EDUCAÇÃO PERMANENTE É A LUZ DA PRÁTICA DO CUIDAR



Diante da mudança do século partindo para o Século XXI, vivemos uma intensa crise de humanismo na saúde, uma desacreditação no cuidar, um cenário triste, onde é necessária uma intervenção urgente na qualidade da assistência, uma política de saúde voltada para a humanização do cuidado baseado em uma aprendizagem contínua, na criação de um espaço onde os profissionais possam refletir na sua prática de cuidado, no modo de fazer e agir frente ao cotidiano de trabalho, na construção de diversas maneiras de fazer melhor. A influência da educação permanente no cuidado e a essência para um cuidado ampliado, voltado para o subjetivo, para o invisível Através da mudança de pensamento, da atitude do profissional do conjunto de iniciativas na execução da prática, no ato de fazer, na consciência emocional, afetiva, social, educativo, espiritual de um cuidado digno.

INTRODUÇÃO

Diante da intensa crise de humanismo, e desacreditarão no cuidado é necessária uma intervenção na política de assistência a saúde, uma mudança no paradigma do cuidado, onde a ferramenta principal para mudar é a educação, não no sentido do verbo educar, mas no sentido de construir e de transformar a prática de cuidado, ou seja, uma prática de cuidado baseado no dia/dia, no cotidiano de trabalho, como objeto de aprendizado nas diferentes realidades vivenciadas, do trabalhar no coletivo, de estabelecer relações de trabalho, de estruturar a organização do serviço de saúde, da responsabilidade de cada um, do aprender a aprender a fazer melhor, do compromisso no trabalho, do pensar e agir como instrumento para trabalhar em enfermagem, da combinação de trabalho-cuidado-educação, onde o conhecimento é a chave para transformação das pessoas, onde estimular o desenvolvimento da consciência nos profissionais é o segredo para humanizar o cuidado. A importância da criação de um espaço no trabalho onde os profissionais possam refletir na prática de cuidar.

Como eu estou cuidando hoje? "Como fazer"? Porque fazer? Quando fizer? Quem vai fazer? De quem é a responsabilidade do doente?

O saber deve ser descentralizado juntamente com troca de experiências entre profissionais-pacientes-família-instituição, onde todos "sabem", dentro do seu contexto, social, cultural e moral. A humanização do cuidado influenciado pela educação pode refletir na mudança interna e intelectual, emocional, do profissional, tornando um ser mais crítico e consciente do seu papel pessoal, social e profissional refletindo na construção de um novo modelo de cuidado, voltado para o íntegro, centrado nas subjetividades do paciente, entendendo que a educação é um processo de aprendizagem contínuo e um processo lento, um processo de mudança onde o cotidiano é construindo em cima das diversas situações vivenciadas, onde o saber não fica centrado no profissional médico, mas que este depende muito da equipe de multiprofissional e multidisciplinar para concretizar seu trabalho.

A reunião de Educação Permanente auxilia o profissional a trabalhar melhor em equipe, lidar melhor com as frustrações, situações estressantes, sofrimento e morte no cotidiano do dia/dia, oferecendo força e apoio e renovando seu emocional, ajudando na transformação de si mesmo e do outro. A incorporação da educação no ato de cuidado é a chave para o cuidado humanizado. "Onde o que eu fiz ontem eu não vou fazer hoje e hoje eu serei melhor do que ontem".

A Educação Permanente esta relacionada com a aquisição, fortalecimento e manutenção dos conhecimentos, habilidades e atitudes pelos profissionais (Grant& Stanton, 2000).

Sempre em busca de um humanismo nas relações entre homens e mulheres, a educação tem como objetivo promover ampliação da visão de mundo e isso só acontece quando essa relação é meditatizada pelo diálogo. Não no monólogo daquele, que achando se saber mais, deposita o conhecimento como algo quantificável, mensurável, naquele que pensa saber menos ou nada saber. A atitude dialógica é antes de tudo, uma atitude de amor, humildade e fé nos homens, no seu poder de fazer e refazer, de criar e recriar (FREIRE, 1987:81).

Reflexão

Quando eu mudo o pensamento eu transformo o universo.

Cuidado e educação permanente:

Aprender a conhecer

Aprender a fazer saber, ousar e calar.

Educar é abençoar

Aprender a conviver aprender a ser

Função da educação é a de ensinar e não saber

EDUCAÇÃO

Para Freire (2), não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Neste sentido, o autor propõe um diálogo baseado na escuta, na capacidade de aceitação do outro, e na solidariedade que acreditamos ser a sustentação das relações cuidador/ "ser" e cuidado/coletividade. Freire (2) interroga: como posso dialogar se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro, nunca em mim?

OBJETIVO

Analisar a influência da educação permanente na prática de cuidar, refletindo na mudança, na transformação, no pensamento através do pensamento e da ação.

JUSTIFICATIVA

Frente a esse cenário triste de desumanização hospitalar, de cuidado fragmentado, centrado nas especialidades, no cuidado automático, na rotina diária, onde o profissional se esconde do sofrimento se moldando de uma capa fugindo do doente, do sofrimento, das emoções, apresentando despreparo para lidar com a morte, porém se torna frio insensível inconsciente, preferindo proteger suas emoções, atitude que vai acabar refletindo na sua prática de cuidado com o paciente, e este percebe sua indiferença. Uma realidade difícil, pois o profissional sofre muito. Diante desse cenário a triste surge a educação permanente para jogar luz a prática e dar suporte emocional para o profissional de saúde fazer uma prática de cuidado humanizada, onde vai poder falar de suas angustias e depressões do cotidiano e aprender a aprender a como lidar com o cotidiano melhor, um desabafo que limpa a alma, renova forças e a troca de informações e opiniões dos outros.

Perguntas:

Qual a influência da educação permanente no cuidado?

Como é trabalhar com educação e cuidado?

Quando a educação permanente transforma o profissional?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Educação permanente: uma ferramenta para pensar e agir no trabalho de enfermagem


Autor: Selma Domingos


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