As drogas, a escola e as famílias



Substâncias químicas que causam sensações falsas de prazer, relaxamentos, aliviam dores e alteram a percepção da realidade, é o que chamamos de drogas e que tem criado sérios problemas sociais e de saúde para nossa população, sobretudo a mais jovem.As drogas causam dependências física e psicológica, transformando o usuário casual em viciado, alterando sua vida normal. Todas as drogas têm em comum a capacidade de alterar o estado mental do usuário, proporcionando falso prazer e conforto e reduzindo a timidez, depois de viciado, acaba dependendo do consumo  para manter suas atividades normais.Alguns tipos como: o álcool, o tabaco e a maconha são exemplos mais comuns,  e são drogas obtidas diretamente de plantas. A cocaína e o crack, são retiradas das  folhas de coca, vegetais muito encontrado na América do sul, ecstasy e o LSD, são produzidos em laboratórios.

A maioria das drogas são proibidas por lei, exceto o álcool e o tabaco, sendo que o tabaco em  alguns estados brasileiros estão sendo proibidos em ambientes fechados.Segundo Costa(1979), a legalidade de algumas drogas, elimina os riscos de outras e por isso a maioria é vendida ilegalmente, o que dificulta o usuário a conhecer a qualidade do produto usado.As alterações causadas pelo uso destas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que usa, da droga  usada e da quantidade  consumida. Droga popularmente é uma palavra utilizada para nomear coisa ruim, coisa que não presta que não vale nada; já na medicina, droga é sinônimo de medicamento. O termo droga vem da palavra droog, que em holandês antigo significa folha seca, até porque antigamente quase todos os remédios eram feitos de folhas de vegetais. A medicina hoje define drogas como qualquer substância capaz de alterar a função dos organismos vivos, com mudanças fisiológicas ou de comportamento.

A palavra Psicotrópico, é composta por duas palavras: psico e trópico; Psico é uma palavra em grego que significa psiquismo , ou seja o ser de cada indivíduo,  e Trópico, se relaciona com a palavra tropismo que significa ter por atração.Dependendo da ação do nosso cérebro, as drogas psicotrópicas são divididas em três grupos: No primeiro grupo  o uso delas, deprimem a atividade do cérebro, reduzindo seu ritmo de funcionamento; o usuário se torna uma pessoa  desinteressada e desligada da realidade, depressiva.Num segundo grupo,  estão aquelas que aumentam a atividade cerebral, estimula o funcionamento do cérebro do usuário, a pessoa fica ligada, eletrizada, por isso as drogas psicotrópicas recebem o nome de estimulante do Sistema Nervoso Central e seu  uso constante leva a dependência química.Num terceiro grupo, estão aqueles usuários em que a droga age modificando a qualidade da atividade do cérebro.Por este motivo, este grupo recebe o nome de perturbadores da atividade do Sistema Nervoso Central.

Quanto à questão da dependência, estudos mostram que nem todos os usuários se tornam dependentes, mas, não se tem uma receita para saber quem se tornará ou não dependente, daí surge à necessidade de não ceder à tentação de experimentar, evitando, portanto, uma futura dependência.

Acreditamos que  o adolescente, por ter um enorme potencial criativo não explorado pela escola,  se torna um dos caminhos mais  importantes para que, os profissionais de educação trabalhem a prevenção ao uso das drogas.Como a escola é um espaço para o desenvolvimento educativo, visando a qualidade de vida e de saúde do indivíduo,ela tem a responsabilidade de realizar atividades relacionadas a prevenção ao uso de drogas. A educação não é  apenas transmissão de conhecimentos, é muito mais que informar, é formar cidadãos, é está atenta a parte efetiva,  e social da criança, do adolescente e do jovem.Os profissionais da educação devem estarem voltados para a busca de  um indivíduo e de uma sociedade saudável, não adianta se falar no produto, sem tocar na questão fundamental da motivação, das atitudes e dos hábitos dos indivíduos.

 A escola deve criar um programa de prevenção partindo da identificação da população-alvo, das necessidades, dos valores, das ideologias, das questões políticas, sociais e econômicas; no sentido de prevenir e inibir o uso indevido de drogas, não só na escola como na comunidade em que está inserida. Diagnosticadas as características da população-alvo,  resta definir os objetivos do Programa, estabelecer estratégias a serem utilizadas, permanecendo presente em todas as etapas da avaliação. Em cada avaliação as estratégias podem ser substituídas por  mais eficazes, modificando o programa em desenvolvimento.

Segundo Bucher(1992), a  escola que enfrentar a prevenção as drogas, deve trabalhar em um contexto mais amplo da sociedade , trabalhando violência, saúde,  solidão,sexualidade, vida competitiva, medicina preventiva, entre outros. Com base nesta teoria, entendemos que a droga não é um tema a ser tratado de forma isolada e sim, num contexto social bem mais amplo; o que aumenta muito a responsabilidade da escola e dos educadores. A família é de suma importância nesta empreitada, pois a mesma precisa entender a necessidade da prevenção, e que seu inicio na vida do indivíduo quanto mais cedo melhor, e que o tema droga deve ser habitual nas famílias, como se trata de qualquer outro assunto, com a preocupação de informar sobre os perigos que ela proporciona para nossa vida, para que as crianças, adolescentes e jovens não sejam  surpreendidos ao terem um contato casual com a droga. A escola deve abrir um canal de comunicação entre sua clientela, seus familiares e a comunidade, incentivando a valorização do ser humano, oferecendo espaço para que eles aprendam logo cedo a se valorizar, se fortalecendo para não cair em armadilhas de falsos modismos.

Referências Bibliográficas:

BUCHER, Richard. Drogas e drogadição no Brasil. 3 ed. Porto Alegre: Editora Artes médicas. 1992.

COSTA, M.J.T.O. et al. Investigação sobre farmacodependência na população  escolarizada na cidade de São Paulo. Revista do IMESC. São Paulo. 1987.


Autor: Francisco Costa


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