Deus e onipotente



Você já passou por momentos dificil em sua vida! pediu ajuda a Deus para que tudo se resolvesse e para que lhe dê forças para continua sua jornada vencendo todos os  obstaculos no caminho!.Depois que os problemas se resolveram ou estão sendo, fica a seguinte pergunta: Se Deus é onipotente porque nos deixa sofrer tanto?

Bom lendo o livro “Anjos e Demônios” de Dan Brawn há um trecho da conversa entre um tenente da guarda do Vaticano (Chartrand)  e o camerlengo (Carlos Ventresca) que responder claramente a essa pergunta acima. Vejá o trecho e consequentemente a  resposta para as duvidas do tenente e nossas.

 

Uns dois meses antes, em uma tarde sossegada, Chartrand cruzara com o camerlengo vindo por um dos caminhos que cortavam a Cidade do Vaticano. O sacerdote reconhecera Chartrand como um dos novos guardas e convidara-o para acompanhá-lo em um passeio a pé. Não conversaram sobre nenhum assunto em especial, mas o camerlengo fez Chartrand sentir-se imediatamente à vontade.

- Padre - disse Chartrand -, posso lhe fazer uma pergunta esquisita?

O camerlengo sorriu.

- Só se eu puder lhe dar uma resposta esquisita.

Chartrand achou graça.

- Já perguntei isto a todos os padres que conheço e continuo não entendendo.

- O que é que você não entende?

O camerlengo ia na frente em passos rápidos, o pé levantando a ponta da batina quando ele andava. Os sapatos eram pretos, de sola crepe, e combinavam com ele, pensou Chartrand, como se refletissem a essência do homem: moderno mas modesto e mostrando sinais de desgaste.

Chartrand respirou fundo.

- Não entendo o que vem a ser uma onipotência benevolente.

O camerlengo sorriu.

- Você anda lendo a Sagrada Escritura.

- Eu tento.

- E está confuso porque a Bíblia define Deus como uma divindade onipotente e benevolente.

- Exato.

- Onipotente e benevolente significa apenas que Deus é todo-poderoso e bem-intencionado.

- Compreendo o conceito. É que parece haver uma contradição aí.

- Sim. A contradição é a dor. A fome, as guerras, as doenças.

- Exatamente! - Chartrand sabia que o camerlengo compreenderia. – Coisas terríveis acontecem neste mundo. A tragédia humana é como uma prova de que Deus não pode ser simultaneamente todo-poderoso e bem-intencionado. Se Ele nos ama e tem o poder de mudar nossa situação, Ele deveria também evitar nossas dores, não é?

- Deveria mesmo? - perguntou o camerlengo.

Chartrand ficou embaraçado. Teria passado dos limites? Será que se tratava de uma daquelas perguntas religiosas que não se devia fazer?

- Bem, se Deus nos ama, se é capaz de nos proteger, Ele deveria, sim.

Parece que Ele é onipotente e indiferente ou, ao contrário, benevolente e incapaz de nos ajudar.

- Tem filhos, tenente?

Chartrand enrubesceu.

- Não, signore.

- Imagine se tivesse um filho de oito anos. Você o amaria?

- Claro.

- E faria tudo o que pudesse para evitar que ele sofresse na vida?

- Claro que sim.

- E deixaria que ele andasse de skate?

Chartrand estacou, admirado. O camerlengo parecia singularmente "por dentro" para um sacerdote.

- Sim, acho que sim - disse Chartrand. - Com certeza deixaria que andasse de skate, mas diria a ele para ter cuidado.

- Quer dizer que, como pai desse menino, você lhe daria uns bons conselhos básicos e deixaria que saísse e cometesse seus próprios erros?

- Eu não correria atrás dele para mimá-lo, se é o que o senhor quer dizer.

- E se ele caísse e ralasse o joelho?

- Ele aprenderia a ser mais cuidadoso.

O camerlengo sorriu de novo.

- Então, quer dizer que, mesmo tendo o poder de interferir e evitar que seu filho sentisse dor, você optaria por demonstrar seu amor deixando-o aprender suas próprias lições?

- Claro, a dor é parte do crescimento. É como aprendemos.

O camerlengo sacudiu a cabeça.

- Exatamente.

Fonte: http://samuelulisses.blogspot.com/


Autor: Samuel Ulisses


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