Dó de ti



Vou fazendo dos meus dias

Minha reabilitação,

Vivendo passo a passo

Superando a dor e letargia

 

Fui viciada no teu beijo

Na tua pele, no teu verso

Em te acarinhar, pegar no colo

Dizer: -Não sofre, estou por perto.

 

Sequei tuas lágrimas,

Te dei apoio, conselhos

Fiz ver a vida com outros olhos

Fazer poesia em versos sem rimas.

 

Que fizeste de ti, pobre menino

Andas perdido, andas a esmo

Quem te pegará da mão

Dizer que és bom e tens valor?

 

Pena de ti, do teu suor

Dos teus erros, teus defeitos

De te ver sem mim

Ao derredor

 

Acorrentado em desvario,

Perdes o senso em julgamento,

O corpo paga e o teu tormento

Na pele se extravasa.

 

Prostrado em chagas, aviltado,

Te escondes do mundo, corroído

O alívio em minhas mãos

Já terás perdido.


Autor: lucia czer


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