O Educador Como Construtor de Saberes



No seu dia a dia o educador se depara com muitas situações que o fazem questionar-se: "como devo agir?". Seja na hora de planejar a aula para aquela turma tão diversificada, com "inteligências múltiplas" (Howard Gardner),com aptidões e capacidades de aprendizagens individuais, seja no momento em que explana o conteúdo e indaga-se de que forma ele poderá fazer seus alunos entenderem melhor aquela matéria; há ainda o momento da avaliação, onde sendo ela escrita basta o conhecimento do professor e a caneta por ele manuseada que fará o sinal de certo ou errado na folha entregue pelo aluno; mas, cabe pensar e repensar se o educador aqui está avaliando realmente seu aluno. Será que aquilo que ele entregou para o professor é realmente a "prova" de que ele compreendeu o conteúdo? Será que existem outros meios do aluno ser avaliado durante o processo de ensino-aprendizagem? A resposta é sim.

Diante de tantas personalidades, inteligências, aptidões e capacidades de aprendizagens diferenciadas, ao educador cabe ser sensível o suficiente a ponto de saber identificar as diferenças existentes nos discentes e desta forma tentar trabalhar com estas, utilizando-se da sua inteligência emocional.

Neste momento os sentidos deverão ser trabalhados, tais como: o olhar, o ouvir e o agir. O educador tem que observar sim, pois assim ele conseguirá detectar onde estão os problemas, conseguirá ter o feeling e desta forma perceber nas entrelinhas o que se passa naquele aluno, no grupo de alunos, no ambiente escolar e na comunidade na qual aquele aluno está inserido.

Saber ouvir também é fundamental, pois através deste sentido, o educador consegue conhecer ainda mais seus alunos e seus colegas de trabalho. É claro que esta não é uma tarefa fácil, é um trabalho diário a ser desenvolvido com determinação e sensibilidade.

O saber olhar, o saber ouvir estarão ligados ao saber agir. Depois das observações e da atenção dada àquele aluno, àquela turma é necessário colocar em prática aquele objetivo inicial almejado pelo professor, seja este ligado a lidar com a dificuldade de aprendizagem, a falta de limite, indisciplina, etc. Vale destacar aqui é que o ato de observar, escutar e agir deverá ser muito mais valorizado do que o falar demais. Quem muita fala, muitas vezes nada faz.

Muitos na Instituição Educacional criticam o trabalho de colegas de profissão só porque é algo diferente, inovador. Criticam, contestam, enfim, falam sem embasamento; portanto, falar menos e fazer mais se faz necessário para o trabalho em equipe. Isso pois, todos os educadores tem o objetivo de ensinar e fazer o aluno aprender; assim, o respeito deve se fazer presente na Instituição como um todo, partindo da sala dos professores, indo aos corredores e chegando à sala de aula.

Na sala, cabe ao professor respeitar seus alunos e aos alunos respeitar o professor, isto sim é a verdadeira relação professor-aluno. Professor este que deve se apresentar com autoridade, como ser sensível, atencioso, observador, ativo, determinado a buscar mudanças e acima de tudo ser humano que estima a valoração das diferenças de seus alunos e que saiba trabalhar com estas, pois como já dizia Paulo Freire "não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes".


Autor: Bruna Ribeiro Guedes


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