Efeitos da Eletricidade sobre o Ser Humano e sobre o Câncer e Eletroterapia



Cynelle Olívia de Souza

TERMOS E DEFINIÇÕES EM ELETRICIDADE

Corrente elétrica

A corrente elétrica representa a quantidade de cargas elétricas por unidade de tempo. Matematicamente, ela pode ser definida pela fórmula:

i = ▲Qsendo que i representa a corrente elétrica, em ampéres (A);

▲tQ, a variação da quantidade de carga elétrica, em Coulomb (C);

t, a variação do tempo, em segundos (s)

▲Q pode ser calculado pela fórmula:

▲Q = n . e

Sendo que n é o número de prótons e elétrons, e e é o valor constante de de um próton e para um elétron.

A corrente elétrica é o que de fato percorre a pele e por ela penetra a tecidos mais profundos, quando entre os eletrodos há uma diferença de potencial – ddp, também conhecida como voltagem ou tensão.

Quando a corrente elétrica ocorre de forma contínua, sem variação na tensão, sem freqüência ou em forma de pulso, ela é denominada corrente contínua. Um dos eletrodos será sempre negativo, e o outro positivo. A corrente elétrica fluirá do eletrodo (ou pólo) positivo, também chamado de cátodo, ao negativo, denominado ânodo.

Não há, neste caso, a formas de onda, pois não há variação na corrente elétrica.

Quando a corrente elétrica ocorre de forma interrupta, de um eletrodo a outro, de forma que o sentido continue o mesmo (ou seja, que não ocorra inversão da polaridade dos eletrodos), a corrente é chamada de contínua – pulsátil.

Todavia, quando há a inversão da polaridade, com a formação do semiciclo negativo, a corrente é denominada alternada. A corrente flui partindo de um lado, e em seguida, do outro, como em um "movimento de vaivém".

Voltagem ou tensão

A voltagem ou tensão é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos, ou eletrodos. É a diferença necessária para que ocorra a movimentação de cargas elétricas em um meio; sem esta, não haveria corrente elétrica, e nem a dissociação iônica caso o meio seja iônico e a corrente contínua. A dissociação iônica acontece quando é aplicada uma diferença de potencial sobre um meio que contém compostos formados por pela associação entre ânions e cátions, como o NaCl.

A relação entre voltagem e corrente elétrica é diretamente proporcional; ou seja, se o valor de um aumenta, a do outro também é elevado proporcionalmente, como pode ser demonstração pela equação:

U= r.iSendo que:

U representa a tensão;

r, a resistência elétrica;

i, a corrente elétrica

A voltagem, a grosso modo, poderia ser entendida como uma "força", um "empurrão" dado a elétrons ou íons, fazendo com que a corrente elétrica flua do pólo positivo – que "empurra" a carga - ao negativo – que "recebe" a carga.

Potência

A potência pode genericamente ser entendida, em aplicações biológicas, como a quantidade de cargas elétricas que podem ser movimentadas em um segundo (lembre-se que corrente elétrica é igual à quantidade de cargas elétricas - ▲Q - que se movimentam por unidade de tempo em segundos - ▲t -, o que pode ser representado pela fórmula i = ▲Q ) junto a determinada voltagem.

▲t

Ela representa a capacidade de a energia elétrica produzir trabalho. No caso da eletroterapia, a potência é de suma importância, pois ela é o que de fato determina a produção de calor. Ou seja, a tensão ou a corrente elétrica isoladamente é insuficiente como parâmetro que determina o efeito biológico da eletricidade. Ambos devem estar relacionados, de forma a determinar a potência, para que ocorra o efeito, como por exemplo a produção de calor ou analgesia.

Quando uma baixa voltagem é aplicada à pele, mesmo a corrente sendo alta e a potência de valor relativamente alto para sistemas biológicos, a tendência é de não ocorrer queimadura. Isto ocorre porque o valor da voltagem, do "empurrão", não é suficientemente forte para fazer com que grande parte da corrente atravesse a pele até o eletrodo negativo. Então, parte da corrente é percorre a pele ao redor, entre os eletrodos, e no local é dissipado em forma de potência, mas baixa, pois com voltagem baixa, a corrente também não "ganha força" no local da aplicação do eletrodo para atingir tecidos mais profundos.

Efeito Joule: o efeito joule é a dissipação da energia elétrica em forma de calor.

Na literatura é encontrado que corrente acima de 1 mA pode acarretar em danos ao organismo. Isto depende da potência e da forma de aplicação.

Se a corrente elétrica for determinada, por exemplo, sobre a pele íntegra com resistência de 1000Ώ a partir de uma fonte com tensão de 9 V que pode até fornecer até 100 mA (miliampères), grande parte da corrente não flui através da pele para tecidos profundos, pois há potência dissipada na pele.

Conhecendo os valores de tensão e corrente, a potência neste exemplo pode ser calculada pela fórmula P = r . i²

P = r . i²

P = 1000 . (0,1)²

P = 10 W

No caso da fonte de 9 V, a potência fornecida pela mesma pode ser calculada pela fórmula:

P = U . i

P = 9 . 0,1

P = 0,9 W

Ou seja, a potência fornecida pela bateria é insuficiente para fazer com que a corrente elétrica flua através da pele para o interior do corpo.

Já uma corrente de 100 mA, fornecida por uma fonte de 220 V, poderá acarretar efeitos danosos ao organismo, pois a potência resultante é superior à corrente dissipada na pele e suficiente para causar uma corrente alta que se propague através da pele e por estruturas internas, podendo inclusive causar parada cardíaca e queimaduras na pele, devido ao efeito joule.

P = U . i

P = 220 . 0,1

P = 22 W

RESISTÊNCIA ELÉTRICA

A resistência elétrica é um obstáculo à passagem da corrente elétrica e tem seu valor em ohms, também abreviado pela letra grega Ώ. É uma dificuldade à movimentação de elétrons ou íons.

A pele humana íntegra possui um valor de resistência de 1000 a 100.000 Ώ. Quanto mais seca a pele, maior a resistência. É um alto valor se comparado às outras estruturas mais internas do organismo. Quando são colocados os eletrodos positivo e negativo sobre a superfície corporal, a primeira resistência encontrada é a pele, e é nela que grande parte da potência é dissipada em forma de calor. A resistência da pele também pode ser diminuída colocando sobre ela solução de NaCl ou géis condutores. A solução de NaCl sofre dissociação iônica e tende a facilitar a dissociação de compostos no organismo para a condução da corrente elétrica.

Cuidado importante deve ser dado para que equipamentos de maior potência não acarretem em queimaduras sobre a pele. Os equipamentos de eletrotermoterapia devem ter seus parâmetros bem estudados de acordo com os manuais e a dose máxima jamais deve ser excedida.

A pele lesionada pode apresentar menor valor de resistência, podendo chegar a 500 Ώ. Devido a este fato é que a pessoa pode "sentir" um choque elétrico de pequena potência quando ocorre o contato lesão superficial e a fonte elétrica.

A relação entre a tensão (voltagem ou ddp), corrente elétrica (i) e potência (watts ou W) é estabelecida pelas fórmulas:

U = r . i

P= U.ieP = r.i²

Sendo:

P a potência em W (watts)

U a ddp em Volts (V)

i a corrente em ampères (A)

r a resistência em ohms (Ώ)

LEI DE JOULE

O efeito Joule é o termo usado para designar o calor produzido pela passagem da corrente elétrica por um meio condutor.

A Lei de Joule relaciona variáveis da corrente com o calor produzido, através da equação:

Q= i² . r . t

Sendo:

Q o calor gerado

i a corrente elétrica

r a resistência elétrica

t o tempo em que a corrente elétrica percorreu o meio condutor

O aquecimento ocorre devido ao choque de elétrons com átomos. Este choque faz o núcleo dos átomos vibrarem, aumentando a energia cinética. O grau de agitação da molécula é chamado de temperatura.

O calor resulta do trabalho realizado para o transporte de cargas elétricas – elétrons - através do condutor durante um determinado tempo.

O trabalho necessário para a produção de calor a partir da corrente elétrica é matematicamente definida por:

W = Qq . U

Sendo:

W o trabalho elétrico em Joule - J

Qq a carga elétrica em coulomb – C

U a diferença de potencial em Volts – V

Portanto, um joule pode ser definido como o trabalho causado pela diferença de potencial para transportar uma carga elétrica – um coulomb - entre dois pontos, enfrentando a resistência do condutor.

Outra forma de escrever o trabalho elétrico:

Q = r.i².t

Em resistores elétricos, a potência dissipada pode ser calculada pela fórmula:

P = i² . rou P = Q

T

Uma das aplicações do efeito Joule é o transporte de corrente a longas distâncias, como o que ocorre pelas redes elétricas de transmissão de energia. Para uma mesma potência, a corrente pode ser menor se a voltagem for maior. Menos corrente pelos fios significa menor aquecimento devido ao efeito Joule e menos desperdício de energia (corrente elétrica) em forma de calor.

O mesmo raciocínio pode ser usado em sistemas biológicos. Para uma mesma potência segura (que não cause queimaduras), uma corrente elétrica pode ser transportada a maior profundidade quando a voltagem for maior. Este é o princípio utilizado em alguns aparelhos de Microcorrentes.

Relações importantes:

1 watts = 1 joule por segundo, ou seja

P = W

t

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A INFLUÊNCIA DOS CAMPOS MAGNÉTICO E ELÉTRICO SOBRE OS ORGANISMOS

A eletricidade e o magnetismo estão presentes no organismo. As próprias reações químicas resultam da interação de elétrons entre os átomos. E a própria atividade elétrica, como o impulso nervoso, resulta de processos biológicos, assim como o organismo é afetado pela eletricidade. O magnetismo também resulta da atividade de certas moléculas, como o citocormo, a ferredoxina e a hemoglobina, entre outras.


 

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

As ondas eletromagnéticas são formadas por um componente elétrico e um magnético. Na verdade, ela é a oscilação de um elétron dentro de um campo magnético, que ora vai para uma extremidade, ora a outra, e carrega consigo uma quantidade intrínseca de energia.

No campo eletromagnético, os campos elétrico e magnético têm pulsos perpendiculares entre si. O campo elétrico cria o campo magnético, e o campo magnético cria campo elétrico e assim sucessivamente.

Elas podem possuir variadas formas, amplitudes e comprimento de onda. A onda considerada fundamental tem a forma de senóide.

 

*Importante: uma onda eletromagnética não é a mesma coisa que corrente contínua pulsátil ou corrente alternada. A onda eletromagnética depois de emitida se propaga no ar ou no vácuo até atingir um obstáculo; as correntes contínua pulsátil e alternada precisam de uma diferença de potencial para se propagarem em um meio no qual há compostos capazes de conduzir a eletricidade. Somente em casos de grande valor de tensão ocorre a ionização do para a propagação da eletricidade de um ponto (eletrodo) a outro quando estão próximos.

As ondas eletromagnéticas podem ser ionizantes ou não - ionizantes. As ionizantes são aqueles que causam a formação de íons no meio no qual se propagam.

Exemplos de ondas eletromagnéticas ionizantes são os Raios-X; de ondas eletromagnéticas não - ionizantes são ondas de radiofreqüência.

 

A capacidade de penetração das ondas em obstáculos sólidos e organismos depende principalmente da energia contida nas ondas. Por exemplo, a faixa de microondas engloba aparelhos celulares, forno de microondas, equipamento de microondas para eletroterapia. A capacidade de penetrar tecidos biológicos humanos e intervir na atividade biológica, através do aquecimento por exemplo, depende da energia contida nas ondas.

COMPRIMENTO DE ONDA

É a distância entre dois valores repetidos de uma onda, ou seja, a distância pico – a – pico considerando uma fase positiva da onda. É representado pela letra grega lambda (λ).

O comprimento de onda pode ser calculado dividindo a velocidade de propagação da onda (em metros por segundo – m/s) pela freqüência (em hertz – hz).

λ= v

f

A velocidade de radiação eletromagnética, no vácuo, é igual à velocidade da luz. A velocidade da luz é de 300.000.000 m/s (trezentos milhões de metros por segundo) ou 300.000 km/s.

Pela fórmula e por dedução lógica, o comprimento de onda aumenta à medida em que a frequência diminui e vice – versa.

A amplitude é a diferença de potencial representada pelo semiciclo.

VARIÁVEIS EM CORRENTE CONTÍNUA PULSÁTIL E CORRENTE ALTERNADA

FREQUENCIA

Representa a quantidade de alternâncias (semiciclos) ou ciclos (duas alternâncias) de corrente por segundo.

Período

É o tempo gasto para duas alternâncias, ou semiciclos, completarem um ciclo.

TEMPO ON

É o tempo de duração do pulso dentro de um segundo. Geralmente é determinado em microssegundos, uma subunidade do segundo.

TEMPO OFF

É o tempo de interrupção do pulso durante um segundo. Geralmente é determinado em microssegundos.

As correntes contínuo – pulsátil e alternadaocorrem com especifidade de freqüência, tempo on, tempo off.

Em alguns aparelhos de eletroterapia, como o TENS (Estimulação Elétrica Transcutânea), ocorrem também o Rise e o Decay.

RISE

É o tempo de "subida" de um semiciclo, ou seja, é o tempo em que começa a fluir um semiciclo dentro de uma freqüência até a amplitude máxima do ciclo.

DECAY

É o tempo de "descida" de um semiciclo, ou seja, é o tempo em que começa a fluir um semiciclo dentro de uma freqüência até a amplitude máxima do ciclo.

FORMAS DE ONDA

As formas de onda são na verdade a forma que os pulsos elétricos assumem em freqüências específicas. A forma fundamental é a senoidal, e todas outras são consideradas variações desta.

Outras formas de onda podem ser:

Triangular

Quadrada

Retangular

Monofásica:

Geralmente formas senoidais e quadradas tornam-se monofásicas após sofrer retificação. A retificação geralmente é realizada por diodos retificadores e é comum em saída de transformadores que elevam ou reduzem determinada tensão.

