Como Combater o Espiritismo.




O Espiritismo não criou igrejas, não precisa de templos suntuosos e tribunas luxuosas com pregadores enfatuados. Não tem rituais, não dispensa bênçãos, não promete Lugar celeste a ninguém, não confere honrarias em títulos ou diplomas especiais, não disputa regalias oficiais.

Sua única missão é esclarecer, orientar, indicar o caminho da autenticidade humana e da verdade espiritual do homem.



Se não compreendermos isso e nisso não nos integrarmos estaremos sendo pedras de tropeço para os que desejam realmente evoluir, não por fora, mas por dentro. E esse por dentro não quer dizer reforma, mas desenvolvimento das potencialidades do espírito.

A teoria da reforma intima é um engodo que levou muitos companheiros aproveitáveis à vaidade adulteradora.
Não há reforma para o que não se estraga.
O espírito é o mesmo em todos e só necessita de uma coisa: desenvolvimento. Enquanto não desenvolver a sua capacidade de compreender, analisar, julgar, discernir e respeitar a verdade não terá condições para modificar-se por dentro.

Mesmo porque essa modificação só pode ocorrer pelo esforço pessoal de cada um.
A expressão reforma intima é inadequada, pois implica a idéia de substituição de coisas, conserto, modificação em disposições internas, como numa casa ou numa loja.

As disposições internas do espírito correspondem ao seu grau de evolução, como nos mostra a Escala Espírita de Kardec.
O espírito é vida e não arranjo. Seu desenvolvimento depende de experiências, estudos, reflexão — tudo isso com mente aberta para a realidade e não fechada em esquemas artificiais.

Ninguém se reforma nem pode reformar os outros.

Mas todos podem superar as suas condições atuais, romper os limites em que a mente se fechou e transcender-se. Os modelos de figurino espiritual são inócuos e até mesmo prejudiciais. A responsabilidade espírita é individual, cada qual responde por si mesmo e não pode prender-se a supostos mestres espirituais.


Um espírita que se sujeita às lições de um mestre pessoal não é espírita, é um beato seguindo Antônio Conselheiro.

O despertar da consciência na experiência é o seu caminho único de progresso. Ele não confia em palavras, mas nos fatos. Não busca a ilusão de uma salvação confessional, mas aprofunda-se no conhecimento doutrinário para saber por si mesmo onde pisa e para onde vai...

Os que precisam de mestres não confiam em si mesmos, fazem-se ovelhas de um rebanho.

No Espiritismo não há rebanhos nem pastores: há trabalho a fazer, afinidades a estabelecer entre companheiros em pé de igualdade, toda uma batalha a vencer, há os pesados resíduos teológicos, supersticiosos e obscurantistas que esmagam a ingenuidade das massas.

O Espiritismo é uma tomada de consciência da responsabilidade do homem na existência, da sua liberdade e da sua transcendência. Os espíritas que ainda se alimentam de leite — como escreveu Paulo — precisam tratar de crescer e alimentar-se de coisas sólidas, consistentes.


Estamos no fim do mundo da trapaça, dos malabarismos impressionantes, das sugestões hipnóticas, da falsa importância e do falso poder dos se dizentes ministros de Deus ou gurus e ioguis detentores de poderes sobrenaturais.

Caem as máscaras da hipocrisia na moral e na religião.
O homem se emancipa e reconhece a sua condição humana com destino transcendente, mas de uma transcendência que não depende de sagrações, unções, ordenações de natureza secreta.

Os poderes do homem não são sobrenaturais, estão nele mesmo, no seu íntimo, e o fazem superar o comum, transcender a condição geral através do desenvolvimento natural de suas potencialidades morais e intelectuais-afetivas, volitivas e cognitivas.

Fora disso, tudo são baleias de um passado agonizante e ridículo.
Por isso, o Espiritismo só admite, em seu aspecto religioso, ligado à Ciência e a Filosofia, portanto à Razão, a prática da prece e do recolhimento em seu culto, a persuasão e o esclarecimento em lugar dos exorcismos pagãos, e só reconhece uma autoridade espiritual no trato com os espíritos: a autoridade moral.

