Semente
Tão pequena e insignificante
Que sua existência sequer foi notada
Mas algo novo surgia, enfim...
Um pequeno ponto verde, diferente,
Entre muitas plantas e ervas daninhas;
Foi pisada, quebrada e quase morta,
Sozinha enfrentou geada e tempestades
Ainda assim crescia imponente
Tão pequena tão frágil e bonitinha,
Talvez entre todas, uma beldade.
Sorria sempre aos primeiros raios do sol
Revigorava-se nas águas doce do céu
Alegrava-se no balançar de outras árvores
Que abrigavam o canto de muitos pássaros
Sonhava em ser assim tão grande
Abrigar em si muitas vidas,
E ceder uma majestosa sombra.
Assim crescia imponente e forte
Como se estivesse indo ao céu
Recebera muito castigo e também forças
Vencera todas as lutas, e até a morte,
Vitoriosa, tão vistosa, mas indefesa;
Não teve assim tão grande sorte
A vida na verdade traz muita surpresa
Então, alguém lhe decretou a morte;
Em poucos minutos tudo estaria no chão
Todo sonho, toda vida e toda beleza.
Foi tão breve tão fácil a destruição.
Assim fazem os homens quando querem
Não somente as arvores e aos animais,
Não somente ao mundo em que vivem
Mas fazem até para si mesmo
E para suas gerações.
Autor: Riciel de Oliveira
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