Bifásica

EFEITOS BIOLÓGICOS DA ELETRICIDADE SOBRE TECIDOS VIVOS

Corrente Polarizada – Corrente Contínua

Em meio extracelular, há compostos que se dissociam quando é aplicada uma tensão entre dois pontos de forma a promover a corrente elétrica contínua. Entre estes compostos está o cloreto de sódio – NaCl. Quando submetidos a uma tensão, sofrem dissociação, sendo que os cátions (ou íons positivos) representados por Na+, são atraídos pelo pólo negativo, reagem se transformam em sódio metálico, e os ânions (ou íons negativos) Cl- migram devido à atração ao pólo positivo, onde sofrem reação e se transformam em Cl2. Também ocorre no meio extracelular a presença de sódio e cloro em suas formas iônicas, Na+ e Cl- respectivamente., envoltos por moléculas de água suficiente quando presentes de forma a promover a dissolução, pois apesar da atração eletrostática do Na+ e o Cl-, ambos são atraídos de forma mais intensa pelo dipolo da água do que entre si.

Tanto nos meios intracelular como extracelular estão presentes diversos íons e compostos.

Concentração de íons e compostos no meio extracelular:

Na+: 142 m Eq/L

K+: 4 m Eq/L

Ca++: 5 m Eq/L

Mg++: 3 m Eq/L

Cl-: 103 m Eq/L

HCO3-: 28 m Eq/L

Fosfatos: 4 m Eq/L

Glicose: 90 mg%

Aminoácidos: 30 mg%

Meio intracelular:

Na+: 10 m Eq/L

K+: 140 m Eq/L

Ca++: <1 m Eq/L

Mg++: 58 m Eq/L

Cl-: 4 m Eq/L

HCO3-: 10 m Eq/L

Fosfatos: 75 m Eq/L

Glicose: 0 a 20 mg%

Aminoácidos: 200 mg%

Com a aplicação da diferença de potencial (ddp ou tensão) ocorre a dissociação iônica do cloreto de sódio – NaCl, ou apenas a migração dos íons Na+ e Cl- já existentes e envoltos por água.

NaClNa++Cl-Cl- migra ao eletrodo positivo

Na+ migra ao pólo negativo

Ou apenas:

Migração do Na+ para o pólo negativo

Migração do Cl- para o pólo positivo

Dissociação iônica com migração dos íons nas proximidades dos eletrodos devido à passagem da corrente contínua

A corrente galvânica, por ser contínua, promove a dissociação iônica do NaCl em tecidos biológicos. A condutividade da corrente elétrica através da pele é melhorada quando entre os eletrodos e a pele é colocada solução que contém NaCl, como o soro fisiológico. Esponjas podem ser molhadas com esta solução e ser colocada em seguida sob o eletrodos.

Já algumas correntes contínuo – pulsáteis podem não promover o mesmo efeito. Ou seja, os íons, formados durante o tempo On, podem recombinar – se rapidamente durante o período de ausência da corrente ou tempo Off, e o resultado final não engloba a formação significativa de íons. Os efeitos iônicos, neste caso, passam a ser mínimos.

Exemplo deste tipo de corrente são as micro correntes utilizadas em terapia celular. Elas podem propagar-se mais profundamente devido à grande diferença de potencial (tensão), que pode chegar a centenas de volts; porém a dissociação iônica é pequena devido à propagação das micro correntes em forma pulsátil, em freqüências. Vale ressaltar que este tipo de eletroterapia emprega corrente de valores pequenos de corrente elétrica, na escala de microampères (menor que miliampères), devido também à grande tensão; caso a corrente fosse de maior valor, a potência seria maior e poderiam ocorrer efeitos danosos ao organismo, incluindo queimaduras e fibrilação cardíaca, caso o trajeto da corrente inclua a área do coração.

TEORIA DO RESTABELECIMENTO DA BIOELETRICIDADE TECIDUAL

De acordo com esta teoria, tendo como base pesquisas, o potencial elétrico das células de um tecido é alterado quando este é lesado. Uma carga positiva é formada na área, o que aumenta a diferença de potencial. Como conseqüência, as membranas ficam menos permeáveis a íons, como o potássio, e a resistência aumenta. O fluxo de íons e outras substâncias tende a percorrer vasos ao redor da lesão a evitando, o que diminui a condutância elétrica na área da ferida. A diminuição do fluxo na área lesada diminui a capacitância celular, o que causa aumento do processo inflamatório.

A aplicação de micro correntes, de forma correta, no local da lesão, pode melhorar a circulação no local, aumentando o aporte de oxigênio e de outras substâncias necessárias e também favorecendo a captação e remoção de metabólitos. Além disso, restabelece no tecido a diferença de potencial elétrico próximo ao normal devido ao reequilíbrio de eletrólitos.

Há autores que afirmam que as micro correntes, por trabalharem com correntes baixas, próximas às que ocorrem a nível celular, promovem estímulos elétricos no corpo de forma semelhante ao que ocorre no processo de recuperação de tecidos.

ELETROSMOSE

Consiste na migração das moléculas de água para o pólo positivo e carreamento da proteína, que é indispensável à cicatrização, para o pólo negativo. É por isso que ao final da sessão de eletroterapia com corrente contínua nota-se depressão no pólo negativo e abaulamento no positivo, pois a depressão deve-se à saída de água, e o abaulamento ao seu leve acúmulo.

SÍNTESE DE ATP

A síntese de ATP pode ser favorecida pelas micro correntes devido ao restabelecimento da circulação no local da lesão.

Durante a eletroestimulação com micro correntes – desde que de forma contínua (ou seja, não pulsada), os elétrons reagem com a água, formando próximos ao cátodo íons OH- e próximos ao ânodo íons H+.Os prótons, sob o efeito do potencial de ação e da diferença de concentração iônica entre o cátodo e o ânodo, movimentam-se do ânodo para o cátodo.

Se os prótons H+ forem consumidos na proporção em que forem criados, não ocorre modificação significativa do pH. Todavia, podem ser formados radicais livres, decorrentes da produção de OH-., o que pode ter um efeito prejudicial.

Os prótons H+ formados podem alcançar a membrana mitocondrial, entrarem na fosforilação oxidativa e serem utilizados para a produção de ATP.

Estudos mostram que a utilização de correntes de 500 microampères já produz um aumento na produção de ATP, com conseqüente aumento do transporte de aminoácidos, com conseqüente acréscimo na síntese de proteínas, e aumento do metabolismo.

O acréscimo na produção de ATP local pode chegar a 500%.

TRANSPORTE ATIVO DE AMINOÁCIDOS

Intensidade de corrente de 10 a 500 microampères aumentam a síntese de ATP e consequentemente o transporte de aminoácidos e a síntese de proteínas.

O transporte de aminoácidos é feito de forma ativa para o interior da célula, com gasto de ATP. Com maior disponibilidade de ATP, ocorre aumento no transporte ativo de aminoácidos, de acordo com as necessidades de síntese para a manutenção das atividades célula e para a sua divisão.


SÍNTESE DE PROTEÍNAS

Correntes contínuas de 100 a 500 microampères aumentam a síntese de proteína de 30 a 40%. Todavia, correntes acima do valor de 1000 microampères (1 miliampère) produzem efeitos opostos, reduzindo a presença do aminoácido isobutírico (provavelmente devido à redução do transporte de aminoácido) de 20 a 73% e a síntese de proteína em mais de 50%. Corrente entre 1 e 5 miliampères (1 a 5 mA) têm efeitos opostos aos da corrente com valor entre 100 e 500 mA, inibindo a geração de ATP para abaixo dos níveis de controle.

AUMENTO DO TRANSPORTE PELAS MEMBRANAS

Ocorre aumento do transporte ativo devido ao incremento da produção de ATP.

AÇÃO NO SISTEMA LINFÁTICO

As micro correntes aumentam o transporte de proteínas do líquido intersticial ao sistema linfático. Por osmose, líquidos intersticiais migram ao sistema linfático, o que diminui o edema no local da lesão.

ANALGESIA

É decorrente da diminuição do edema e dos processos inflamatório e/ou infeccioso.

ACELERAÇÃO NO PROCESSO DE REPARAÇÃO DE TECIDOS


Resultados de pesquisas demosntraram que ocorre crescimento de fibroblastos e alinhamento da fibras de colágeno com a aplicação de micro correntes de forma contínua, com intensidade de 20 a 100 mA). Resposta mais significativa de crescimento dos fibroblastos foi observada no cátodo. Além disso, tem efeito bactericida.

Outro efeito que ocorre quando aplicadas sobre a ferida éaumento da concentração de receptores de fator de crescimento, o que aumenta a formação do colágeno.

AUMENTO DA OSTEOGÊNESE E REPARAÇÃO DE FRATURAS

Ocorre provavelmente devido ao aumento da síntese de ATP e de proteínas necessários à manutenção e divisão de células ósseas. Estudos demonstraram que eletrodos de aço, que conduzem corrente de 5 a 20 microampères, produziram melhor efeito sobre o crescimento ósseo.


EFEITO ANTIINFLAMATÓRIO

Ocorre devido ao restabelecimento da diferença de potencial entre as membranas das células em decorrência do reequilíbrio iônico e da melhora da circulação com conseqüente aumento da eliminação de metabólitos.

EFEITO BACTERICIDA

É promovido pelo pólo negativo, por isso, ele deve ser colocado inicialmente sobre a ferida. Depois, a polaridade pode ser invertida, para que o pólo positivo auxilie no processo de regeneração e reparo tecidual. Estudos recentes apontam o uso de alternância entre o pólo positivo e o negativo para a cura de feridas, possivelmente devido ao aumento na síntese de ATP e de proteínas, e remoção de metabólitos nocivos.

DIMINUIÇÃO DE EDEMA

É devida ao aumento da absorção do líquido intersticial pelo sistema linfático. As micro correntes devem agir sobre este.

RELAXAMENTO MUSCULAR

Está associado ao aumento da produção de ATP e de síntese de proteínas, à remoção de metabólitos e à diminuição do edema.



HIPEREMIA

A hiperemia ocorre devido à vasodilatação. Ela pode ser primária de efeito retardado. É maior no pólo negativo, pois é onde a corrente chega e tende a ter um leve acúmulo.

A hiperemia primária aparece após algum tempo de aplicação da corrente, no tecido localizado abaixo dos eletrodos. Chama – se de período latente o tempo em que a hiperemia desaparece. A hiperemia como efeito retardado ocorre quando reaparece após o período latente.

VASODILATAÇÃO

Decorre da presença de metabólitos originados pelo metabolismo aumentado. Eles causam de forma reflexa, ao nível de arteríolas, a vasodilatação. Com o aumento do diâmetros dos vasos, ocorrerá o aumento do fluxo sanguíneo, que favorecerá o transporte de eletrólitos, leucócitos e anticorpos, o que favorece a reparação e a defesa do organismo.

EFEITO ANTIFLOGÍSTICO

É o efeito de defesa do organismo, favorecido com o aumento do transporte de leucócitos e anticorpos; este aumento é causado pela vasodilatação.

ANALGESIA

Ocorre devido aos seguintes fatores:

- Aumento do limiar de excitabilidade das fibras nervosas sensitivas,

- Diminuição da pressão dos líquidos, devido à diminuição dos edemas, pois ocorre a movimentação daqueles do pólo positivo ao negativo

- Diminuição da acidez

- Diminuição do tônus das fibras nervosas simpáticas que conduzem à dor

ELETROSMOSE

Ocorre o efeito osmótico de passagem do pólo positivo para o pólo negativo.

A corrente galvânica diminui o limiar de excitabilidade das fibras nervosas motoras, o que melhora a funcionalidade e a reatividade das mesmas, principalmente na reabilitação em atrofias e paresias.

Efeitos da corrente pulsada – corrente farádica

Sobre o tônus muscular: com a movimentação muscular, ocorre também uma ação de bombeamento sobre vasos sanguíneos; como conseqüência, ocorre aumento da circulação, inclusive de oxigênio. O aumento do aporte de oxigênio contribui para metebolismo maior.

Sobre nervos motores: causa contração muscular.

Sobre nervos sensitivos: sensação de comichão ou ardência leve.

Sobre a circulação venosa e linfática: a ação de bombeamento sobre os vasos sanguíneos e linfáticos melhora a circulação.

Efeitos do aquecimento tecidual – correntes de alta freqüência

HIPEREMIA

Devido ao aquecimento promovido pela excitação de moléculas provocada pela condução de corrente elétrica de alta freqüência.

VASODILATAÇÃO

EFEITO ANTIFLOGÍSTICO

Ocorre em decorrência no aumento da circulação, que leva ao local estimulado leucócitos e anticorpos.

AUMENTO DO METABOLISMO

É causado pelo incremento da circulação no local, o que aumenta o aporte de oxigênio necessário à respiração celular com conseqüente fornecimento de energia a partir de compostos orgânicos.

AUMENTO DE SUBSTÂNCIAS METABOLIZADAS

É conseqüência do aumento do metabolismo.

REGENERAÇÃO

Ocorre devido ao aumento da produção de ATP causada pelo aumento do metabolismo, e como conseqüência daquela o aumento do transporte de aminoácidos e da síntese de proteínas.

ANALGESIA

Ocorre pela diminuição do edema e dos produtos decorrentes do processo inflamatório, devido à maior remoção destes pelo aumento da circulação sanguínea.

A temperatura mais alta fornecida por alguns equipamentos de eletroestimulação é inadequada à reprodução de alguns microorganismos. Equipamentos que diminuem o edema também causam a inibição, por descontraturarem um local que poderia ser favorável para a reprodução.(devido ao acúmulo de líquidos).

ESPASMOLÍTICO – RELAXANTE

Devido à diminuição da dor, do aumento do limiar das fibras nervosas motoras, e pelo calor que produz vasodilatação, as ondas de alta freqüência diminuem o espasmo muscular e causam relaxamento muscular.

FIBRINOLÍTICO

Ocorre facilitação do estiramento de músculos e tendões quando é produzido aquecimento da área tratada.

PARAVERTEBRAL REFLEXO

O aquecimento de regiões paravertebrais estimula o funcionamento de estruturas,órgãos e glândulas sudoríparas, além de diminuir a pressão arterial

Efeitos do TENS – Estimulação Elétrica Transcutânea

ANALGESIA

Entre as vigésima e vigésima semana de gestação o feto já é capaz de perceber e processar estímulos dolorosos, pois as sinapses para a percepção da dor se completam.

A captação do estímulo doloroso é captado pelo sistema nervoso periférico através de receptores; ele é, então, conduzido ao sistema nervoso central. O objetivo da dor é de proteção, quando ocorre lesão.