Fora disso, não há títulos nem fórmulas sacramentais, nem rezas especiais, nem símbolos religiosos que possam livrar uma criatura perturbada dos espíritos inferiores que a assediam.


Aprendamos a distinguir a pureza lógica do Espiritismo das fábulas religiosas e espiritualistas que se cevam, através dos milênios, no gosto do homem pelo maravilhoso.

Não há maravilha maior do que a da Obra de Deus em sua realidade pura.
Qual o fabulário mitológico que pode sobrepor-se ao mistério e à beleza de um só microscópico sistema solar atômico ou de uma folha verdolenga de relva brotando entre as pedras da calçada?

O tempo das figurações simbólicas, já passou para a Humanidade Terrena, como a dos Contos da Carochinha já passou para as crianças de hoje. Elas mesmas, as crianças, exigem a verdade das coisas naturais em substituição às fantasias imaginosas do passado.

Os espíritas não têm o direito de menosprezar as lições do Espírito da Verdade, ministradas por Kardec, em favor de mentiras ridículas que vão buscar poeira de civilizações mortas, cujo próprio desaparecimento atestam que se esgotaram no tempo.

Tenhamos a humildade de nos contentar com os nossos três corpos, ao invés de buscarmos em ruínas milenares os corpos das múmias faraônicas soterradas na areia.

Os espíritas, que conhecem o problema da obsessão e sabem que não são as encenações do exorcismo, mas a lógica persuasiva da doutrinação evangélica o remédio certo e eficaz para este momento, precisam, mais do que nunca, firmar-se nas obras de Kardec para não serem também virados de pernas para o ar.

Muitos já se deixaram levar pelas rajadas da invigilância, caindo no ridículo e chegando até mesmo à profanação da doutrina. Outros aceitaram e propagam, na teimosia característica da fascinação, obras e doutrinas absurdas, carregadas de malícia das trevas, ludibriando criaturas ingênuas com a falsa importância de suas posições em organismos doutrinários ou o falso brilho de seus títulos universitários.


Outros se aboletam em sua arrogância de pseudo-sábios, pretendendo superar a doutrina com livros encharcados pelo barro escuro das regiões umbralinas.
É incrível como todas essas tolices empolgam pessoas desavisadas por toda parte, formando os quistos de mistificação que minam o movimento doutrinário.

Por que razão os Espíritas haveriam de escolher o nosso século para revisar e corrigir Kardec, justamente quando as Ciências, a Filosofia, a Religião e toda a Cultura Humana estão comprovando o acerto absoluto de Kardec e seguindo o seu esquema de pesquisa numa realidade sempre vitoriosa?

A resposta a essas duas perguntas é uma só: Porque é nas horas de entusiasmo, de vitória, de renovações em marcha, que estamos desprevenidos e confiantes em nós mesmos, certos de que tudo vai bem e de que — (este é o motivo da queda)

Não temos nem devemos ter tribunos eloqüentes em nossas assembléias, mas estudiosos da doutrina que procurem transmitir os seus princípios racionais aos adeptos pouco acostumados a raciocinar. Não há lugar para sofistas num movimento que busca unicamente a Verdade, que não está nos sofismas e sim na limpidez dos conceitos.

A preguiça mental de ler e pensar, a pretensão de saber tudo por intuição, de receber dos guias a verdade feita, o brilhareco inútil e vaidoso dos tribunos, as mistificações aceitas de mão beijada como bênçãos divinas e assim por diante, num rol infindável de tolices e burrices fizeram do movimento doutrinário um charco de crendices que impediu a volta prevista de Kardec para continuar seu trabalho. Em compensação, surgiram os reformadores e adulteradores, as mistificações deslumbrantes e vazias e até mesmo as séries ridículas de reencarnações do mestre por contraditores incultos de suas mais valiosas afirmações doutrinárias.

Continua>>>>
http://adriloaz.blogspot.com/2009/06/como-combater-o-espiritismo.html

Autor: Francisco Amado


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