4 poemas



Esse teu ar


Esse teu ar incógnito de mel

mela-me a boca e deixa-me salivar inspiração

a pulsação acelera ao ritmo das tuas poucas mas escutadas palavras

sangue quente que deixa-me mergulhado na tua nascente.



Docinhos


Levo-te docinhos à boca

por instantes sinto-me bloqueado na tua corrente de satisfação

partilho vidros quebradiços de contemplação e esperança

não é verde mas todas as cores da imaginação do momento.



Soro


Folhas soltas no caderno em branco

branco é o cavalo que sustenta o peso da esperança escrita

é visível a integridade mas não a confiança

confidencia-me o teu soro da verdade.



Pela manhã


Cru é o sal da manhã

rios que atravessam as metas óbvias da vida em sociedade

transformo-me em papel de lustro colorido

tento passar despercebido na maré.



Autor: Lucio Luz


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