No corpo existem receptores pra captação e transmissão de estímulos do ambiente ao sistema nervoso central. Podem ser divididos em:

- Receptores mecânicos, que captam informações táteis

- Receptores térmicos, que captam informações de temperatura

- Receptores químicos, que detectam informações olfativas, do paladar e alterações bioquímicas do sangue

- Terminações nervosas livres ou receptores de dor, que detectam lesões físicas e químicas nos tecidos

O estímulo doloroso é conduzido de forma mais lenta em recém – nascido, pois a mielinização ainda não está completa. A bainha de mielina é localizada sobre o axônio dos neurônios, porém não de forma contínua. As partes não recobertas por ela são chamadas de nodos. Os impulsos ganham velocidade quando são transmitidos "pulando" de nodo a nodo.

Os impulsos elétricos produzidos pela eletroterapia com TENS bloqueiam os estímulos dolorosos, pois são conduzidos por fibras rápidas, atuando no sistema nervoso central antes dos estímulos dolorosos, que são conduzidos por fibras lentas. Além disso, há também a liberação de encefalinas e endorfinas, que promovem analgesia.

EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA ALTERNADA DA REDE DE ENERGIA SOBRE O ORGANISMO HUMANO

Pesquisas recentes sugerem que o efeito magnético pulsátil induzido por correntes de alta freqüência podem causar, num percentual de 70%, leucemia em crianças que moram nas proximidades de até 200 m das redes de alta tensão.

Todavia, para que os efeitos nocivos sejam afirmados sem controvérsias, são necessárias mais pesquisas que comprovem que os campos magnéticos pulsáteis gerados tem intensidade suficiente para causar danos ao organismo humano.

RELAÇÃO ENTRE CORRENTE ELÉTRICA ALTERNADA OU PULSÁTIL E MAGNETISMO

A corrente elétrica não contínua causa um campo magnético perpendicular ao sentido da corrente. Um modo prático de se determinar a direção e o sentido do campo magnético formado é a regra da mão direita.

A equação para determinar o campo magnético originado por uma corrente alternada ou pulsada em um fio pode ser escrita da seguinte forma:

B = u . i

╥ r²

Em que B é o campo magnético, em tesla (T)

I é a corrente elétrica, em ampères (A)

R é o raio da distância de um ponto ao fio condutor, em metros (m)

A corrente alternada da rede elétrica, quando em contato com seres humanos, pode provocar choques e lesões, que variam conforme a resistência da pele, da intensidade da corrente, das condições da pessoa e o caminho percorrido pela corrente.

- 1 mA: esta intensidade de corrente provoca percepção cutânea

- 5 mA: ocorre a percepção de choque elétrico

- 10 mA: é causada a contração muscular; devido a este efeito é que pode haver o movimento de "agarrar" da mão, com incapacidade ou dificuldade para soltar

- 16 mA: é a máxima corrente tolerável

- 25 a 30 A: ocorre tetanização dos músculos respiratórios e conseqüente parada respiratória

- 40 mA por 5 segundos e 80 mA por 1 segundo: acontece a fibrilação ventricular

- 100 mA: ocorre ataque cardíaco

- 2 A (ou 2000mA): ocorre inibição dos centros nervosos e/ou parada cardíaca

- 3 A (ou 3000mA): este valor pode causar a morte

 Queimaduras podem ocorrer quando o valor de tensão e corrente da fonte de corrente elétrica forem elevados, determinando uma potência danosa aos tecidos do corpo. Queimaduras superficiais ocorrem com maior freqüência quando a pele está seca, pois o valor da resistência fica maior. Pela lei de Ohm, U = r . i e P = U . i, percebe-se que quanto maior o valor da resistência para dadas tensão e valor de corrente elétrica, maior a potência, e maior a possibilidade de queimadura pelo efeito Joule.

A espessura da pele e a presença de cortes também determinam a quantidade de potência dissipada em forma de calor na pele e a intensidade de corrente que irá percorrer por trajetos internos do corpo. Pele mais grossa determina maior resistência e como conseqüência maior potência dissipada na pele e menor nível de corrente que irá circular pelo interior do corpo. Presença de cortes diminuem o valor da resistência da pele, podendo o valor chegar a, por exemplo, 500 ohms; como conseqüência, a potência dissipada no local da entrada da corrente tende a ser menor, e a corrente que circula em tecidos mais internos tende a ser maior.

A DIFERENÇA ENTRE ELETRICIDADE COM EFEITOS TERAPÊUTICOS E A DE EFEITOS MALÉFICOS SÃO OS PARÂMETROS COMO A INTENSIDADE, A VOLTAGEM E A POTÊNCIA. POR ISSO, MUITA ATENÇÃO DEVE SER DADA AO CORRETO MANUSEIO DOS EQUIPAMENTOS DE ELETROESTIMULAÇÃO E ÀS INSTRUÇÕES DOS FABRICANTES.

CORRENTES NÃO – CONTÍNUAS DE BAIXA FREQUENCIA TENDEM A PRODUZIR SENSAÇÃO DE CHOQUE E CONTRAÇÕES MUSCULARES, POR ESTIMULAREM NERVOS SENSITIVOS E MOTORES E PONTOS MOTORES DE MÚSCULOS, E AS DE ALTA FREQUENCIA CALOR, DEACORDO COM SUAS ESPECIFICAÇÕES

APARELHOS UTILIZADOS EM ELETROTERMOTERAPIA

CORRENTE GALVÂNICA

A corrente galvânica produz efeitos polares, pois causa dissociação eletrolítica e transfere íons de um pólo ao outro.

Características do eletrodo positivo

No eletrodo ou pólo positivo, ocorre a reação ácida com formação de Cl-, que migrará ao pólo positivo onde reagirá e se transformará em cloro molecular – Cl2.

Outras características do eletrodo positivo são:

- Repulsão de íons positivos

- Atração de íons negativos

- Ocorrência de menor hiperemia

- Promoção da coagulação

- Endurecimento dos tecidos

- Efeito antiinflamatório

- Efeito bactericida

- Efeito sedativo

- Analgesia

- Depressão tecidual

- Vasoconstrição

Características do eletrodo negativo

No eletrodo ou pólo negativo, ocorre dissociação eletrolítica do NaCl . O íon Na+ formada irá para o pólo negativo, onde ganhará um elétron e se transformará em sódio metálico – Na.

Outras características do eletrodo negativo:

- Atração de íons positivos

- Repulsão de íons negativos

- Maior produção de hiperemia

- Hidratação dos tecidos: os líquidos fluem do pólo positivo ao pólo negativo

- Abaulamento e amolecimento dos tecidos: devido à hidratação

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

- Pedir ao paciente para retirar objetos metálicos, como anéis, pulseira

- Questionar ao paciente sobre o uso de implantes metálicos

- Testar a sensibilidade

- Examinar a área a ser tratada

- Despir a área a ser tratada

- Verificar se canais que acionam os eletrodos estão zerados, sem conduzir corrente

- Limpar a área a ser tratada

- Saturar esponja com solução de NaCl a 2%

- Colocar o eletrodo sobre a esponja; não deixar ponta do eletrodo sem contato com a esponja. Para que isto não ocorra, a esponja deve ter formato maior que o eletrodo

- Fixar os eletrodos com correia, fita adesiva ou outro dispositivo fixador

- Questionar ao paciente sobre as alterações sensitivas

- Aumentar a intensidade até a sensação de formigamento. O formigamento deve ser mantido durante toda a sessão

- Após findo o tempo, retirar os eletrodos e esponjas, zerar o equipamento e examinar a área a ser tratada

TEMPO DE APLICAÇÃO

Cerca de 25 minutos.

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

É variável em cada caso.

DOSE – INTENSIDADE

A dose ou intensidade é corrente elétrica promovida pela eletroterapia galvânica. Aumentar a dose é o mesmo que aumentar a corrente que circulará pelos tecidos. Com o aumento da corrente (i), há também o aumento da potência. Deve-se lembrar que uma potência acima do tolerado pelo paciente pode causar queimaduras devido ao Efeito Joule. Por isso, a tolerância de cada paciente deve ser respeitada e em vários momentos da sessão o paciente deve ser questionado sobre a sensação. A intensidade ideal é a de formigamento. Dose baixa pode causar o contrário de dose acima da ideal: não promover efeito, pois baixa dose significa baixa corrente e por conseguinte baixa potência, e a corrente não passar da barreira exercida pela resistência da pele.

INDICAÇÕES PARA A APLICAÇÃO DO ELETRODO POSITIVO

- Inflamações crônicas, incluindo artrite, bursite (inflamação de bolsa localizada sob articulação), neurite (inflamação de nervo) e tendinite (inflamação de tendão)

- Condições álgicas como artralgia (dor em articulações), ciatalgia (dor do trajeto do nervo ciático), distensão ("estiramento"), lombalgia (dor na região lombar), mialgia (dor muscular), neuralgia (dor de origem neurológica)

- Introdução de íons positivos: o eletrodo positivo repele íons positivos, fazendo com penetrem pela pele e atinjam camadas e estruturas mais internas

INDICAÇÕES DO ELETRODO – PÓLO – NEGATIVO

- Distensão

- Contusão

- Artrose

- Fibrose

- Hidratação tecidual

- Introdução de íons negativos

- Transtornos tróficos

- Intolerância ao frio – enfermidade de Raynaud

CONTRA-INDICAÇÕES

- Perda de sensibilidade

- Febre

- Aplicação com trajeto no qual à implante metálico, devido a um possível aquecimento

- Infecções na área de aplicação ou no trajeto

- Aplicações no abdômen de gestante

CORRENTE FARÁDICA

A corrente farádica é uma corrente elétrica pulsada (contínua pulsátil) e de baixa freqüência.

Sua ação primordial é sobre os nervos motores, ativando-os para promover a contração muscular.

O ponto motor é ponto no qual o nervo comunica-se com o músculo através de sinapse. Se o eletrodo positivo for colocado sobre o ponto motor, a contração muscular ocorre de forma mais intensa.

Efeitos Fisiológicos da Corrente Farádica

Ela atua sobre nervos motores promovendo a sinapse na junção entre o músculo e o nervo (ponto motor), promovendo a contração muscular. Além disso, aumenta o número de fibras musculares atuantes na contração muscular, além de aumentar o volume, a força e a resistência do músculo.

Também promove a sensação de leve ardência quando atravessa nevos sensitivos.

Auxilia no retorno venoso devido à série de contração e relaxamento muscular, que produzem uma ação de bombeamento sobre os vasos. Este efeito favorece a circulação e o fluxo de oxigênio aos tecidos.

TIPOS DE ELETRODO

Os eletrodos podem ser bipolares, de tamanhos diferentes sendo que um é o positivo e o outro o negativo; e unipolares, sendo que o negativo têm a forma de caneta, e o negativo forma de placa

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

- Pedir ao paciente para retirar objetos metálicos, como anéis, pulseira

- Questionar ao paciente sobre o uso de implantes metálicos

- Testar a sensibilidade

- Examinar a área a ser tratada

- Despir a área a ser tratada

- Verificar se canais que acionam os eletrodos estão zerados, sem conduzir corrente

- Limpar a área a ser tratada

- Saturar esponja com solução de NaCl a 2%

- Colocar o eletrodo sobre a esponja; não deixar ponta do eletrodo sem contato com a esponja. Para que isto não ocorra, a esponja deve ter formato maior que o eletrodo

- Fixar os eletrodos com correia, fita adesiva ou outro dispositivo fixador

- Questionar ao paciente sobre as alterações sentidas

- Aumentar a intensidade até a sensação a produção de contrações musculares, que deverão ser mantidas durante toda a sessão. No caso de uso da caneta eletroestimuladora, esta deverá ser deslizada até encontrar o ponto motor; este ponto é encontrado quando ocorre maior contração muscular. Neste caso, o eletrodo em placa deverá ser colocado de forma proximal ao segmento a ser estimulado

- Após findo o tempo, retirar os eletrodos e esponjas, zerar o equipamento e examinar a área a ser tratada

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Trinta estímulos por segundo, durante cinco minutos

INDICAÇÕES

- Paresia (diminuição da força muscular)

- Atrofia (diminuição do trofismo muscular)

- Contração dolorosa pós-menicectomia

- Reabsorção de edema traumático

- Diminuição ou prevenção de aderência

- Melhoria da circulação

CONTRA-INDICAÇÕES

- Febre

- Extremos de idade

- Paralisia espástica

- Degeneração do axônio

- Secção do axônio

- Perda de sensibilidade

- Paralisia flácida com reação de degeneração

- Região pré-cordial

TEMPO DE TRATAMENTO

Recomenda-se o tempo de 5 minutos, com cerca de 30 contrações por minuto. Tempo maior pode acarretar em fadiga muscular.

CORRENTES GALVANO – FARÁDICAS – DIADINÂMICAS

As correntes diadinâmicas pertencem às correntes galvano-farádicas. Possuem baixa freqüência e possuem diferentes modulações.

Os principais efeitos, dependendo da modulação, são: a hiperemia, a analgesia, a melhora na circulação e oxigenação tecidual. Contração muscular pode ser causada quando é utilizada modulação com ritmo sincopado, que será vista adiante.

Os cuidados comuns incluem com a sensibilidade, implantes metálicos na superfície ou no trajeto de eletroestimulação, marca-passo e contato com partes metálicas dos eletrodos.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

- Pedir ao paciente para retirar objetos metálicos, como anéis, pulseira

- Questionar ao paciente sobre o uso de implantes metálicos

- Testar a sensibilidade

- Examinar a área a ser tratada

- Despir a área a ser tratada

- Verificar se canais que acionam os eletrodos estão zerados, sem conduzir corrente

- Limpar a área a ser tratada

- Saturar esponja com solução de NaCl a 2% ou água morna

- Colocar o eletrodo sobre a esponja; não deixar ponta do eletrodo sem contato com a esponja. Para que isto não ocorra, a esponja deve ter formato maior que o eletrodo

- Fixar os eletrodos com correia, fita adesiva ou outro dispositivo fixador

- Questionar ao paciente sobre as alterações sensitivas

- Aumentar a intensidade até a sensação produzida pela corrente ou o efeito desejado, e manter a sensação ou o efeito até o término da sessão

- Após findo o tempo, retirar os eletrodos e esponjas, zerar o equipamento e examinar a área a ser tratada

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

O tempo de duração varia conforme a corrente utilizada.

Recomenda-se sete sessões em dias alternados ou em dias consecutivos.

