”. (Hoffmann, 2005 p.42). Os professores devem ter o cuidado de não privilegiarem os privilegiados, eles não podem anular os alunos que necessitam de ajuda e auxilio.
O professor precisa trilhar o caminho da aprendizagem junto com seus alunos não cabe, mas utilizar a avaliação como um regime autoritário pois quando ele compreende que o caminho pode ser trilhado numa relação de troca, ele não necessita de uma nota para saber se o seu aluno aprendeu ou não, pois sua avaliação é constante e o progresso do aluno ele vê dia após dia, pois sabemos que avaliação tem um sentido amplo, envolvendo vários fatores preliminares para se chegar ao objetivo, a avaliação da aprendizagem, é amorosa , inclusiva, dinâmica e construtiva ( Luckesi, 2005)




REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS


DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Editora Mediação, 2004.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora. Porto Alegre: Editora Mediação, 2005.
WERNECK, Hamilton. Se a boa escola é que reprova, o bom hospital é o que mata. Rio de Janeiro: Editora DP&A, 2000.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola: relaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2005.
MORETO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo-não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.










Autor: Fátima Santana Santos


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