Como interpretar a declividade expressa em porcentagem?



Como interpretar a declividade expressa em porcentagem?

 

Não é raro conversar um técnico da área agrícola ou ambiental ter que se deparar com uma carta de declividade. Nesta carta será possível observar classes de porcentagem que representam declividades do terreno representado no mapa. Por exemplo, é possível observar áreas com 45% de declividade. Como se pode interpretar essa informação?

 

O que se deve ter em mente para entender essa informação é, se a parte do mapa que apresenta 45% de declividade tivesse 100 m de comprimento, a cada 100 metros que pudéssemos andar no sentido horizontal, eu aumento em 45 metros a minha altitude. Assim, a cada 100 metros que andamos na horizontal (seta preta na Figura 1 abaixo), em um terreno de 45% de declividade, subimos cerca de 45 metros (seta vermelha na Figura 1) em termos de altura.



Perceba que quanto maior a porcentagem, maior será a declividade do terreno (ver Figura 1). Desse modo, por exemplo, um terreno com declive de 45% é muito mais íngreme que um terreno de 24%.

            É claro que em um terreno íngreme, você não conseguirá andar na horizontal como é exposto didaticamente. No entanto, o exemplo é válido no sentido que, se imaginarmos um triângulo retângulo cujos catetos são 100 e 45 metro, como exposto na Figura 1 acima, pode-se ter idéia da declividade do terreno.

 

O mesmo raciocínio apresentado no segundo parágrafo pode ser feito para interpretar qualquer declividade expressa em termos de porcentagem. 
 

Compreender os mapas de declividade é fundamental para qualquer técnico da área ambiental ou agrícola, pois, por exemplo, essa informação é útil no planejamento de uso do solo. Em áreas com declividade muito alta, por exemplo, a entrada de máquinas agrícolas é impedida. Além disso, essas áreas, como as de 45% ou mais de declividade, geralmente, devem estar protegidas por vegetação natural por possuírem alto risco de erosão. Por último, pela declividade de uma área, pode-se inferir alguns tipos de solos que podem estar presentes dentro das mesmas.


Autor: Luiz Felippe Salemi


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