Quando não é desejado a formação de íons e a sessão for superior a 3 minutos, os eletrodos podem ser invertidos na metade do tempo da sessão.

INDICAÇÕES

- Algias: artralgia, braquialgia, cervicalgia, lombalgia, lombociatalgia, dorsalgia, enxaqueca hemicrânia, ciatalgia, neuralgia, sacralgia, mialgia

- Processos inflamatórios: artrite, bursite, epicondilite, espondilite, neurite, periartrite, sinovite, tendinite, tenossinovite

- Fibrose

- Ancilose

- Artrose

- Contratura

- Contratura de Dupuytren

- Contusão

- Distensão

- Doença de Sudeck

- Esclerodermia

- Esporão de calcâneo

- Gota

- Herpes zoster

- Isquemia

- Miogelose

- Nódulos de Heberden

- Neuroma

- Paresia

- Queimaduras

- Tabes dorsal

- Torcicolo traumático

- Aderência

CONTRA-INDICAÇÕES

- Perda de sensibilidade

- Torcicolo espasmódico de origem central

- Área precordial

- Abdômen de paciente gestante

Corrente Difásica

A corrente difásica possui uma modulação de corrente alternada, em cuja saída o período negativo foi retificado.

Os principais efeitos são analgesia e melhora da circulação periférica.

TEMPO DE APLICAÇÃO

Varia de trinta segundos a cinco minutos, de acordo com o tratamento e a patologia.

INDICAÇÃO

A corrente difásica geralmente é utilizada para preparar a área na qual outro tipo de modulação será utilizada.

Outras indicações incluem:

- Distensão

- Entorse

- Doença de Reynaud (intolerância ao frio)

- Torcicolo traumático

CONTRA-INDICAÇÕES

- Perda de sensibilidade

- Torcicolo espasmódico de origem central

- Área precordial

- Abdômen de paciente gestante

Corrente Monofásica

A corrente monofásica é decorrente de uma retificação de "meia onda", na qual a fase negativa, após a retificação, foi suprimida.

O principal efeito produzido pela corrente monofásica são contrações musculares de baixa intensidade.

TEMPO DE APLICAÇÃO

Máximo de trinta contrações por minuto, por também no máximo cinco minutos.

INDICAÇÕES

É indicada principalmente para o tratamento de algias de origem não espasmódica.

CONTRA-INDICAÇÕES

- Perda de sensibilidade

- Torcicolo espasmódico de origem central

- Área precordial

- Abdômen de paciente gestante

Corrente de Curto Período

Possui componente difásico e monofásico.

Os efeitos incluem leve tremor no período monofásico, vibração forte no difásico e contrações musculares.

TEMPO DE APLICAÇÃO

Variável de um a cinco minutos, dependendo do tratamento e da patologia.

INDICAÇÕES

- Entorse

- Contusão

- Prevenção de derrame articular pós – menicectomia

- Distensão

- Anquilose

- Artrose – Coluna

- Osteocondrose

- Periartrite umeroescapular

- Lombalgia

- Úlcera varicosa

- Queimaduras

- Herpes zoster

- Ciatalgia

- Neuralgia occipital

- Paresia Facial Periférica

- Neurite

- Neuralgia

- Enfermidade de Sudeck: membro superior e membro inferior

- Enxaqueca hemicraniana

- Mialgia

CONTRA-INDICAÇÕES

- Perda de sensibilidade

- Torcicolo espasmódico de origem central

- Área precordial

- Abdômen de paciente gestante

Corrente de Longo Período

Possui diferentes intensidades de corrente dentro de modulações difásica e monofásica

Causa sensação de cócega ou formigamento na modulação difásica e vibração na monofásica.

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Varia de um a quatro minutos, de acordo com o tratamento e a patologia.

INDICAÇÕES

- Entorse

- Artrose

- Periartrite

- Lombalgia

- Torcicolo

- Herpes zoster

- Ciatalgia

- Mialgia

- Lombalgia

CONTRA-INDICAÇÕES

- Perda de sensibilidade

- Torcicolo espasmódico de origem central

- Área precordial

- Abdômen de paciente gestante

Corrente de Ritmo Sincopado

Possui um período monofásico e com ausência de corrente elétrica, de forma a estabelecer um ritmo de contração-relaxamento.

Os efeitos incluem contração muscular, aumento do tônus e do trofismo, fortalecimento muscular (devido à contração promovida), melhora do retorno venoso e linfático (devido à ação de bombeamento provocado pelas contrações musculares), melhora do metabolismo e nutrição.

A técnica utilizada pode ser bipolar, com eletrodos de tamanhos iguais, ou unipolar, com eletrodos de tamanhos diferentes.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Trinta contrações por minuto, por no máximo cinco minutos.

INDICAÇÕES

- Atrofia por desuso

- Músculos com inervação normal

- Contração dolorosa

- Quadríceps pós-menicectomia

- Paresia

- Reabsorção de edemas

- Prevenção de aderências

- Eletrodiagnóstico: para diagnóstico de doenças neurológicas periféricas

CONTRA-INDICAÇÕES

- Febre

- Fraturas recentes

- Paralisias espásticas, como as decorrentes de doença neurológica do primeiro neurônio (lesão cortical, Acidente Vascular Cerebral, Trauma Crânio – Encefálico)

- Paralisias flácidas com reação de degeneração: causadas por lesão nervosa periférica

- Região pré-cordial

- Áreas anestesiadas ou com perda de sensibilidade

ONDAS CURTAS

É utilizada corrente alternada de alta freqüência, de 27 MHz, cujo comprimento de onda é de 11 metros. Por ser corrente alternada e devido à alta freqüência, a polaridade inverte-se rapidamente; por este motivo, os nervos motores não chegam a ser estimulados.

Os estímulos em alta freqüência provocam agitação de moléculas dos tecidos, ou seja, causa calor.

Os efeitos biológicos são: hiperemia, aumento do fluxo sanguíneo, aumento do metabolismo e de substâncias metabolizadas, aumento da defesa (efeito antiflogístico), regeneração tecidual, analgesia, inibição da reprodução de microorganismos, relaxamento (efeito espasmolítico), efeito fibrinolítico e efeito paravertebral reflexo.

Assim como em todo o uso de equipamento de eletroterapia que visa promover o aquecimento, deve ser observada a escala de Schilephake.

Relembrando:

ESCALA DE SHILEPHAKE

- Calor muito débil: abaixo da percepção da sensação de calor

- Calor débil: percepção da sensação de calor

- Calor médio: sensação de calor óbvia agradável

- Calor forte: o máximo de calor tolerável

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

- Pedir ao paciente para retirar objetos metálicos, como anéis, pulseira

- Questionar ao paciente sobre o uso de implantes metálicos

- Testar a sensibilidade

- Examinar a área a ser tratada

- Despir a área a ser tratada

- Verificar se canais que acionam os eletrodos estão zerados, sem conduzir corrente

- Limpar a área a ser tratada

- Questionar ao paciente sobre as alterações sentidas

- Aumentar a intensidade até a sensação de calor desejada e de acordo com o permitido para não agravar a patologia e manter a sensação até o término da sessão. A intensidade pode ser aumentada ou diminuída de acordo com a aproximação ou distanciamento das placas da pele

- Após findo o tempo, desligar e retirar as placas, desliga-lo da rede elétrica e examinar a área a ser tratada

POSIÇÃO DOS ELETRODOS

A distância do eletrodo com a pele pode ser obtida colocando pano entre ambos. Recomenda-se distância de 3 cm para que seja conseguido o máximo de profundidade com aplicação no sentido transversal. Porém, pode variar de caso pra caso.

- Um medial e outro com localização lateral

- Um placa na região anterior e outra na região posterior

- Para tratamento da coxa, um na região anterior e outra na face planta do pé, com a finalidade de produzir efeitos mais profundos.

- Aplicação mista, com a aplicação antero-posterior na metade do tratamento, e médio-lateral na outra metade do tempo da sessão.

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

De quinze a vinte minutos em processos crônicos e de cinco a dez minutos em quando aplicado durante a fase aguda de patologias.

A quantidade de sessões, o número e a freqüência delas depende do tratamento e da patologia.

INDICAÇÕES

- Fase crônica de processos inflamatórios: artrite reumatóide, bursite, entorse, epicondilite

- Artrose

- Artralgia

- Anquilose

- Braquialgia

- Ciatalgia

- Contusão

- Contratura

- Dorsalgia

- Distensão

- Epicondilite

- Espasmos de musculatura paravertebral

- Esporão de calcâneo

- Espondilite

- Fibrose

- Ciatalgia

- Lombalgia

- Lombociatalgia

- Mialgia

- Neuralgia

- Neurite

- Miogelose

- Antes de cinesioterapia

CONTRA – INDICAÇÕES

- DIU - abdominal e lombar

- Perda de sensibilidade

- Sobre roupa ou tecidos de náilon e plástico

- Sobre pinos, piercings, placa, parafusos, hastes e outros implantes e objetos metálicos em contato com o corpo do paciente

- Processo inflamatório agudo, o que inclui antes de 48 horas após traumatismo e edemas

- Regiões hemorrágicas

- Febre

- Osteomielite

- Afecções vasculares periféricas

- Áreas isquêmicas

- Sobre gesso

- Sobre curativos

- Na região lombar e abdominal de gestante

- Na região abdominal e lombar em caso de infecção renal ou do trato urinário

- Na região lombar e abdominal em período pré-menstrual

- Na região lombar e abdominal em caso de úlceras sujeitas à hemorragia

- Tumores

- Tuberculose óssea

- Tuberculose pulmonar

- Áreas anestesiadas, com perda ou diminuição da sensibilidade

- Flebite em trombose

- Marcapasso

- Marasmo

- Aplicação sobre testículos

- Antes de 15 dias, em áreas expostas ao raio X, devido ao potencial efeito de ionização do ondas – curtas.

CUIDADOS

- Com a sensibilidade: deve ser testada antes da sessão com ondas –curtas ou outro equipamento de eletrotermoterapia

- Com a sintonia

- Com obesos, crianças e idosos

- Com cabos e eletrodos

- Com materiais metálicos

- Com o tempo e a dose

- Com peles úmidas, (queimaduras)

- Com a distância. Inclinação e uniformidade dos eletrodos

- Com mesas, cadeiras, macas e outros objetos metálicos. Não deve ser aplicada em paciente deitado ou sentado em maca que contém partes metálicas

- Não cruzar os cabos, como medida de segurança contra curto-circuito

- Não aproximar muito os cabos

- Não colocar os cabos diretamente sobre a pele, para não provocar sobre a mesma aquecimento rápido e excessivo

- Interromper o tratamento a sinal de tontura, cefaléia, hipotensão ou mal-estar do paciente e salivação


 

MICROONDAS

No tratamento por microondas, são utilizadas ondas eletromagnéticas de alta freqüência, de 2,45 GHz, com comprimento de 12,25 cm.

A finalidade é produzir calor superficial e profundo.

Os efeitos incluem produção de calor homogêneo, aumento da circulação, do metabolismo e de substâncias metabolizadas, vasodilatação, regeneração tecidual, analgesia, aumento da excreção urinária, diminuição da pressão arterial, relaxante (espasmolítico), ação reflexa sobre segmentos nervosos quando é realizada aplicação paravertebral, defesa (efeito antiflogístico), inibição da reprodução de microorganismos.

A temopenetração a tecidos mais profundas é boa, sem causar aquecimento excessivo da pele e do tecido adiposo.

Os eletrodos podem ser retangular, circular grande e focal ou contato.

Deve ser respeitada a escala de Shilepheake.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

- Pedir ao paciente para retirar objetos metálicos, como anéis, pulseira

- Questionar ao paciente sobre o uso de implantes metálicos

- Testar a sensibilidade

- Examinar a área a ser tratada

- Despir a área a ser tratada

- Verificar se canais que acionam os eletrodos estão zerados, sem conduzir corrente

- Limpar a área a ser tratada

- Ligar o aparelho de microondas a uma distância segura – maior – e aproximar até o aparecimento do aparecimento desejado

- Questionar ao paciente sobre as alterações sentidas

- Aumentar a intensidade até a sensação de calor desejada e manter a sensação ou o efeito até o término da sessão

- Após findo o tempo, desligar o equipamento, zerar o equipamento e examinar a área tratada

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Recomenda-se cinco minutos para a fase aguda, com aplicação de calor débil e muito débil; e de cinco a dez minutos para a fase crônica, com a aplicação de calor médio ou forte – dentro do limite tolerável.

INDICAÇÕES

- Fase crônica de processos inflamatórios: artrite reumatóide, bursite, entorse, epicondilite

- Artrose

- Artralgia

- Anquilose

- Braquialgia

- Ciatalgia

- Contusão

- Contratura

- Dorsalgia

- Distensão

- Epicondilite

- Espasmos de musculatura paravertebral

- Esporão de calcâneo

- Espondilite

- Fibrose

- Ciatalgia

- Lombalgia

- Lombociatalgia

- Mialgia

- Neuralgia

- Neurite

- Miogelose

- Antes de cinesioterapia

CONTRA – INDICAÇÕES

- DIU - abdominal e lombar

- Perda de sensibilidade

- Sobre roupa ou tecidos de náilon e plástico

- Sobre pinos, piercings, placa, parafusos, hastes e outros implantes e objetos metálicos em contato com o corpo do paciente

- Processo inflamatório agudo, o que inclui antes de 48 horas após traumatismo e edemas

- Regiões hemorrágicas

- Febre

- Osteomielite

- Afecções vasculares periféricas

- Áreas isquêmicas

- Sobre gesso

- Sobre curativos

- Na região lombar e abdominal de gestante

- Na região abdominal e lombar em caso de infecção renal ou do trato urinário

- Na região lombar e abdominal em período pré-menstrual

- Na região lombar e abdominal em caso de úlceras sujeitas à hemorragia

- Tumores

- Tuberculose óssea

- Tuberculose pulmonar

- Áreas anestesiadas, com perda ou diminuição da sensibilidade

- Flebite em trombose

- Marcapasso

- Marasmo

- Aplicação sobre testículos

- Antes de 15 dias, em áreas expostas ao raio X, devido ao potencial efeito de ionização do ondas – curtas.

