Dos Desastres
DOS DESASTRES
Sodine Üe
Do desastre do
bungee jump
Mísera corda que não me segura
Eu, solto, caio feito um grampo
Se ao menos ela me fisgasse
nem tanto
Do desastre da poesia
Mísera palavra que não comporta
Cujos verbos não segura isenta
Que antes de dizê-los em parte
os arrebenta
Do desastre do indefinível
Mísero meio-termo, misterioso enigma
Não é lenda, nem certeza absoluta
Não é árvore inteira, nem semente
é fruta
Do desastre da insônia
Mísera madrugada abafada e seca
Com seus sapos, sua coaxada aguda
Nem amanhece, nem fica escuro
Madruga
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Autor: Sodine Üe
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