Sucessão Familiar



Em economias avançadas tanto quanto em mercados emergentes, inúmeras empresas iniciaram-se como negócios familiares.  Desde o início, guiadas pelo espírito empreendedor de seus fundadores, algumas se tornaram grandes potências econômicas.

Sorte, visão ou  oportunismo, cada qual tem  uma receita para o sucesso, entretanto, a maioria vencedora, em algum momento de sua trajetória, teve o discernimento e a precaução de profissionalizar-se, preocupando-se com a própria sucessão e a continuidade dos negócios.

Para essas empresas que sobreviveram às crises, a chave do sucesso foi um senso de governança representado pelo comprometimento com os valores transmitidos através das gerações e um amplo conhecimento sobre o sentido da palavra “propriedade” .  Em verdade, a propriedade de um negócio pode tanto representar para uma família a deterioração dos relacionamentos afetivos, quando mal administrado por seus gestores, tanto quanto pode propiciar grandes retornos, se bem planejado.

 

A pergunta que podemos nos formular é : Em que momento da história da empresa devemos pensar na profissionalização, sem que isto se torne um tabu?

 

O nascimento  de uma empresa, é caracterizado pela batalha em utilizar a capacidade de inovação para conquistar seu mercado e entender as necessidades de seus futuros clientes.

 

Vencida está primeira batalha, o segundo estágio de amadurecimento envolve um foco mais acentuado no aumento da produção, recrutamento de novos colaboradores, pesquisa e desenvolvimento, para constituir uma marca forte no mercado. A luta pela sobrevivência é materializada por uma mudança organizacional e na forma de competir.

 

Nesse momento, a empresa entra num ciclo de crescimento e sucesso, com uma relativa estabilidade financeira e a consolidação de seus esforços de conquista de mercado. Entretanto, há um nível de exigência muito alto para sustentar este crescimento, e sem um  processo de profissionalização intenso, a empresa pode cair na armadilha de imaginar que o status alcançado por si só se perpetua.

 

Este é o momento para se pensar na profissionalização da empresa.

 

A profissionalização implica em se adotar práticas administrativas mais racionais e menos personalizadas; é o processo de integração de novos gestores profissionais identificados com uma cultura empresarial; é o momento de se refletir sobre o papel dos acionistas e de seus sucessores, e de se admitir a necessidade de ter uma intervenção externa através de um consultor que oriente esta mudança.

 

O papel do consultor ou consultoria nesta mudança é fundamental para o êxito da profissionalização. Para tanto, quem pretende mudar uma organização deve procurar conhecê-la, descobrir sua identidade, sua cultura e seus valores, sem procurar impor modelos pré-concebidos.

 

Este processo tem como aspectos fundamentais:

 

§         descentralização dos poderes;

§         gestores profissionais selecionados no mercado com vivência e perfil para enfrentar desafios;

§         formalização de instrumentos de gestão;

§         planejamento estratégico e visão de longo prazo;

§         controles e instrumentos de governança;

§         estrutura organizacional compatível com a operação.

 

Conciliar os interesses individuais com o coletivo é o desafio que se apresenta nos processos de profissionalização e de sucessão.

A consultoria possui metodologia e técnica para conduzir esse processo de maneira imparcial, com o objetivo de garantir a continuidade do negócio, tanto para a atual como para as futuras gerações.

 

Edison Cunha

Sócio-Diretor

ecunha Consultoria Empresarial

www.ecunha.com.br


Autor: Edison Cunha


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