CUIDADOS

- Com a sensibilidade: deve ser testada antes da sessão com ondas –curtas ou outro equipamento de eletrotermoterapia

- Com a sintonia

- Com obesos, crianças e idosos

- Com cabos e eletrodos

- Com materiais metálicos

- Com o tempo e a dose

- Com peles úmidas, (queimaduras)

- Com a distância. Inclinação e uniformidade dos eletrodos

- Com mesas, cadeiras, macas e outros objetos metálicos. Não deve ser aplicada em paciente deitado ou sentado em maca que contém partes metálicas

- Não cruzar os cabos, como medida de segurança contra curto-circuito

- Não aproximar muito os cabos

- Não colocar os cabos diretamente sobre a pele, para não provocar sobre a mesma aquecimento rápido e excessivo

- Interromper o tratamento a sinal de tontura, cefaléia, hipotensão ou mal-estar do paciente e salivação

ONDAS DECIMÉTRICAS

Esta forma de eletrotermoterapia utiliza ondas eletromagnéticas de grande freqüência – 433,92 MHz – com comprimento de onda e 69 cm.

Os efeitos, indicações, contra-indicações e cuidados são os mesmos do Microondas, pois a ação das ondas decimétricas é a de produzir calor tecidual, superficial e profundo.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

- Pedir ao paciente para retirar objetos metálicos, como anéis, pulseira

- Questionar ao paciente sobre o uso de implantes metálicos

- Testar a sensibilidade

- Examinar a área a ser tratada

- Despir a área a ser tratada

- Verificar se canais que acionam os eletrodos estão zerados, sem conduzir corrente

- Limpar a área a ser tratada

- Ligar o aparelho de microondas a uma distância segura – maior – e aproximar até o aparecimento do aparecimento desejado

- Questionar ao paciente sobre as alterações sentidas

- Aumentar a intensidade até a sensação de calor desejada e manter a sensação ou o efeito até o término da sessão

- Após findo o tempo, desligar o equipamento, zerar o equipamento e examinar a área tratada

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Recomenda-se para tratamento realizado na fase aguda a aplicação de calor débil ou muito débil por três minutos; na fase subaguda, calor débil ou muito débil por cinco minutos; e na fase crônica, calor médio ou forte pelo período de três a dez minutos.

ULTRASSOM

O ultrassom são ondas sonoras, mecânicas e pode ser utilização com finalidades terapêuticas. Elas causam, a nível celular, vibração decorrente da ação mecânica exercida.

Os principais efeitos do ultrassom são: efeitos mecânico e térmico; hiperemia; ação antiflogística; efeito químico; fibrinolítico; relaxante (espasmolítico), reflexo (estimula áreas correspondentes quando aplicado na região paravertebral).

Efeito químico: age como catalisador, acelerando as reações químicas e aumentando a condutibilidade das reações; aumenta a alcalinidade do meio.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

- Pedir ao paciente para retirar objetos metálicos, como anéis, pulseira

- Questionar ao paciente sobre o uso de implantes metálicos

- Testar a sensibilidade

- Examinar a área a ser tratada

- Despir a área a ser tratada

- Verificar se canais que acionam os eletrodos estão zerados, sem conduzir corrente

- Limpar a área a ser tratada

- Ligar o aparelho de microondas a uma distância segura – maior – e aproximar até o aparecimento do aparecimento desejado

- Questionar ao paciente sobre as alterações sentidas

- Aumentar a intensidade até a sensação de calor ou efeito desejada e manter a sensação ou o efeito até o término da sessão

- Após findo o tempo, desligar o equipamento, zerar o equipamento e examinar a área tratada

- Na fase crônica, recomenda-se a utilização na freqüência de duas a três vezes por semana. O tempo pode variar de oito a quinze minutos, dependendo do tratamento e da patologia.

DOSAGEM

Na fase aguda, recomenda-se utilizar a dose de 0,2 a 0,8W/cm2. Na fase crônica, de 0,8 a 2,5 W/cm2.

Todavia, a dose e o tempo de duração do tratamento podem variar em cada caso.

FONOFORESE

É a administração de medicamentos por meio do ultrassom.

INDICAÇÕES (do ultrassom)

- Artralgia

- Artrose

- Anquilose

- Braquialgia

- Bursite

- Ciatalgia

- Contusão

- Cervicalgia

- Contratura de Dupuytren

- Contraturas

- Distensão

- Deficiência circulatória

- Entorse

- Espondilite

- Edema

- Epicondilite

- Esporão de calcâneo

- Fibrose

- Lombalgia

- Miogelose

- Mialgia

- Aceleração do calo ósseo, em fraturas

- Neuralgia

- Neurite

- Periartrite

- Neuroma

- Úlceras

- Tendinite

- Doença de Raynaud

- Tenossinovite

- Sacralgia

- Periartrite

CONTRA – INDICAÇÕES

- Processo inflamatório agudo

- Miosite traumática

- Anestesia, diminuição ou perda da sensibilidade

- Tuberculose

- Área pré-cordial

- Olho

- Região craniana

- Órgãos reprodutores

- Fígado

- Baço

- Na região lombar e abdominal de gestante

- Na região abdominal e lombar em caso de infecção renal ou do trato urinário

- Na região lombar e abdominal em período pré-menstrual

- Na região lombar e abdominal em caso de úlceras sujeitas à hemorragia

- Dermatomiosite

- Trombose

- Marasmo

- Febre reumática

- Febre

- Lupus eritematoso sistêmico

- Epífise óssea em crescimento

- Gânglio cervical superior. Pode provocar angina em cardiopatas

- Gânglios estrelados. Pode provocar angina em cardiopatas

- Tumores

-Neurite aguda

- Paralisia

- Tabes dorsal

- Esclerose em placa

- Flebite

- Fase aguda da artrite reumatóide

- Medula (coluna)

INFRAVERMELHO

O infravermelho são ondas eletromagnéticas emitidas por um corpo incandescente ou aquecido. O comprimento de onda é abaixo do vermelho; por isso, não são captadas pelo olho humano.

Quanto mais quente for a fonte de infravermelho, menor será seu comprimento de onda e maior será sua capacidade de penetração.

As fontes mais comuns são as resistências elétricas e as lâmpadas de infravermelho.

Os efeitos são: calor superficial; hiperemia; vasodilatação e aumento da irrigação sanguínea; analgesia pela quebra do ciclo dor - tensão - dor; descontraturante; relaxante; aumento do metabolismo; favorecimento da regeneração tecidual; favorecimento da defesa do organismo

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Varia de quinze a vinte e cinco minutos, dependendo do tratamento e da patologia.

Na fase aguda e subaguda, deve ser produzido e pelo infravermelho e mantido durante a sessão calor débil e muito débil por tempos menores. Na fase crônica, podem ser usados tempos maiores de sessão com produção e manutenção pelo equipamento de calor médio ou forte.

Técnica de Aplicação

- Retirar objetos metálicos entre a pele e o foco

- Despir a área tratada , principalmente tecidos sintéticos

- Testar a sensibilidade

- Ligar o aparelho e posicioná-lo de maneira que os raios incidam à 90o

- Pode-se usar uma toalha como compressa entre a pele e o foco.*só no IV.

- Manter a fonte distante em média 40cm da área a ser tratada. Se houver aquecimento acima do tolerável ou desejado, afastar o foco

- O tempo deve variar de acordo com a quantidade de hiperemia desejada, não devendo ocorrer sudorese

- Desligar o aparelho e examinar a área

Indicações

- Diminuição da dor

- Espasmo muscular

- Redução da rigidez articular, devido à diminuição da viscosidade do líquido sinovial

- Auxílio à cicatrização

- Melhora da circulação, devido à vasodilatação

Contra-indicações

- Analgesia, ausência ou diminuição da sensibilidade

- Febre

- sobre lesões neoplásicas

- queimaduras

- processos infecciosos

- Áreas hemorrágicas

- Olhos

ULTRAVIOLETA

É uma forma de onda eletromagnética não visível ao olho humano, pois o comprimento de onda é acima da luz ultravioleta.

No corpo, a penetração é em volta de 3 mm.

Os efeitos biológicos do ultravioleta incluem: analgesia, pela quebra do ciclo dor - tensão - dor; em pequenas articulações torna o líquido sinovial menos viscoso; aumento da vascularização; melhora da cicatrização; aumento do metabolismo no local da aplicação.

Existem ondas ultravioleta com fins terapêuticos com diferentes comprimentos de onda: o UVA, o UVB e o UVC. Quanto maior o comprimento de onda menor o poder ionizante. O UVA possui maior comprimento de onda; o UVB, comprimento de onda intermediário; e o UVC, comprimento de onda menor e como conseqüência maior poder ionizante.

Todas as lâmpadas produzem os três tipos de raios porém as clínicas produzem UVA em maior número . As lâmpadas não possuem diferença do raio do sol, apenas

podem ter predominância de um dos tipos.

O UVC é geralmente utilizado para esterilização, pois causa desnaturação de proteínas de bactérias. A eficiência de sua aplicação exige a necessidade de incidência a um ângulo de 90º.

Lâmpadas de bronzeamento possuem predominantemente raios UVB, e menor quantidade de UVA. As máquinas de bronzeamento podem ser úteis na prevenção de osteoporose, tratamento de psoríase e de acníase.

O ultravioleta não produz calor imediato.

Os raios UV podem ser obtidos diretamente na luz solar e de lâmpadas que funcionam a partir com vapor de mercúrio pressurizado, com lâmpadas, que produzirão UVA , UVB , UVC, em quantidade variável a partir da natureza da lâmpada. Média pressão do gás mercúrio tende a produzir UV com comprimento de onda menor e a baixa pressão tende a produzir raios com maior comprimento de onda (UVA e UVB). Devido ao fato de funcionar com gás de mercúrio, é necessário um tempo entre uma utilização e outra.

Indicações

-redução da dor

-espasmo muscular

-redução da rigidez articular (diminuição da viscosidade do líquido sinovial)

-cicatrização

-melhora da circulação (vasodilatação)

Contra-indicações

-Anestesia, diminuição ou ausência de sensibilidade

-Febre

-Neoplasia cutânea

-Olhos

-Queimaduras

Técnica de Aplicação

- O primeiro passo é despir a área a ser tratada

-O Teste de Saidman deve ser realizada em seguida, com a finalidade de determinar a dose de eritema mínimo – DEM – variável de um paciente a outro.

- Testar a sensibilidade

- Posicionar a lâmpada com distância de 40cm e incidência de 90°

- Manter o tempo de aplicação dado pelo Teste de Saidman

- Desligar a fonte quando for necessária a alteração do posicionamento do aparelho

Indicações

- Psoríase: em cotovelo, umbigo, mamilas, couro cabeludo,joelho

- Eczema

- Acníase

- Ptiríase

- Prurido

- Furunculose

Contra-indicações

- Diminuição ou ausência da sensibilidade

- História ou tumor maligno cutâneo

- Neoplasia cutânea

- Aplicação sobre os olhos

- Queimaduras

OBSERVAÇÃO: O teste da DEM- Teste de Saidman sempre deverá ser realizado antes do início da sessão

Teste de Saidman:

Este teste é utilizado para determinar a dose de eritema mínimo, DEM, que é o mínimo de tempo que o raio UV leva para produzir a vermelhidão. Ele deve ser realizado em uma área menos exposta ao sol, como face anterior do antebraço e coxa. O tempo de exposição deve obedecer a tonalidade da pele, sendo que pele mais clara deve receber os raios por menos tempo.

Deve ser utilizado um pedaço de pano com 12 ou 6 cortes (buracos). Em seguida, é aplicado o raio UV no primeiro quadro por 10 ou 20s e então libera outro quadro; o outro quadro e o anterior recebem raios por 10 ou 20 segundos (o primeiro quadro, então, recebe os raios por 20 a 40 segundos) e assim sucessivamente até que todos estejam recebendo os raios. Depois de 4 à 24h de exposição ao raio UV, a janela referente ao tempo de exposição que ficar marcada com vermelhidão, será a DEM.

Resultados:

- Até o dobro da dose de eritema mínimo só ocorrerá hiperemia. Esta é a faixa Terapêutica

- Ocorre 2 vezes dose de eritema mínimo quando ocorre ardência, sinalizando queimadura

- Ocorre 3 vezes ou mais a DEM quando surge Flictema, dor, e bolhas de água, o que indica queimadura


TENS – ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA

A estimulação elétrica transcutânea é uma forma de estímulo em que é utilizada, com finalidade terapêutica de alívio da dor, corrente alternada de média tensão, com características variadas de freqüência, corrente elétrica e modulação de freqüência.

Por ser utilizada corrente alternada, não há polaridade definida dos eletrodos; ora um eletrodo é positivo, ora negativo. A característica deste tipo de corrente é a ausência de formação de íons, comum na corrente galvânica.

A forma de onda é bifásica e quadrada assimétrica, tanto no semiciclo positivo quanto no negativo. Termos como RISE, DECAY, tempo ON e tempo OFF passam a designar características dos equipamentos de eletroestimulação transcutânea – TENS.

Exemplo de forma de onda bifásica e quadrada assimétrica:

A freqüência é variável, todavia, são utilizadas freqüências baixas e médias, 1 a 150 Hz. Baixas freqüências causam sensação de coceira e maiores freqüências, sensação de vibração. 

A aplicação do TENS é destinada ao alívio e controle da dor.

O efeito da Estimulação Elétrica Transcutânea é sobre as fibras é sobre as fibras nervosas aferentes, ou seja, sobre as fibras nervosas sensitivas. O impulso elétrico provomido pelo aparelho age como um estímulo competitivo em relação ao impulso doloroso. O estímulo chega, então, ao sistema nervoso central, e através da atuação no Sistema Analgésico Central (SACI) bloqueia o estímulo doloroso com o qual concorreu.

Além disso, estimula a liberação de substâncias analgésicas do próprio organismo – endomorfinas, encefalinas e endorfinas.

Também age na substância gelatinosa medula, bloqueando os impulsos dolorosos com os quais compete.

TEORIA DA COMPORTA

Receptores de dor localizados nos tecidos muscular e peri articular – nociceptores – captam estímulos dolorosos e os transmitem, de forma aferente, até a medula. A transmissão do impulso. Nestes tecidos também estão presentes receptores mecânicos que detectam e transmitem os movimentos – receptores cinestésicos –, os que detectam e transmitem para reconhecimento do Sistema Nervoso Central a posição articular – receptores proprioceptivos, e os que detectam vibrações – receptores palestésicos. A velocidade de transmissão dos impulsos cinestésicos e proprioceptivos é maior que a velocidade de transmissão do impulso da dor.

