O SEGREDO DA QUALIDADE DE VIDA






Os únicos ensinamentos que conheço cuja qualidade de vida está diretamente ligada a capacidade de compra, de adquirir bens materiais, são as doutrinas de marketing que direcionam esforços para sobrevivência da atual dinâmica consumista da economia e a chamada Teologia da Prosperidade. Sendo esta última, um movimento religioso que surgiu nos E.U.A. nas primeiras décadas do século XX, cuja doutrina defende que os verdadeiros fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação financeira, na área da saúde e etc., ferramenta utilizada para solidificação do consumismo.

É certo que a muito o Estado vem deixando de cumprir o pacto com o cidadãos no tocante a suas obrigações básicas como saúde, educação, justiça, dignidade e tudo mais que no bojo poderia consolidar ou pelo menos oferecer um pouco mais de qualidade de vida as pessoas, que em sua maioria, nos dias atuais, tem que pagar, e muito, para poder adquirir um mínimo necessário para sua sobrevivência.

Pela definição do termo "qualidade" como sendo um atributo ou condição natural pelo qual algo ou alguém se individualiza ou ainda segundo nossos dicionários, o grau de perfeição ou conformidade com um determinado padrão, podemos até achar que há uma controvérsia sobre o que vem a ser "qualidade", uma vez que a individualiza e ao mesmo tempo a coloca como seguidora de um padrão pré-determinado, mas a luz de um discernimento mais aprofundado, temos que antes analisar qual o padrão que deve ser seguido para alcançar a tão pleiteada qualidade de vida. Será que é o padrão do mercado? Esse que aí está a devastar os seres viventes de nosso planeta? Ou o padrão dos excessos e da geração de reservas que ocasionam grande parte dos conflitos?

Sem predileções ideológicas, sejam econômicas, políticas ou religiosas, todos os grandes escritos deixados por nossos antepassados, são praticamente unanimes – sem contar aquelas que citamos no início – em afirmar que viver de forma simples, ou seja, com pouco, é o caminho mais acertado.

Seja através de uma leitura racional ou inspirada dessas grandes obras - e aqui quero deixar claro que a bíblia é uma delas - chegaremos a conclusão que a única forma de alcançar a verdadeira qualidade de vida, aquela alicerçada pela tão almejada felicidade, será através do costume e/ou hábito de nos contentar com o pouco.

Ademais, afora aquilo que seja estritamente necessário para nos manter vivos, tudo é vaidade..


Autor: HERÁCLITO NEY SUITER


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