JOEL – A CALAMIDADE ANUNCIADA



JOEL – A CALAMIDADE ANUNCIADA - 03/09/2009

 

 

Se é dia de chuva ou não, não sei dizer, mas que tudo enlouqueceu isso é verdade

 

As chuvas já não chegam à data certa, o calor se foi em pleno Agosto. Um frio sem explicação. Uma forte chuva toma o lugar do vento e da poeira. Uma chuva que não somente lava poeira, mas causa estragos. Leva casas, carros, rochas. Até as raízes das árvores ficam expostas ao solo como se não tivessem forças em si mesmas. Estamos expostos a uma desordem da natureza.

 

Escutei assim: a natureza enlouqueceu! Que nada, nós é que estamos deixando o mundo de pernas para o ar. Fiquei observando a conversa. O rio perto de casa transbordou, o outro responde, você acredita que meu pai pescava lá. Eco, disse. Que nada responde, lá era limpo, tinha árvores ao lado. Eu ainda me lembro de brincar lá enquanto ele pescava para o almoço. Só ficou fedido e sujo depois que passou morar gente a sua beira.

 

Agora não tem mais peixe, mas encontramos lá, pedaço de cama, berço, sofá. Acredite se quiser, mas recentemente encontrei lá um resto de boi. Parecia brincadeira, comecei a rir sozinha vendo aquilo. Ai depois quando chegam às chuvas de Janeiro é um desespero querendo ajuda, pois a água está entrando em casa.

 

Joel um profeta do antigo Testamento, retratava que as calamidades eram juízos de Deus e advertência de Deus quanto ao que o homem faz a natureza a si mesmo. E que de tudo isso Deus irá requerer do homem no juízo vindouro.

 

Ele falou a Judá por causa do pecado que ela cometia, disse ao povo que observasse seus caminhos e a aliança que haviam feito com Deus. Que eles deveriam viver suas vidas desleixados, mas que olhassem a sua volta, observasse cada acontecimento do dia para que não fossem pegos de surpresa com o que Deus poderia fazer ao homem. Mas que deveriam se arrepender de seus maus caminhos e rendessem a Deus criador de todas as coisas.

 

Joel foi muito ousado em seu tempo ao retratar o pecado de Judá de forma a não esconder nada nem amenizar para ninguém, chamou todos ao arrependimento. Mas sua profecia chegou até aos confins da terra e a nós hoje. Ele não deixa também de ressaltar que Deus é misericordioso se voltarmos para ele com o coração sincero e dispostos a nos entregar de verdade a sua lei. Deus julgará aqueles que não se arrependeram de seus maus caminhos e abençoará aqueles que Nele confiou.

 

Em pleno 2009 estamos vivendo outra praga, no tempo de Joel foi o gafanhoto e a seca que destruiu tudo. Hoje temos a seca em algumas partes do mundo, outras chuvas em excesso e por último às gripes que assolam a humanidade matando e deixando a população pavorosa.

 

Em Joel o encontramos advertindo o povo que não deixassem se levar pelos confortos que existiam em suas épocas, e hoje não está longe. Queremos toda segurança oferecida pela tecnologia e governos. Essa segurança é falsa, pois ela não pode nos livrar dos terríveis males e doença que nos afeta. Através da tecnologia da alimentação, remédios com aparência de solução, mas que só engordam o bolso dos donos de suas fábricas, que não se importam seriamente com a solução das doenças, mas em sua venda cada dia maior.

 

Joel exortou o povo que contasse cada desastre de geração a geração para que não se esquecessem do que é estar fora da presença de Deus. Não deram idéia, e caminhamos da mesma forma. Estamos ensinando nossa geração que o descartável é o melhor, mesmo que ele não se dissolva com o tempo. Produzimos lixo em quantidades enormes e não queremos saber como ele irá acabar e nem para onde irá desde que saia da nossa casa.

 

O profeta queria que o povo entendesse o que Deus queria dizer com cada praga que assolava aquela população. Mas não davam ouvidos. Hoje nós estamos com a gripe, amanhã será outra doença e nós estaremos debruçados sobre grandes tecnologias à procura da solução, sem olharmos para dentro de nós mesmos e tentar achar onde erramos para podermos consertar.

 

A prosperidade daquele povo fez com que eles fechassem os olhos para o pecado moral. Hoje estamos como Judá. Não importo com nada, quero apenas me satisfazer.

 

Todo alimento daquele povo havia sido destruído pelos gafanhotos. Mas mesmo assim não se renderam a Deus. Vemos nosso povo hoje passar fome, mas não conseguimos resolver nada, mesmo que se façam multidões, a nossa fome não está ligada somente a alimentação física, mas a alimentação espiritual.

 

Mas ainda temos tempo como Deus disse ao seu povo. Agora, porém", declara o Senhor, "voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto." (Joel 2:12).

 

Não precisamos rasgar as nossas vestes, já estamos nus por demais hoje em dia. O que precisamos é rasgar o nosso coração, voltarmos para Cristo. Quem sabe Ele não volte atrás em sua decisão de nos destruir e nos ajude a ver a vida de forma deferente, mas clara e sem tantos conflitos pessoas e da natureza.

 

Deus não está interessado em nossas expressões exteriores, elas nunca são verdades, elas sempre mentem o que realmente está no oculto de nossos corações. Pois é assim que agimos nos desastres, nos afloramos em amor e depois nada mais acontece, basta apenas a Tv parar de falar para esquecermos de tudo.

 

Nossos pecados têm entristecido a Deus em Cristo. Não apenas quebramos o regulamento de vida na terra, mas não nos arrependemos de nossos atos pecaminosos nem imaginamos que existe alguém que sofre conosco e por nós. Deus pode mudar tragédias em bênçãos, mas ninguém se importa com isso, pois em cada tragédia alguém sai ganhando. E isso gera mais tragédia.

 

Ainda é tempo de olharmos para o céu e sabermos que Deus espera nossa atitude de arrependimento. Quer que nosso coração seja despido de ódio e desejos errôneos contra o próximo. Podemos ver o nosso mundo melhorar, desde que melhoremos a nós mesmos em Cristo. Desde que deixamos a palavra do profeta Joel ser verdade hoje também. Deus não mudou Ele continua o mesmo, querendo nos dar a vida em abundância. Nada de vida de vícios, desespero, tristeza, depressão sem cura, morte por nada e tudo, morte de jovens por drogas, pais matando filhos, filhos que não se importam com seus pais.

 

Observe as palavras de Deus ao povo de Judá que podemos hoje observar também e não sermos destruídos por cada praga, doença e loucura da natureza. “Toquem a trombeta em Sião; dêem o alarme no meu santo monte. Tremam todos os habitantes do país, pois o dia do Senhor está chegando. Está próximo! É dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e negridão. Assim como a luz da aurora se estende pelos montes, um grande e poderoso exército se aproxima, como nunca antes se viu nem jamais se verá nas gerações futuras. Diante deles o fogo devora, atrás deles arde uma chama. Diante deles a terra é como o jardim do Éden, atrás deles, um deserto arrasado; nada lhes escapa. Eles têm a aparência de cavalos; como cavalaria, atacam galopando.  Com um barulho semelhante ao de carros saltam sobre os cumes dos montes, como um fogo crepitante que consome o restolho, como um exército poderoso em posição de combate. Diante deles povos se contorcem angustiados; todos os rostos ficam pálidos de medo.[...] "Agora, porém", declara o Senhor, "voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto." Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça. (Joel 2:1- 6; 12-13)

 

Até a próxima...

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Autor: Silvia Leticia Carrijo


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