A corrente elétrica do TENS age sobre os receptores mecânicos, causando estímulos que "chegam primeiro", via fibras A, de grosso calibre, ao SNC, competindo com os estímulos dolorosos, que são transmitidas pelas fibras C, aferentes e de calibre menor.

Os receptores mecânicos são mais facilmente estimulados e transmitem mais rapidamente o impulso mecânico de propriocepção e pressão, quando comparados aos receptores da dor, que transmitem de forma mais lenta o impulso doloroso. Devido a esta maior rapidez e facilidade é que causam a inibição da transmissão de dor para o SNC.

Em teoria, a transmissão de impulsos aferentes rápidos têm precedência sobre impulsos lentos, o que provoca a diminuição da percepção destes.

O efeito analgésico promovido pelo aparelho é paliativo, não sendo curativo.

INDICAÇÕES

- Analgesia em doenças crônicas

- Analgesia em doenças agudas

- Artrose

- Fibromialgia

CONTRA-INDICAÇÕES

- Perda ou significativa redução da sensibilidade

- Marcapasso

- Cardiopatia ou disritmias

- Dor não diagnosticada

- Epilepsia

- Primeiro trimestre de gestação; gestação de risco, com presença de contrações uterinas precoces

- Boca

- Seio carotídeo

- Olho e proximidades dos olhos

Protocolo Convencional para alívio da dor aguda



A pode ser definida como cadeia contínua, ininterrupta, de impulsos de alta freqüência grados com curta duração de tempo ON e baixa intensidade de corrente elétrica.

Protocolo sugerido:


- Freqüência: 50 a 100 Hz

- Duração do tempo ON: 40 a 75 microssegundos

- Intensidade de corrente: subjetiva, devendo ser propiciada de modo a assegurar que a estimulação permaneça apenas dentro dos limites da estimulação sensitiva, resultando uma sensação forte, mas confortável.


Protocolo Convencional para alívio dor crônica


- Freqüência: 100 a 130 Hz

- Duração do tempo ON: 100 à 300 microssegundos

- Intensidade de corrente: sensação de grande desconforto, porém não superior ao limite de tolerância

- Início do alívio da dor: 20 minutos

- Duração do alívio da dor: 20 min à 02 horas.


Protocolo Breve Intenso


São utilizadas freqüências maiores e intensidade de corrente elétrica moderada.


- Freqüência: 100 Hz

- Duração do tempo ON: 200 microssegundos (Largo).

- Intensidade de corrente elétrica: Forte, ao nível de tolerância

- Início do alívio da : 10 a 15 minutos.

- Duração do alívio da dor:Pequeno, durante a estimulação.


Protocolo em pontos de Acupuntura

O TENS também pode ser utilizado em pontos de acupuntura, causando a liberação de endorfinas, estimulada por baixa freqüência, de 1 a 4 hz.


- Freqüência: 1 à 4 Hz

- Duração: 200 microssegundos

- Amplitude: Contrações musculares de baixa freqüência, visíveis.


Burst ou Trem de Pulso

Pode ser utilizado para promover analgesia em fase crônica de doenças.

Exemplo de trem de pulso – Burst:



- Freqüência: de 970 a 100 Hz, modulados a uma freqüência de 2 Hz.

- Intensidade da corrente elétrica: tolerável com capacidade de promover contrações

- Início do alívio: 10 a 30 minutos

- Duração do alívio: 20 min à 06 horas


Modulado


Cada trem de pulso pode ser modulado.


- Freqüência de Pulso: 50 à 100 Hz

- Intensidade da corrente elétrica: Variável de acordo com a forma de modulação.
- Início do alívio: Depende da forma de modulação.

- Duração do alívio; Depende da forma de modulação.

CUIDADOS

- Na troca da bateria, deve-se colocar os controles de intensidade de corrente (canal 1 e canal 2) na posição OFF (desligado). Se um dos canais estiver ligado e pronto a conduzir corrente (fora da posição off), ao se trocar a bateria o visor display de sete segmentos verde ficará piscando e a saída do aparelho será interrompida. Se estiver sendo utilizado adaptador AC/DC, se faltar energia elétrica, quando ele voltar este visor estará piscando e a saída será interrompida. Isto tudo acontece para promover segurança para o paciente, evitando saída de corrente indesejada ou fora da intensidade desejada. Deverá, então, ser colocado o controle de intensidade na posição mínima. Neste momento o visor para de piscar e nova intensidade poderá ser dada.

- O aparelho de TENS não deve ser aberto, pois dentro dele podem existir tensões perigosas.

FES – ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL

Como o próprio nome diz, é uma forma de eletroterapia em que a corrente elétrica é empregada com o objetivo funcional, de melhorar funções musculares. Isto pode ser obtido porque a corrente do FES causa contrações musculares, em tratamentos de fortalecimento muscular, controle e melhora do tônus. É um forma terapêutica eficaz para recuperação de músculos paralisados ou enfraquecimentos em decorrência de lesões neurológicas, miopatias, períodos de imobilização após trauma. Todavia, não deve ser utilizado em caso de espasticidade grave, pois pode causar lesões.

A contração elétrica despolariza o nervo motor, que, por sua vez, produz a despolarização das unidades motoras do músculo. É necessário treinamento para que não ocorra fadiga, que prejudica a funcionalidade da contração muscular.

Os estímulos elétricos são modulados por trens de pulso, o que possibilita um repouso entre uma seqüência de pulsos e outra. Este breve repouso entre os pulsos evita o aparecimento da fadiga muscular.

A forma de onda do trem de pulsos pode ser retangular assimétrica, com fases de subida do valor da voltagem – RISE - e descida mais inclinadas, ou seja, menores, com a finalidade de promover uma contração muscular com características mais biológicas. Os tempos de subida e descida menos inclinados, ou seja, menores, podem causar acomodação de membrana do nervo motor, o que diminui a resposta à corrente elétrica.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

É variável de acordo com a patologia, o tratamento e as condições gerais do paciente.

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Sugestão de protocolo (variável):

- Tempo de 20 a 25 minutos.

- Freqüência de 30 a 50 hz

- Tempo on de 06 a 13 us

- Tempo of de 12 a 27 us

Pode ser realizado de duas a três vezes por semana, num total de dezoito a vinte sessões.

Todavia, cada caso é um caso. O protocolo é variável de acordo com a patologia, o tratamento e as condições gerais do paciente.

INDICAÇÕES

- Controle da Espasticidade (leve ou moderada)

- Paraplegias, tetraplegias e paraparesias decorrentes de AVC (Acidente Vascular Cerebral), hemiplegias, paralisia cerebral e lesão medular

- Esclerose múltipla

- Hipotrofia por desuso, como em caso de imobilizações pós-trauma ortopédico, ou longo período em leito

- Paralisia cerebral

CONTRA INDICAÇÕES

- Eixo do marca passo

- Seio carotídeo

- Área pré-cordial

- Espasticidade grave

- Lesão nervosa periférica

- Implante eletrônico

- Implantes metálicos

- Alteração da sensibilidade

- Paciente refratário a este tipo de eletroterapia

CORRENTE RUSSA

Assim como o FES, a corrente russa tem o objetivo de promover contrações musculares com finalidade terapêutico, de acordo o protocolo de tratamento.

Ela foi desenvolvida pelo russo Yakov Kots nos anos 80.

A forma de onda é assimétrica, e a corrente elétrica de baixas freqüência, voltagem e intensidade.

Recomenda-se a aplicação por 10 segundos, seguido por intervalo de 50 segundos, com recomendação de 10 minutos por sessão de estimulação elétrica.

A corrente elétrica despolariza fibras de contração rápida e também as fibras de contração lenta. A corrente russa existe a participação direta da pessoa, numa combinação de exercícios e eletroestimulação.

Os efeitos da corrente russa incluem recuperação e aumento do tônus, da força e da capacidade muscular, combate à flacidez muscular, melhora da circulação e do fluxo sanguíneo.

O aumento do trofismo, também chamada de hipertrofia, é obtida pelo aumento do número de miofibrilas, da quantidade de proteína contrátil, da densidade capilar por fibras e da quantidade de mitocôndrias.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

É variável de acordo com a patologia, o tratamento e as condições gerais do paciente.

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

É variável de acordo com a patologia, o tratamento e as condições gerais do paciente.

INDICAÇÕES

- Reabilitação de atletas

- Reabilitação após longos períodos de imobilização pós-trauma ortopédico

- Melhora do tônus e força muscular em idosos

- Melhora do tônus, trofismo e força muscular em pacientes acamados por longo período


CONTRA-INDICAÇÕES

- Presença de marca-passo

- Doenças cardiovasculares, incluindo disritmias, insuficiência cardíaca e problemas de pressão arterial

- Problemas renais crônicos

- Epilepsia

- Patologias pulmonares

- Gestação

- Implantes e próteses metálicas no local ou próximas ao local de aplicação

- Encurtamento funcional do músculo

- Espasticidade severa

- Traumas locais

- Perda da integridade da pele no local da aplicação

- Alteração da sensibilidade

- Fragilidade capilar

- Insuficiência venosa profunda

TEMPO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

O número de sessões por semana e a quantidade de sessão varia em cada caso, porém geralmente são realizadas de duas a três sessões por semana, com o total de 10 a 20 sessões. A duração da sessão deve ser de 10 a 20 minutos

Em um equipamento de Corrente Russa, tem-se as seguintes especificações:

- Ajuste bifásico, com corrente portadora de 2,5 kHz ou 4 kHz, que agem diretamente no sistema nervoso periférico diminuindo a sensibilização do paciente, o que possibilita maiores valores de corrente aplicada.


- Ajuste do tempo de contração de 6 a 30 segundos de duração, sendo que a rampa inicial da contração, ou seja, o início do trem de pulso, será de 2 segundos do tempo ajustado e a rampa de saída também de 2 segundos de duração. Isso possibilita um início e término da contração suave e extremamente tolerável pelo paciente, pois o início e o fim da estimulação não são abruptos


- 90 Volts como máximo de ddp, ajustável de 3 em 3 Volts, sendo representado no painel a partir do número 1 até 30.


- O tempo relaxamento seguirá uma ordem progressiva, pois nunca poderá ser inferior ao tempo de contração para possibilitar uma recuperação do músculo trabalhado

Protocolos sugeridos


- Contração de 6 a 10 segundos - tempo de relaxamento igual ao tempo de contração (exemplo: para 8 segundos de contração, 8 segundos de para relaxamento)
- Contração de 11 a 20 segundos – tempo de relaxamento igual ao dobro do tempo de contração ( Ex; para 12 segundos de contração, 24 segundos de relaxamento)
- Contração de 21 a 30 segundos - tempo de relaxamento igual ao triplo do tempo de contração ( exemplo, 24 segundos de contração, 72 segundos de relaxamento)


PROTOCOLO COM PROGRAMAS DEFINIDOS PELO FABRICANTE DO APARELHO

Programa I

Destinado ao inicio de tratamento de hipertrofia muscular da 1ª à 10ª aplicação.

ModoFreqüênciaTempo de ContraçãoTempo de RepousoTempo de Aplicação

Suave20 hz10 segundos10 segundos10 minutos

Suave60 hz10 segundos10 segundos10 minutos

Suave80 hz10 segundos10 segundos10 minutos

*FREQUENCIA DA PORTADORA: 2.500 HZ


Programa II

Destinado ao tratamento de hipertrofia muscular da 11ª à 20ª aplicação.

ModoFreqüênciaTempo de ContraçãoTempo de RepousoTempo de Aplicação

Suave20 hz20 segundos40 segundos10 minutos

Suave60 hz20 segundos40 segundos10 minutos

Suave80 hz20 segundos40 segundos10 minutos

*FREQUENCIA DA PORTADORA: 2.500 HZ



Programa III

Destinado ao tratamento de hipertrofia muscular da 21ª à 30ª aplicação.
Colocação de placas nos músculos agonistas: anterior e interno da coxa; retos abdominais e bíceps braquial.

ModoFreqüênciaTempo de ContraçãoTempo de RepousoTempo de Aplicação

Suave20 hz30 segundos90 segundos10 minutos

Suave60 hz30 segundos90 segundos10 minutos

Suave80 hz30 segundos90 segundos10 minutos

*FREQUENCIA DA PORTADORA: 2.500 HZ





MICROCORRENTES GALVÂNICAS

As micro correntes galvânicas são correntes contínuas de valores na ordem de microampères.

Lembrando:

1 ampère = 1000 miliampères ou 1000 mA, então

1mA = 0,001 A ou 10-³ A

1 miliampère = 1000 microampères ou 1000 uA, então

1 uA = 0,001 mA ou 10-³ mA, ou 0,000001 A ou 10A

A tensão utilizada geralmente é alta, na ordem de centenas de volts; devido a isso, o fluxo de corrente elétrica tende a ser mais profundo com valores na escala de micro para evitar queimaduras.

A corrente, como em quase todos os equipamentos de eletroterapia, é ajustada na forma de ajuste da dose ou intensidade, que provoca sensações ao paciente. Devido a isso, o paciente sempre deve ser questionado sobre o que sente.

Geralmente os equipamentos mais modernos de microcorrente galvânica fornecem a corrente não de forma contínua, mas em forma de corrente pulsada, com características específicas desta corrente, como a freqüência,

Abaixo seguem as especificações de um equipamento de microcorrente galvânica usado em estética. O símbolo utilizada para determinar a unidade de potência é o VA, em de w.

A eletroestimulação por micro correntes, devido à baixa intensidade, não estimula as fibras nervosas sensoriais subcutâneas. Devido ao estímulo subsensorial que os pacientes não têm percepção da sensação do formigamento associada às correntes contínua e pulsátil.


A escala de microampère da microcorrente tem intensidade comparável ao do campo eletromagnético do corpo trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica mensurável.


Geralmente a forma de onda assume o formato retangular. O valor da intensidade é variável entre 10 e 1000 microampères (uA). A freqüência é ajustável entre 0,5 hz a 1000 hz. A duração de pulso tem cerca de 0,5 segundos de tempo ON (500 ms), que é cerca de 2500 vezes maior que um pulso típico de TENS. A corrente é atua em tecidos cutâneo e subcutâneo, além de ter atuação profunda, sobre músculos.

Os efeitos fisiológicos incluem restabelecimento da bioeletricidade tecidual; aumento da síntese de ATP; estímulo do transporte ativo de aminoácidos e da síntese de proteínas.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO


Podem ser utilizadas duas formas de aplicação da microcorrente:


- Através de eletrodos convencionais, como borracha de silicone, auto-adesivo, entre outros

- Através de eletrodos tipo sonda, em forma de "dupla-caneta" , como bastonetes, cotonetes, garfo, entre outros

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Na literatura, foi recomendada uma média de 20 sessões.


INDICAÇÕES


- Acne, devido à ação antiinflamatória, cicatrizante, bactericida e antiedematosa

- Involução cutânea, pois promove aumento do número de fibroblastos e realinhamento das fibras colágenas e potencializa a circulação linfática diminuindo edema

- Pós-operatório de cirurgia plástica, devidos aos efeitos cicatrizante, antiinflamatório e antiedematoso

- Estrias, para promover rearranjo das fibras colágenas

- "Cansaço" da musculatura da face, pois elimina metabólitos celulares, promove relaxamento muscular e restabelecimento a bioeletricidade tecidual

- Celulite (antiedematoso)

- Pós peeling, devido aos efeitos cicatrizante, antiinflamatório e restabelecimento da bioeletricidade tecidual

- Iontoforese, que é a administração de íons medicamentos via corrente polarizada (contínua ou contínuo-pulsada)

- Rejuvenescimento de tecidos, em estética



contra-indicações

- Alergia ou irritação à corrente elétrica

- Sobre abdome e região lombar de gestante

- Deve-se ter precaução porque a excitação elétrica pode afetar, teoricamente, os sistemas de controle endócrinos (ainda não há comprovação)

- Região pré-cordial


- Marca-passo

CUIDADOS

Precaução na aplicação das micro correntes em portadores de distúrbio endócrino, pois em teoria - mas sem comprovação ainda – a estimulação elétrica pode afetar sistemas de controles endócrinos.

LASER

Laser em inglês significa Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação. O dispositivo de laser controle a forma pela qual os átomos energizados liberam fótons. São diferentes os tipos de laser; todavia, apresentam características em comum.

No dispositivo de laser, grande quantidade de átomos do material são excitados por flashes de luz muito intensos ou descargas elétricas. Com os átomos excitados, os elétrons passam a ter um estado de energia mais alto. Os átomos excitados ficam em número de duas a três vezes maior que o número de átomos que sofreram excitação – átomos no estado fundamental. Os elétrons dos átomos excitados, passam, então a liberar energia em forma de fótons, para retornar aos orbitais de origem. O fóton emitido tem um comprimento de onda específico. É este comprimento de onda que determina a cor. O comprimento de onda é dependente do estado da energia do elétron quando o fóton é liberado. Dois átomos idênticos com elétrons em estados idênticos vão liberar fótons com idênticos comprimentos de onda. Comprimentos de ondas iguais são liberados fótons quando dois átomos idênticos possuem elétrons em estados de energia também iguais, que retornam aos seus orbitais fundamentais.

O laser possui luz monocromática, com comprimento de onda específico. Além disso, a luz liberada é organizada, em que os fótons movem-se juntos, e fortemente concentrada em uma direção. Isto acontece porque a emissão de fótons e organizada – emissão estimulada. A emissão estimulada ocorre quando um fóton excitado, com energia e fases específicos, encontra outro átomo com um elétron em estado igual; isto faz com que este átomo emita outro fóton com as mesmas características de freqüência e direção do primeiro fóton – o que causou a estimulação.

Existe um par de espelhos no equipamento de laser, sendo que cada espelho fica localizado em uma ponta do meio gerador. Quando os fótons são refletidos no espelho, viajam de um lado a outro, e estimulam os outros elétrons que encontram a emitirem fótons com as mesmas características de comprimento de onda e fase. Em uma das pontas o espelho é semiprateado, com a finalidade de refletir a passagem de parte da luz, que é a luz laser.

O laser pode ser classificado, de acordo com sua potência, em:

- Laser de alta potência, como o de argônio e CO2

- Laser de média potência, como o arseneto de gálio

- Laser de baixa potência, como o hélio – neônio

Os efeitos terapêuticos são produzidos pelos laser de baixa e média potência.

O laser HeNe é mais utilizado para tratamento de tecidos superficiais.

Os efeitos do laser são: aumento da permeabilidade das membranas celulares com eficiência aumentada da bomba de sódio; aumento da síntese de colágeno, do número de fibroblastos, dos níveis de prostaglandinas e do ATP celular; e atividade antiinflamatória.

DOSE

Para a cicatrização recomenda-se desde doses baixas, como de 0,3 J/cm2, como doses altas, de 120 J/cm2. A dose ideal varia conforme o caso.

A literatura sugere a aplicação de doses de 0,003 J/cm2 a 120 J/cm2 para tratamentos de tecido ósseo.

Para tratamento de úlceras, recomenda-se a dose de 3 a 6 J/cm2, dependendo do quadro geral do paciente.A dose deverá ser menor em pacientes mais idosos, com menores graus de hidratação e de nutrição, e em pacientes com pele mais clara.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO

Para o tratamento de úlcera, recomenda-se a técnica de varredura, da parte superior da úlcera para a parte inferior, do lado direito para o esquerdo e vice-versa, com a finalidade de concentrar mais energia nos bordos, onde a atividade metabólica é menor que no interior.

TEMPO DE APLICAÇÃO E DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Para auxílio ao reparo ósseo, de uma a duas semanas.

Para tratamento de úlceras ativas, são recomendadas sessões em dias alternados ou mais. O laser pode ser administrado com medicação (como fibrase, iruxol, entre outros medicamentos) prescrita por médico.

INDICAÇÕES

- Celulite

- Dissolução de gorduras

- Cicatrização de úlceras de pressão (antes do tratamento, deve ser realizada a assepsia da úlcera)

- Cicatrização de lesões: principalmente o laser HeNe é utilização para a promoção da cicatrização

CUIDADOS

- Com os olhos. Para a proteção dos olhos, deverão ser usados, pelo terapeuta e pelo paciente, óculos de proteção

- Não aplicar o laser por tempo superior a 25 minutos, pois aplicação acima deste tempo pode resultar em efeitos colaterais como sonolência, vertigem, náuseas e palidez

- Em pacientes idosos, verificar a temperatura, a pressão arterial e a freqüência cardíaca antes da sessão, quando a mesma tiver tempo de aplicação superior a 20 minutos e quando a potência usada for superior a 2,5 mW.

ELETRICIDADE E NOVAS TERAPÊUTICAS

ELETROTERAPIA PARA TRATAMENTO DE TUMORES

Esta é uma nova e fascinante área de pesquisas e resultados promissores já podem ser encontrados em artigos científicos.

Conforme visto em corrente contínua, uma intensidade de até 1 mA, desde que a potência não seja excessiva (este esta intensidade de corrente, a potência só é alta se a voltagem também for alta) tende a produzir efeitos benéficos ao aumento da síntese de ATP, do metabolismo, do transporte de aminoácidos e da síntese de proteínas. Tais efeitos poderiam causar aumento da proliferação celular de um tumor. Todavia, correntes de 1 mA ou mais causam efeito oposto, com diminuição da síntese de ATP e de proteínas e da proliferação celular. Além disso, em artigos científicos internacionaisé relatado corrente de 1 a 10 mA provocam a inibição de uma enzima que participa do processo de duplicação celular, a enzima ribonucleotídeo reductase (r reductase). Já artigos nacionais apontam que corrente de baixa intensidade (pelo exposto, provavelmente acima de 1 mAcausaam necrose no eletrodo positivo e necrose no negativo devido ao desequilíbro do pH e à formação da cloramina. Apoptose é a morte celular programada.

O possível mecanismo de formação de cloramina e a combinação de íons Cl- com compostos nitrogenados. Neste caso, seria sugestivo que a inibição da formação de proteínas decorresse da utilização de aminoácidos para o fornecimento do grupo amina. Os próprios radicais livres formados pela corrente elétrica podem provocar alterações e fragmentação em aminoácidos e proteínas; no caso de fragmentação, grupos aminas poderiam combinar-se com o Cl- e formar a amina. Menor quantidade de aminoácidos pode comprometer a síntese de proteínas necessárias à manutenção e à divisão da célula tumoral. Ocorre, então, a inibição da mitose, devido à deficiência de aminoácidos no meio intracelular e a destruição da célula, seja por meio da necrose ou da apoptose.

Um dos radicais livres produzidos pode ser a hidroxila – OH-. Se ele for produzido nas proximidades do DNA fixado a um metal, poderá ocorrer alteração em bases púricas ou pirimídicas, o que leva à mutação ou inativação do DNA. Este radical também poderá inativar proteínas, como as presentes na membrana celular e as enzimas ao causar a oxidação (oxidação é a perda de elétrons; o radical OH- tem um elétron desemparelhado e atraí um metal ou um íon positivo que "doa" elétrons) dos grupos sulfidrilas (SH-) e das pontes dissulfeto (SS-). Pode também oxidar ácidos graxos poliinsaturados das membranas celulares.

Uma das hipóteses para a formação da hidroxila é a dissociação eletrolítica da água.

A ribonucleotídeo redutase (r redutase) é uma enzima que realiza a redução do ribonucleotídeo em desoxirribonucleotídeo. Nesta reação, um grupo OH- do ribonucleotídeo reage com os dois H+ do grupo (SH)2 da tiorredoxina e com o NADPH. A r redutase causa a redução da tiorredoxina, fazendo com que o seu grupo

Resultados de uma pesquisa brasileira aponta a possibilidade de tratamento de tumores superficiais em três ou quatro sessões. Além disso, um dos pesquisadores relata que não há efeitos colaterais, e que houve caso de um paciente com sobrevida estimada de três meses que chegou a viver a 15 anos após o tratamento com eletroterapia com corrente dentro dos parâmetros adequados.

Abaixo é citado um dos protocolos adotados por pesquisadores estrangeiros - conforme relato em artigo científico americano – em que foram utilizados eletrodos de superfície.

Humphrey et al, 1959:

Eletrodo ativo (negativo): de cobre (Cu) ou Na, sobre esponja saturada com solução salina sobre a pele acima do tumor

Eletrodo passivo (positivo): o mesmo, acima da área ventral

Melhores resultados: total regressão em 60% dos coelhos, pelo cátodo (eletrodo negativo), com corrente de 3 mA e tensão de 3 V, 4.8 horas por dia durante 21 dias

Os radicais livres também podem reagir com aminoácidos e com nucleotídeos. Na reação com os últimos, pode ocorrer modificações nas moléculas de DNA e aberrações cromossômicas.

ELETROPORAÇÃO E ELETROQUIMIOTERAPIA

A eletroporação é uma moderna técnica de eletroestimulação que utiliza corrente elétrica pulsada de alta voltagem com o objetivo de formar poros na membrana plasmática de células e assim facilitar a passagem de substâncias. É utilizada com freqüência em tratamentos de estética, com o objetivo de diminuir a celulite.

A eletroquimioterapia consiste num método em que é empregada grande diferença de potencial através de um eletroestimulador, associada à administração de quimioterápicos.

Geralmente são utilizados eletrodos em forma de agulha para tratamentos em áreas de localização profunda. Para tratamentos superficiais, podem ser utilizados eletrodos de superfície.

PROTOCOLO SUGERIDO

Um dos protocolos atualmente encontrados para a eletroporação e para a eletroquimioterapia segue as seguintes características:

- 8 pulsos de 100ms de duração,

- 1300V/cm de amplitude,

- freqüência de 1Hz ou 5KHz,

- tempo de aplicação dos pulsos dura aproximadamente 10 segundos, na freqüência de 1Hz,

-  para freqüência de 5KHz, duração de 1,5 milissegundos.

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

A duração do tratamento é variável para cada paciente.

INDICAÇÕES PARA A ELETROPORAÇÃO

- Calvície

- Celulite

INDICAÇÕES PARA A ELETROQUIMIOTERAPIA

- Neoplasias

CONTRA – INDICAÇÕES

- Implante metálico na área a ser tratada

- Alterações de sensibilidade

CARACTERÍSTICAS DA MEMBRANA PLASMÁTICA

A menbrana plasmática é constituída de lipídios, proteínas e hidratos de carbono. Quase todos os lipídios das membranas são constituídos por uma extremidade hidrofílica, voltada para o exterior da célula, e uma extremidade hidrofóbica, voltada para o interior das células. Os lipídios mais comuns são os fosfolipídios.

Dentre os fosfolipídios, destacam – se os fosfoglicerídeos. Todos são constituídos por uma molécula de glicerol com o carbono 3 ligado a um radical fosfato.
As partes polares – portanto hidrofílicas – contém o grupo fosfato.

FORMAÇÃO DE POROS – UMA TEORIA

A aplicação de uma alta diferença de potencial promove a passagem da corrente elétrica com maior "força" – potência. Ocorre o aparecimento da força quando a carga elétrica negativa mobilizada devido à diferença de potencial aproxima – se de um oxigênio com um elétron a mais que completa o orbital. A força resultante é de repulsão e o oxigênio tende a se afastar. Os poros são então formados pelo afastamento das partes polares devido à repulsão exercida pelas cargas.

EQUIPAMENTOS PARA DIAGNÓSTICO

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

A ressonância magnética é uma técnica que permite determinar propriedades de uma substância e visualizar com grande precisão órgãos e tecidos, através da emissão da energia absorvida das ondas de rádiofrequência, na faixa de megahertz (MHz), caracterizando-se como sendo uma espectroscopia, que é um método utilizado para análise de dados físico-químicos através da transmissão, absorção ou reflexão da energia radiante incidente em uma amostra.

A ressonância magnética permite a visualização da circulação sanguínea sem mostrar os tecidos circunvizinhos. Em muitos casos, o exame do sistema arterial pode ser realizado sem a injeção de contraste.

Os magnetos utilizados na ressonância magnética te intensidade de 0,5 a 2 tesla, o que equivale de 5000 a 20000 Gauss. O campo magnético terrestre tem apenas 0,5 Gauss. Esta intensidade pode atrair fortemente objetos como clipes e adereços metálicos, por isso evitar objetos metálicos juntos ao paciente é fundamental. Além disso, pode também apagar os dados contidos em cartões magnéticos. A força magnética exercida sobre um objeto aumenta de forma exponencial na medida em que é aproximando do ímã.

Os magnetos podem ser: resistivos, consistidos por bobinas de fio enrolado em um cilindro pelo qual percorre corrente elétrica; permanentes, de natureza magnética, em que o campo magnético não se altera e não depende da corrente elétrica pra ser criado; e supercondutores, que consistem em magnetos formados também por bobinas enroladas em um cilindro, sendo que a diferença é que o fio da bobina fica banhada em hélio líquido à temperatura de -233,5° C.

Existem também no equipamento de ressonância três magnetos gradientes. O magneto gradiente tem pequena intensidade, que varia entre 180 a 270 Gauss e tem a finalidade de criar um campo magnético variável. O magneto principal cria um campo magnético estável.

O efeito da ressonância magnética nuclear é fundamentado na absorção ressonante de energia eletromagnética na faixa VHF, de freqüências de onda de rádio. Para que esta absorção ocorra, é necessário que os núcleos de átomos tenham momento angular diferente de zero.

Mas a condição primeira para absorção de energia por esse efeito é de que os núcleos em questão tenham momento angular diferente de zero. Os átomos de interesse para a ressonância são os átomos de hidrogênio, pois o núcleo tem apenas um próton e momento magnético elevado. Momento magnético elevado significa que o átomo de hidrogênio tem forte tendência de alinhar com a direção do campo magnético.

Com a aplicação do campo magnético, todos os prótons de hidrogênio se alinham; todavia, a maioria dos átomos de hidrogênio anula-se, sendo que em uma amostra permanecem um ou dois prótons que não se anularam. Os prótons que não se anularam absorvem a energia proveniente das ondas de rádio, e esta energia faz os prótons girarem em uma direção diferente.

Quando o emissor de ondas de rádio são é desligado, os prótons de hidrogênio retornam aos seus alinhamentos naturais dentro do campo magnético e liberam o excesso de energia armazenada. Esta energia que retorna emite pulso que é captado por bobina, que leva a informação captada ao computador

O contraste utilizado no exame de ressonância altera o campo magnético do tecido que é examinado. Se o tecido tiver alterações anormais, criará sinais diferentes do tecido em seus estado normal.

INDICAÇÕES

- Diagnostico de esclerose múltipla

- Diagnóstico de tumores na glândula pituitária e no cérebro

- Diagnóstico de infecções no cérebro e medula espinhal

- Diagnóstico de infecções na medula espinhal

- Diagnóstico de infecções, inflamações e outros acometimentos nas articulações

- Diagnósticos de ruptura de tendões no pulso, joelho e tornozelo

- Diagnóstico de tendinite

- Avaliação de massas nos tecidos macios do corpo

- Avaliação de tumores ósseos, cistos e hérnias de disco na coluna

- Diagnóstico do estado inicial de acidentes vasculares cerebrais

CONTRA – INDICAÇÕES

- Clipes de aneurismas, pois o magneto pode atraí - los fortemente os clipes e assim provocar a ruptura da artéria

- Fragmento de metal no olho

- Gestação, pois não se sabe o efeito da ressonância sobre o feto, principalmente nos três primeiros meses de gestação

- Marca – passo: o magneto pode interferir no funcionamento do marcapasso

- Alguns implantes metálicos no corpo: devem ser avaliados, para se ter certeza de que representam riscos ao paciente

VANTAGENS

-Não utilização de radiação ionizante

- Efeitos colaterais pequenos

- Geração de imagem de qualquer plano – planos axial, sagital e coronal: a tomografia é limitada ao plano axial

DESVANTAGENS

- Não pode ser utilizado em portador de marca-passos

- Não pode ser utilizado em portadores de claustrofobia

- Intenso ruído durante a realização do exame: é necessário o uso de protetores de ouvido pelos pacientes

- O paciente precisa permanecer imóvel por longo período de tempo. A duração média do exame é de 20 a 90 minutos

- Implantes ortopédicos, como pinos e placas, podem causar distorções nas imagens, pois podem causar alterações no campo magnético principal

- Valor elevado do exame

Raios X

Os raios-X são uma forma de onda de energia magnética carregada por fótons, assim com a luz visível. A diferença entre ambos é a energia e o comprimento de onda de cada fóton. Comprimento menor onda tem mais energia que comprimentos maiores. Por isso, os raios-X tem maior energia que as ondas de rádio, por exemplo, que possuem comprimento de onda maior. O elétrons libera um fóton quando passa para um orbital menor ao redor do átomo. A colisão de um fóton com um átomo faz o átomo absorver a energia do fóton; esta absorção desloca um elétron para um nível de energia mais alto. O deslocamento do elétron ocorre quando a energia do fóton combina com a diferença da energia entre as duas posições do elétron, ou seja, entre os dois orbitais. Se não houver esta diferença, o fóton não desloca o elétron.

Uma parte da energia do fóton do raio X separa o elétron do átomo e o a outra parte o faz se movimentar para fora do átomo. Átomos maiores absorvem mais fótons de raios X átomos menores, por possuírem orbitais separados por níveis de energia menores, absorvem menos fótons. Desta forma, os fótons tendem a passar por eles.

Os tecidos moles do corpo humano, por serem constituídos de átomos menores, absorvem menos fótons de raio X. Átomos de cálcio, abundantes em osso, por serem maiores, absorvem o fóton.

A máquina de raios X possui um par de eletrodos; o cátodo, negativo, é um filamento aquecido e o ânodo, positivo é um disco de tungstênio de forma achatada. Ambos ficam dentro de um tubo de vidro a vácuo. O filamento – cátodo – é aquecido quando à passagem da corrente elétrica e o calor produzido expulsa os elétrons da sua superfície. Devido à altíssima diferença de tensão entre o cátodo e o ânodo, os elétrons percorrem o tubo com bastante força. O elétron choca-se, então, com o ânodo, e libera elétron localizado em orbitais mais internos do átomo. Outro elétron do átomo, localizado em um orbital mais externo – com maior nível de energia – migra o lugar do elétron que foi expulso e libera, neste movimento, sua energia em forma de fóton.

Elétrons livres geram fótons sem atingir átomo quando passam próximos a ele. O núcleo do átomo altera então o curso do elétron e muda sua velocidade. Com esta frenagem, o elétron emite seu excesso de energia em forma de fóton.

Um motor do equipamento de raio X gira o ânodo para que ele não derreta, pois o calor produzido para a geração de raio X é alta – devido às colisões entre elétrons e átomos. Desta forma, o foco de feixe de elétrons muda de posição. Também é usada uma camada de óleo frio ao redor da ampola para absorver calor.

Uma blindagem grossa de chumbo evita que os raios X escapem em diferentes as direções. Uma pequena abertura na blindagem permite a passagem de um pequeno feixe de raio X, que passa por filtros até chegar ao paciente. Uma câmera localizada no outro lado do paciente grava o padrão de raios X que passam através do corpo.

Ossos e outros tecidos duros aparecem em branco, e tecidos moles preto ou cinza, dependendo do grau de absorção do raio X.

Por ser uma radiação ionizante, pode causar prejuízos À saúde.Quando os fótons de raio X atinge um átomo, ele expulsa elétrons, o que pode formar íons. Os elétrons expulsos podem colidir com outros átomos e criar mais íons. Os raio-X podem causar danos à saúde, por serem uma forma de radiação ionizante. Os íons formados no interior do organismo podem causar reações químicas anormais na célula e também quebrar cadeias de DNA. Reações anormais e morte das células podem causar doenças, e as rupturas na cadeia de DNA podem produzir mutação e assim causar câncer. Óvulo ou espermatozóide com danos na cadeia de DNA pode originar um indivíduo com defeitos genéticos.

ASSOCIAÇÃO DO EXAME DE RAIO X AO CONTRASTE

Os contrastes associados ao exame de raio X são usualmente utilizados para o exame de vasos sanguíneos, dos órgãos dos sistemas digestivos e endócrino. Um contraste comumente empregado é a base é bário.

Os contrastes podem ser usados com um fluoroscópio, no qual são formadas imagens causadas por raio X móvel. As imagens podem ser filmadas.

OUTRAS APLICAÇÕES DO RAIO X

O raio X é também empregado em pesquisas que envolvem a cristalografia, a cosmologia, a mecânica quântica; para detectar falhas em equipamentos de metal pesado em indústria; para rastreamento em aeroportos.

ELETROMIOGRAFIA

A eletromiografia é exame que visa estudar as alterações fisiológicas que ocorrem durante o repouso ou durante a contração mínima de um músculo ou grupo muscular, com a finalidade de avaliar a função de uma unidade motora ou mais de uma.

A unidade motora é constituída por um neurônio proveniente do corno anterior da medula, do axônio, das junções entre as terminações nervosas e as fibras musculares, e as fibras musculares inervadas pelo axônio.

O axônio transmite o impulso para todas as suas fibras musculares, causando a despolarização de forma simultânea das fibras musculares. A atividade elétrica ocorrida durante a despolarização pode ser captada por eletrodos, registrado e analisado como eletromiograma. O exame permite observar a influência de fatores como a temperatura do corpo, a idade, sexo (feminino ou masculino), esforço na prática de algum esforço ou exercício físico. Além disso, permite estabelecer o

Para fazer o registro eletromiográfico, podem ser utilizados dois tipos de eletrodos; o de agulha e o superficial. Os superficiais são constituídos pelo eletrodo ativo, pelo de referência e pelo terra. O ativo deve ficar localizado sobre o ponto motor ou sobre o maior número de fibras musculares; o de referência, sobre tendão ou um grupo muscular distinto; o terra serve para prevenir interferências do ambiente. Os eletrodos de agulha devem ser inseridos na musculatura, para captarem sinais elétricos causados pelos trocas iônicas no local que ocorrem a nível celular e podem registrar a atividade de unidades motoras isoladas em repouso ou em atividade.

Os sinais captados são amplificados e registrados na tela do computador .

São registrados sinais com ondas de amplitude e freqüência específicas dos diferentes tipos de fibras musculares ativadas. As fibras musculares lentas apresentam registros com ondas de alta amplitude e baixa freqüência; as fibras musculares rápidas apresentam ondas de baixa amplitude e alta freqüência.

A resposta normal captada pelo eletrodo de agulha, assim que é inserido, consiste em um período breve de despolarização determinado pela irritação mecânica das fibras musculares. A atividade elétrica de unidades motoras individuais são captadas quando uma contração muscular mínima é realizada. Contração muscular maior cria interferência devido à descarga de muitas fibras musculares.

Fibrilações ou contrações espontâneas ocorrem quando houver instabilidade na membrana muscular decorrente de denervação, trauma, desequilíbrio eletrolítico ou lesão do motoneurônio superior. Os potenciais de músculos reinervados possuem amplitude acima do normal, pois os axônios reinervam maior número que o normal de fibras musculares.

Doença muscular, também chamada de miopatia, é indicada por baixa amplitude dos potenciais de ação, com diminuição da amplitude e duração dos potenciais e aumento do número de potenciais polifásicos pequenos e curtos, pois os axônios inervam quantidade de fibras musculares menor que o normal, gerando atividade elétrica de menor intensidade e duração Atividade espontânea não é registrada na miopatia.

INDICAÇÕES

- Miopatias

- Avaliação da função muscular em patologias, como doenças degenerativas e inflamatórias

- Avaliação da função muscular como resposta ao esforço

- Determinação do percentual de fibras lentas e rápidas, através da análise das características da contração

- Avaliação da musculatura da marcha

- Avaliação da capacidade dos exercícios em inibir ou facilitar a contração muscular durante tratamento de recuperação da função muscular

- Para diagnóstico diferencial entre uma contração fisiológica e patológica.

- Como eletroneuromiograma, para diferenciar distúrbios do nervo, do ponto motor e do músculo

- Avaliação da eficácia de equipamentos de musculação, com indicação das melhores posições para trabalho de um músculo ou grupo muscular

-Análise da freqüência de disparo das fibras musculares e do aparecimento da fadiga muscular; as fibras musculares disparam em freqüências menores quando há fadiga

- Diagnóstico do nível de atividade muscular que causa a fadiga

- Acompanhamento do trabalho muscular de um atleta

- Estudo da atividade de músculos acessórios associados ao principal na execução de movimento

- Avaliação das condições do paciente no início do tratamento e a progressão da recuperação de músculos faciais, de deglutição, respiração e mastigação

- Investigação da possibilidade de tensionamento muscular em síndromes das articulações têmporo-mandibulares

- Investigação de movimento sincronizado entre músculos agonistas e antagonistas, em estudos de movimentos voluntários de pacientes tratados por terapeutas ocupacionais

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Os equipamentos de tomografia computadorizada produzem raio X. A alta energia dos fótons do raio X permite que eles atravessem a maioria dos tecidos moles do corpo humano. O feixe de raio do tomógrafo é movimentado ao redor do paciente, para examinar "fatias" do corpo.

Tecidos mais densos, como o fígado, ou com elementos mais pesados, como o cálcio, absorvem mais radiação que tecidos de menor densidade, como o pulmão. Portanto, os raios X tendem a atravessar e sofrer menos absorção nos tecidos menos densos.

A tomografia computadorizada indica a quantidade de radiação absorvida pelos tecidos através de imagens em escala de cinza.

PROCEDIMENTO DO EXAME

A plataforma no qual o paciente é deitado move-se para o interior do anel da máquina. O anel suporta o tubo de raio X e os detectores de raio X. Um motor movimenta o anel ao redor do corpo. Cada volta completa capta imagem horizontal de uma fatia do corpo; esta imagem é digitalizada. A plataforma no o paciente permanece em decúbito é novamente movimentada para que o tubo e os detectores de raio X possam captar a próxima imagem em "fatia". As imagens, então, são captadas em um movimento espiral entre a plataforma e o movimento do anel, e posteriormente processadas por computador.

INDICAÇÕES

- Diagnóstico de tumores

- Diagnóstico de lesões pós – traumatismo crânio – encefálico

- Diagnóstico de osteoporose

CONTRA-INDICAÇÕES

- Gravidez

Vantagens

- Estudo mais detalhado do corpo, em forma de imagens em fatias

- Distinção entre dois tecidos do corpo, devido à diferenciação da densidade

- Detecção de anomalias detectáveis por métodos invasivos

Desvantagens

- Exposição à radiação ionizante – raio X, que pode ser prejudicial a gestantes e crianças

REFERÊNCIAS

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Autor: Cynelle Souza


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